Prolongo

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O sol estava se pondo quando a caixa de metal aterrissou com um estrondo no centro do Labirinto. Dentro dela, Alice Janson estava deitada, fingindo estar desmaiada. O suor escorria de seu rosto pálido, e suas respirações eram lentas e controladas. Ela sabia que o momento de agir estava se aproximando, mas precisava dar o primeiro passo sem levantar suspeitas.

Com o barulho da caixa se abrindo, os Clareanos correram para investigar. Newt, o líder, foi o primeiro a se aproximar, seguido por Minho e alguns outros. A expressão de Newt era de preocupação misturada com curiosidade.

— O que temos aqui? — perguntou Newt, abaixando-se ao lado da caixa.

Minho puxou a tampa com cuidado, e a visão de Alice, com os olhos fechados e a respiração calma, os fez parar por um momento.

— Está desmaiada? — perguntou Minho, olhando para Newt.

— Parece que sim — respondeu Newt, examinando-a com atenção. — Vamos tirá-la de dentro da caixa.

Com um esforço coordenado, os Clareanos retiraram Alice da caixa e a colocaram no chão, em uma área mais segura do Labirinto. Newt observou-a com uma expressão de ceticismo e preocupação.

— Precisamos verificar se está ferida ou se é apenas uma tática para nos enganar — disse Newt, olhando para os outros.

Alice ouviu o murmurinho dos Clareanos e controlou sua respiração, fazendo parecer que estava apenas inconsciente. Em sua mente, ela já começava a traçar um plano. Se fosse bem-sucedida em sua missão inicial, ela teria que conquistar a confiança deles antes de revelar sua verdadeira identidade.

Um dos Clareanos, Thomas, se abaixou ao lado de Alice e começou a examiná-la.

— Parece estar em boas condições, só desmaiada — comentou Thomas, visivelmente aliviado. — Mas por que alguém estaria aqui dentro?

— Boa pergunta — murmurou Newt. — Vamos ter que esperar que ela acorde para descobrir.

Alice começou a sentir-se mais confortável com o movimento ao seu redor e decidiu que era o momento certo para "acordar". Lentamente, ela abriu os olhos e olhou para os rostos ao seu redor, fingindo desorientação.

— Onde... onde estou? — murmurou Alice, tentando parecer confusa e fraca.

— Você está no Labirinto — respondeu Newt, com um tom gentil, mas firme. — Pode nos dizer o que aconteceu?

Alice tentou lembrar das palavras certas, mantendo o olhar fixo em Newt, que estava diretamente à sua frente.

— Eu... eu não sei... — Ela hesitou, lutando para manter a credibilidade. — Eu... não me lembro de como cheguei aqui.

Newt parecia intrigado, e os outros Clareanos trocavam olhares preocupados.

— Vamos levá-la para a nossa área — decidiu Newt, levantando-se. — Você pode descansar um pouco enquanto tentamos descobrir mais sobre isso.

Alice acenou com a cabeça, aceitando a oferta. Enquanto era ajudada a se levantar e guiada pelos Clareanos, ela sentia um misto de ansiedade e esperança. Sabia que o verdadeiro desafio estava apenas começando e que ganhar a confiança deles seria crucial para sua missão e, possivelmente, para o destino de todos no Labirinto.

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