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Capítulo 1
Menos de um minuto depois de Wang Yibo ter entrado no saguão do castelo, ele foi sequestrado.
Ele nem ficou surpreso. Yibo visitava regularmente o castelo desde os cinco anos; ele podia contar nos dedos de uma mão o número de vezes que não havia  sido sequestrado ao chegar. A maioria das suas visitas ao castelo envolvia ser arrastado em uma direção ou outra. Vinte anos de sequestros tendiam a tornar uma pessoa complacente.
Hoje, porém, ele não contava com um sequestro imediato, já que o responsável geralmente seria o convidado de honra do Grande Baile. Yibo , pelo menos, imaginou que conseguiria passar pelo hall de entrada.
— Ai! — Ele gritou enquanto era arrastado pela passagem estreita. Uma mão fina agarrou-o pelo pulso. Seu sequestrador carregava uma lanterna que não iluminava muita coisa, exceto para a frente, não que Yibo precisasse de luz para saber quem estava utilizando a capa marrom escura.
— Yifei, — gemeu Yibo . — Você não tem coisas melhores para fazer durante sua festa do que me sequestrar?
— Shh, — sibilou Yifei. — As paredes aqui são finas. Você vai me fazer ser pega, Yibo , juro por Deus.
— Você está me sequestrando. Eu meio que acho que você merece ser pega.
A resposta de Yifei era ao mesmo tempo leve e amarga. — Qual é a pior coisa que eles podem fazer comigo? Casar-me com um príncipe desconhecido e idiota de uma terra estrangeira e me mandar embora pelo resto da minha vida?
Yibo estremeceu, porque isso era, essencialmente, exatamente o que iria acontecer, de qualquer maneira. — Vamos ser justos. Na verdade, não sabemos  se ele é um idiota.
Os dedos de Yifei apertaram seu pulso.
— Eu não me importo, — ela disse teimosamente. — Eu conheço o meu lugar, sou a princesa ômega de Luoyang. Meu trabalho é acasalar e me casar com um príncipe alpha estrangeiro, e se eu fizer isso para selar um acordo de paz que ponha fim a uma guerra que já dura desde antes de você e eu sermos bebês, então isso não é parte de um bem maior?
— Claro que é, — disse Yibo , tentando parecer solidário.
— Tenho uma hora e meia antes do anúncio do noivado e perder totalmente a minha liberdade. Se eu quiser sequestrar meu melhor amigo no mundo por dez minutos, antes de ter que sorrir  e fingir que estou feliz por ser um peão em um jogo de xadrez, então é isso que vou fazer, ok?
Ela parecia estar a dois segundos de chorar. Yibo respirou fundo e, imediatamente, se arrependeu quando tudo o que sentiu foi a poeira no ar.
— Tudo bem, — disse ele, antes de explodir em uma forte onda de tosse.
— Acho que o papai não limpa essas passagens há semanas, — reclamou Yifei, parando para bater com o punho nas costas de Yibo . — Você está bem?
— Minha garganta está seca, só isso.
— Há água esperando por nós.
— Perfeito, — disse Yibo . Eles começaram a andar novamente. — Você já o viu?
— Você sabe que não devemos nos ver antes — Yifei lembrou a Yibo , tão afetada e apropriada que Yibo sabia que ela estava mentindo descaradamente. — Eu nem sei o nome dele.
— Eu sei. Então, você o viu?
— Não estou respondendo a isso por causa do Privilégio Real.
— Então, sim.
Yifei bufou de uma maneira tão bonita que Yibo sorriu.
Seda e tafetá farfalharam sob a lã da capa de Yifei, quando ela estendeu a mão para pegar a de Yibo . A passagem era larga o suficiente para caminhar facilmente lado a lado.
As ásperas paredes de pedra de ambos os lados estavam cinzentas de sujeira e poeira.
Seus pés levantaram ainda mais poeira do chão de pedra, que se acumulou nos cantos, girando no ar enquanto eles passavam.
Os sapatos e meias de Yibo estariam cobertos com essa substância. Deus, ele odiava  as passagens secretas do castelo.
— Eu gostaria que você não fosse tão dramática, — ele resmungou. Ainda havia cócegas em sua garganta e sua cabeça começou a doer. Talvez ele pudesse simplesmente se esconder na biblioteca pelo resto da noite. Não era como se alguém além de seu pai ou Yifei sentisse falta dele.
Claro, essas são as duas pessoas com maior probabilidade de garantir que eufique na pista de dança por mais tempo,  pensou Yibo severamente. 
— Então, como eu me divertiria? — Perguntou Yifei. — Ajude-me com a porta, você sabe que ela emperra.
Foi preciso que os dois se jogassem contra a pesada porta de madeira para fazê-la se mover. Mesmo assim, foram necessários vários minutos de empurrões contínuos, antes que a porta se abrisse o suficiente para deixá-los passar.
A Biblioteca Oeste estava agradavelmente quente, embora um pouco escura. Yifei, rapidamente, começou a acender algumas lâmpadas, mas Yibo foi direto para a sempre presente bandeja com água e copos perto dos sofás confortáveis no centro da sala. Ele serviu um copo tão rapidamente que a água espirrou e bebeu com a mesma rapidez antes de se servir de outro.
— Nossa, você está  com sede! — Exclamou Yifei, enquanto acendia a última lâmpada. Ela tirou a capa e a deixou cair em uma cadeira próxima. Yibo só teve um vislumbre do vestido de baile prateado e rosa cintilante antes de ela destruir a imagem, ajoelhando-se no sofá, estendida nas costas para falar com ele. — Talvez eu devesse ter colocado um garrafa de vinho aqui.
Yibo revirou os olhos. — Bonito vestido. Você é a imagem perfeita de uma ômega obediente à espreita.
—Cale a boca, eu gostei, — disse Yifei, corando um pouco. — Você mesmo se vê bem, Sr. Estereótipo.
Yibo olhou para suas roupas com a testa franzida. Tinham sido necessários alguns minutos de escovação para tirar a poeira das mangas, mas, além dos seus sapatos não estar mais perfeitamente brilhantes, ele parecia ter se saído bem no corredor. Seu casaco era de seda cinza escuro, quase preto, e tinha um corte muito justo, perfeitamente aceitável para qualquer jovem cavalheiro, o alfaiate lhe garantiu, independentemente da apresentação. A camisa branca creme era nova, com botões escondidos e abotoaduras prateadas, e a gravata era cinza escuro para combinar com o casaco.
O colete era outra história. Yibo ainda não conseguia decidir se era azul ou verde ou algo intermediário. Os fios metálicos faziam toda a peça brilhar, captando a luz de todos os ângulos. Era uma coisa molhada, selvagem e escorregadia, que Yibo adorou no minuto em que a viu, mesmo que o brilho a fizesse gritar ômega.
Yibo , normalmente, não anunciava sua apresentação. Afinal, não era como se ele fosse realmente  da realeza, era preciso voltar três gerações para encontrar sangue real em sua linhagem. Ele nem tinha um título adequado. Mas ele não podia deixar de querer o colete, e seu pai não se importou.
— Não tenho certeza sobre a cor, — admitiu ele para Yifei.
— Bobagem, realmente realça seus olhos, — disse Yifei com entusiasmo.
— E minha apresentação, — disse Yibo secamente.
— Como você espera encontrar alguém, se todos pensam que você é um beta,  está além da minha compreensão, — fungou Yifei.
—Primo, eu poderia dizer algo muito direto agora sobre o que acontece quando as pessoas querem você apenas por causa da sua apresentação, mas eu te amo demais para fazer isso, — disse Yibo . Yifei deu-lhe um empurrão.
— Não é apenas a minha apresentação. É a minha nacionalidade também, — disse Yifei, taciturna.
— E o acordo de paz que trago comigo.
— Isso é uma coisa boa — Yibo a lembrou. — Pense em todas as pessoas que viverão porque
Não haverá mais batalhas nas quais elas morrerão.
— Eu sei, — disse Yifei, agora mais séria, e apoiou o queixo nas mãos.
— Como seu irmão mais velho, ou Ziyi, — continuou Yibo .
— Eu sei,  — repetiu Yifei irritada, animando-se um pouco. — Não que nenhum deles esteja aqui,  estão? Zhuocheng se recusa a voltar para casa até que a tinta dos acordos de paz seque, e Ziyi...
Yibo bufou. — É Ziyi.  Você sabe que ela não faz festas como essa.
Yifei cruzou os braços e fez beicinho. — Esta é importante.  Eu não teria perguntado a ela de outra forma! Se ela fosse uma amiga tão boa para mim como sempre diz que é, ela estaria aqui,  em vez de ficar escondida em sua casinha estúpida em sua pequena montanha estúpida, esculpindo pequenos blocos de madeira estúpidos.
— Vou contar a ela que você disse isso — disse Yibo .
Os olhos de Yifei brilharam. — Bom, faça isso! Deixe-a pensar que eu realmente me importo por ela não estar aqui.
— Você acabou de dizer que sim!
— Eu não! Eu não a quero aqui de qualquer maneira. Ela nunca se importou que eu fosse uma princesa antes, então não deveria me surpreender que ela não queira me apoiar em minhas obrigações sociais. Ela é uma plebeia, ela pode simplesmente ficar em casa e ser comum.Hmph.
Yifei caiu de volta no sofá, continuando a ficar de mau humor. Yibo copiou seus movimentos, menos para zombar e mais para fazê-la se sentir validada.
— Eu também sou um plebeu, — ele ressaltou.
— Você é perfeitamente real, — protestou Yifei. — Mesmo que seja há três gerações.
— Ninguém se lembra disso. Eu nem tenho título. Você não me arrastou até aqui só para falar sobre minha linhagem. Ou Ziyi.
Yifei mordeu o lábio e bateu os dedos nas almofadas do sofá. — Não.
— Yifei.
Yifei Suspirou.
— Tudo bem. Eu o conheci.
Os olhos de Yibo se arregalaram. — Eu sabia.
— Eu sei, eu sei! — gritou Yifei, caindo de costas no sofá com um gemido. Ela cobriu o rosto com as mãos. — Eu não pude evitar,  Yibo . Toda a família apareceu esta manhã e as únicas pessoas autorizadas a vê-lo são os criados.  Quão injusto é que os criados possam encontrá-lo quando eu não?  Vou me casar  com ele em alguns meses.
— O que você fez?  — perguntou Yibo .
— Fingi que era uma criada, é claro, e trouxe o almoço para ele!
Yibo riu.
— Você não derramou sobre ele?
Yifei chutou sua coxa com o pé calçado de chinelo. — Não, seu idiota. Fui muito bem-comportada. Conversei um pouco com ele.
— Servos não falam, — Yibo a lembrou. — O que ele disse?
— Ele era... bonito, eu suponho, — disse Yifei em dúvida. — Cabelos escuros, muito lisos, olhos cinzas. Um pouco reservado e presunçoso. Ele não parecia muito impressionado com o castelo ou com a cidade. Seu nariz é bom o suficiente. Isso é importante, se vou olhar para isso pelo resto da minha vida.
— Ele perguntou sobre você?
Ela suspirou melancolicamente e sentou-se. — Ele perguntou se eu era bonita. A princesa, eu, quero dizer. Ele disse isso de forma tão estranha também, como se já soubesse a resposta e só quisesse outra opinião.
— Bem, — disse Yibo . — Princesas são sempre bonitas. Regra número 748.
Yifei cutucou-o novamente com o pé, mas agora sorria um pouco. — Seu cabelo está uma bagunça.
Yibo franziu a testa e tocou seu cabelo. — Ugh,  está coberto de poeira.
— Minha culpa. Eu realmente deveria ter trazido para você uma capa para a passagem também. Desculpe. Encoste-se, vou molhar e isso deve ajudar.
Um momento depois, Yifei conseguiu molhar o cabelo dele o suficiente para que, mesmo que não estivesse limpo,  ficasse pelo menos mais apresentável.
— Agora você está perfeitamente elegante, — disse Yifei. — Talvez você possa encontrar um alfa bonito na comitiva do príncipe e vir comigo para sua terra terrivelmente chata do outro lado do mar. Então, não ficarei sozinha quando tiver que ir com ele.
— Ah, — disse Yibo . — Como se algum deles fosse olhar para mim.
— Ah, Yibo .  — Yifei estendeu a mão e pegou as mãos dele. — Você é o ômega masculino mais lindo aqui, todos vão tropeçar para falar com você.
— Isso vai agradar ao meu pai — disse Yibo , incapaz de evitar o calor em suas bochechas. — Ele fica perguntando por que ainda não encontrei um companheiro. Continuo dizendo a ele: estou esperando por um companheiro em quem possa confiar e amar. Um companheiro como mamãe foi para papai, alguém que é leal até o fim. Só não o encontrei ainda.
Yifei apertou suas mãos. — Você quer saber por que fui ver o príncipe hoje? Eu estava esperando... bem, pensei que talvez me apaixonasse por ele, e então todo esse vínculo arranjado poderia não ser tão ruim.
— Você ainda pode.
Yifei balançou a cabeça. — Não. Posso gostar  dele, mas... nunca vou amá-lo. Não tanto quanto... — Yifei se interrompeu com um tremor. — Princesas não podem se apaixonar perdidamente por alguém e viver felizes para sempre. Mas você, você não é um príncipe. Você poderia conhecer alguém esta noite e perder seu coração para ele e encontrar o seu feliz para sempre.
— E você poderia viver indiretamente através de mim, esse é o seu plano? — Yibo brincou com ela. — Isso não vai acontecer, Yifei. Não sou um príncipe, sou apenas eu.
— Não seja bobo! — Yifei o repreendeu, enquanto pegava sua mão e o puxava para fora do sofá. — Por que isso não poderia acontecer? Você é meu querido primo Yibo ...
— Primo.
— ...Meu melhor amigo extremamente elegível. Qualquer um daquela turma chata ficaria feliz  em ter você para companheiro.
— Extremamente elegível está certa, — disse Yibo . — Não tenho certeza se o resto é.
Yifei passou o braço pelo dele. — Não contradiga a princesa. Regra número 327. — Ela apoiou a cabeça no ombro de Yibo . — Conto com você, Yibo, para viver o romance fantástico que me está sendo negado.
Yibo suspirou e apertou o braço em volta do dela. — Eu juro, você inventou essas regras.
— Traição, — disse Yifei. — Vamos encontrar seu amor verdadeiro.
Quem sabe,  pensou Yibo . Yifei é uma princesa. Talvez ela tenha o dedo no destino,afinal.
— Um de nós, pelo menos, — concordou Yibo .
A biblioteca dava para uma das varandas, que davam para o salão de baile, o que dava a ambos a melhor vista das festividades abaixo. Músicos do outro lado da sala tocavam uma valsa. Ômegas, tanto homens quanto mulheres, estavam vestidos com vestidos brilhantes e coletes de todas as cores. Eles giravam e giravam nos braços de alfas em tons de cinza escuro e preto, que sorriam amplamente enquanto acenavam um para o outro, cada um visivelmente orgulhoso dos parceiros em seus braços.
Por mais que Yibo temesse ir ao castelo naquela noite, ele adorava a aparência dele durante uma festa. Cada candelabro brilhava com luz. Cada espelho brilhava e cada pintura e tapeçaria colorida parecia particularmente brilhante e luminosa. Do lugar onde estavam na varanda, dois níveis acima da ação, tudo parecia ainda mais impressionante.
— Eles já estão dançando, — disse Yibo , enquanto se inclinava sobre a grade para ver melhor. — Eu pensei que eles não deveriam dançar até você conhecer o príncipe?
— Ainda não é casamento, — disse Yifei, inclinando-se na grade ao lado dele. Ela apoiou o queixo na mão. — Espero que ele não pise nos meus calos. E se o fizer, pelo menos, peça desculpas.
— Você o vê em algum lugar?
— Nããão, — disse Yifei, examinando a multidão. — Mas eu vejo alguns da sua comitiva. Talvez ele esteja em uma das salas laterais, esperando a deixa. Ou se escondendo, esperando o momento perfeito para me atacar.
Yibo bufou. — Bem, vamos lá. Quanto mais cedo chegarmos lá, mais cedo você encontrará seu destino.
— Céus, — disse Yifei levemente. — Agora  você está todo agitado. Que pena que você não vai se casar com ele em vez de mim. Tudo o que ele realmente quer é alguém para ter seus filhos.
— Eu não sou da realeza — Yibo a lembrou.
— Como se isso importasse quando você está se contorcendo no cio, — disse Yifei.
Ela pegou a mão de Yibo , entrelaçando os dedos nos dele, e segurou-a com uma força que ele sabia que nunca seria capaz de desalojar.
O rosto de Yifei era passivo e suave, com um leve sorriso nos lábios, mas Yibo conhecia sua prima muito bem.
Ela estava morrendo de medo, mas determinada a não demonstrar.
É isso que torna você real e não eu,  pensou Yibo . 
Yibo apertou a mão dela entre as suas. Seus dedos estavam frios. — Fique comigo, ok? Então, você pode me ver cair de ponta-cabeça por alguém.
O sorriso de Yifei cresceu, só um pouco. Ela ainda estava com medo, mas agora ele lhe deu uma razão para ficar perto.
Talvez a proximidade lhe desse a força que precisava para cumprir seu dever até o fim.
— Mal posso esperar.
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— Nunca estive em um lugar tão monótono quanto este castelo, — disse Bowen, enquanto olhava com desdém o colete vermelho rubi.
— Lembre-me por que você não pode simplesmente ser apresentado a esta princesa ômega como em qualquer outro país normal,
Em vez desta farsa de conto de
fadas?
— Porque o rei quer que a sua filha sinta que se trata de um casamento por amor e não de uma condição dos acordos de paz, — respondeu pacientemente o príncipe Xiao Zhan da Península de Pequin. Ele passou a mão pelo cabelo castanho escuro mais uma vez, secretamente satisfeito com sua aparência, já que Bowen estava muito ocupado passando a camisa no último minuto para fazer isso por ele.
Seu valete bufou.
— Você não vai ser o rei?
— Da Península Pequin, sim. De Luoyang, não. — Chega de confusão, era só cabelo.
Zhan estendeu os braços e Bowen deslizou o colete por cima deles com um suspiro. — Ela tem um irmão alfa mais velho que assumirá a Coroa.
— Ah, sim, o príncipe guerreiro, — disse Bowen secamente. — Recusar-se a voltar para casa da guerra até que a guerra realmente acabe.
— Não aja como se estivesse infeliz por eu nunca ter ido para a guerra, — disse Zhan. — Você teria que vir comigo, e eu sei o que você sente em relação aos acampamentos.
Bowen riu, enquanto trabalhava na fivela nas costas de Zhan, enquanto Zhan fechava os botões na frente.
— Verdadeiro. O Rei Xiao Zhan Terceiro da Península de Pequin e sua linda noiva, a Princesa Você-Finalmente-Aprenderá-O-Nome-Esta Noite.
— Bem, seja o que for, tem que ser melhor que o Príncipe Cavilha, hein? — disse Zhan.
Bowen bufou. — Eu nunca chamei você de Príncipe  Cavilha.
— Só porque você não sabia que eu era um príncipe na época.
— Eu era um garoto de seis anos muito estúpido, — disse Bowen suavemente.
Havia outras razões pelas quais o Bowen, de seis anos, não poderia saber que Zhan era um príncipe, mas Zhan não iria mencioná-las.
— O rei quer que sua filha seja feliz. Não vou culpá-lo por isso.
— Bom. — Bowen terminou de mexer na fivela e deu um tapinha no ombro de Zhan.

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