Capítulo 3

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Monólogo das Memórias

Sento-me aqui, na tranquilidade desta manhã grega, observando o sol se levantar sobre o horizonte e refletindo sobre o turbilhão de emoções que passaram pela minha vida nos últimos meses. Cada dia com Luiza é um presente, mas às vezes, em meio à rotina, minha mente viaja de volta a momentos tão profundos e marcantes que moldaram nossa história.

Lembro-me claramente do dia em que descobri que estava grávida. O céu estava cinza e chuvoso, como se o mundo estivesse tentando suavizar o impacto daquela revelação. O teste estava na minha mão, e a visão das duas linhas rosas me paralisou. Meu coração batia descontroladamente, cada batida reverberando com uma mistura de choque e alegria. Eu estava sozinha, mas a presença do bebê dentro de mim era tão real quanto a chuva caindo lá fora. O mundo parecia girar devagar, e eu me vi mergulhada em um mar de sentimentos. Era uma sensação de realização, mas também um medo avassalador. Como eu iria enfrentar isso sozinha? E como eu protegeria o que eu mais amava?

O tempo passou, e cada mês trouxe novas experiências. Eu me acostumei com a ideia de carregar uma nova vida dentro de mim. Lembro-me da primeira vez que senti Luiza se mover. Era uma manhã tranquila, e eu estava no terraço, lendo um livro. Então, houve aquele primeiro toque, um pequeno movimento que me fez parar. Coloquei a mão sobre a barriga e senti um leve empurrão. Era como se Luiza estivesse tentando se comunicar, como se já soubesse que eu precisava daquela conexão. Foi um momento mágico e surreal, quando percebi que havia uma vida pulsante dentro de mim, uma pequena alma que eu conhecia apenas pela esperança e pelo amor. Cada movimento era uma confirmação de que ela estava bem, e eu conversei com ela, compartilhei minhas esperanças, medos e sonhos.

E então, chegou o dia do parto. As horas que precederam o nascimento foram uma mistura de dor e expectativa. As contrações começaram e, com elas, uma intensidade que parecia me consumir. Eu estava com medo, mas também estava tão determinada a conhecer Luiza, a manter a promessa que havia feito a mim mesma e a ela. O ambiente ao meu redor era calmo, e eu estava cercada por pessoas que me apoiavam. A dor era real, mas o pensamento de ter Luiza em meus braços fazia com que cada contração fosse suportável.

O momento em que ela nasceu, quando o primeiro choro dela preencheu a sala, foi como um milagre. Eu a vi pela primeira vez, pequena e perfeita, e todas as dúvidas e medos desapareceram. A sensação de ter Luiza em meus braços foi indescritível. Ela estava quentinha e suavemente enrolada em uma manta, e quando a olhei, tudo parecia certo no mundo. O amor que senti foi avassalador, uma força que me fez esquecer de todas as dificuldades que havia enfrentado.

Segurando-a, senti que minha vida havia ganhado um novo propósito. Eu não era mais apenas Olivia; eu era mãe de Luiza, e isso me dava uma força e uma determinação que nunca soubera que possuía. Cada dia com ela é uma nova aventura, uma oportunidade de mostrar a ela o mundo e de criar uma vida cheia de amor e esperança.

Agora, enquanto o sol ilumina o quarto e Luiza dorme calmamente ao meu lado, me sinto grata por cada momento, cada desafio, cada pequena vitória. A jornada não foi fácil, mas foi repleta de beleza e significado. Olhando para Luiza, eu vejo o futuro e o passado se entrelaçando, e eu sei que, enquanto estiver ao seu lado, o amor e a esperança serão sempre o guia para o caminho que temos pela frente.

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