O via de longe, esperando o trem para partir da cidade, não me ousei me aproximar. Seus fios louros se mexiam com o vento, e seu rosto estava rosado pelo frio. Ele estava belíssimo como sempre.
Me coração acelerado pedia que eu fosse com ele, mas eu não podia, eu tinha que deixar ele ir, eu não iria poder lhe proteger e nem sequer lhe dar uma vida de apenas sorrisos.
Ainda me lembro de seu beijo, doce como mel, seu cheiro de rosas durante a noite era uma maravilha.
O trem chegou. Não sei ao certo, talvez ele tenha percebido que alguém o observava ao longe, e parou seus olhos em mim.
Um sorriso triste se formou em seus lábios avermelhados.
Adentrou o trem, mas quando estava partindo, ele veio à entrada e gritou por mim. Por impulso corri, corri o mais rápido que minhas pernas podiam... Mas não o alcancei... O vi partir e não pude fazer nada...
Vi as pessoas sussurrando coisas... Afinal, um homem correr para outro homem, não era algo que se via todo dia.
