Renascimento com a Besta

Capítulo 89

Aquela criança pequena, uma fêmea, olhava para Su Yi com olhos quase saltando para fora, parecendo um pouco atordoada. Su Yi sentiu-se desconfortável; ele odiava ver crianças sofrendo. Sinor percebeu que ele estava diferente e se apressou em segurar sua mão. A mão de Su Yi estava um pouco fria, mas ao ser segurada por Sinor, sua expressão melhorou um pouco.

Nesse momento, sons de luta e rugidos de bestas vieram do lado de fora. Parecia que Ed e os outros já tinham chegado.

Su Yi não teve tempo para se emocionar, então rapidamente se aproximou e pegou a pequena fêmea nos braços.

Abaixando a voz, ele disse: "Não tenham medo, viemos para salvar vocês."

Talvez por estarem presos há muito tempo, ao ouvirem as palavras de Su Yi, as crianças ficaram atordoadas por um bom tempo, sem reagir. Só depois de Su Yi repetir suas palavras é que elas começaram a se agitar. Su Yi rapidamente fez um gesto de silêncio, indicando que não fizessem barulho.

Se fosse apenas ele e Sinor, realmente não teriam medo de encontrar ninguém. Se houvesse algum perigo, Sinor poderia sair correndo, e Su Yi se esconderia no espaço.

Mas a situação agora era diferente, pois eles precisavam garantir a segurança daquelas crianças e, por isso, tinham que ser extremamente cautelosos. Se chamassem a atenção dos orcs errantes, em sua fúria, poderiam fazer algo inesperado.

"Quem é você?", perguntou em voz baixa uma criança que parecia um pouco mais velha, com grandes olhos fixos em Su Yi. Embora a criança não mostrasse muita hostilidade, Su Yi podia ver claramente a desconfiança em seus olhos.

Su Yi sabia que, se não explicasse bem, eles poderiam não obedecer e segui-los. Para evitar problemas, Su Yi pacientemente disse: "Meu nome é Su Yi, sou uma fêmea de uma das tribos próximas. Para proteger nosso povo, nossa tribo se uniu à tribo dos Leopardo Alados para expulsar os orcs errantes. Meu parceiro e eu encontramos vocês aqui e queremos apenas resgatá-los."

Su Yi falou com sinceridade, olhando diretamente na criança que havia feito a pergunta.

A criança hesitou por um momento, provavelmente ponderando sobre a situação atual, mas finalmente escolheu acreditar em Su Yi.

Mesmo que Su Yi tivesse algum plano mal-intencionado, para aquelas crianças que já estavam sofrendo tanto, isso significaria apenas trocar um cativeiro por outro. Na situação em que se encontravam, não poderia ficar muito pior.

Exceto por algumas crianças que estavam mais vigilantes, a maioria delas confiava em Su Yi por ele ser uma fêmea. Assim, Su Yi conseguiu organizar as crianças, percebendo que havia treze delas ali. Uma delas, devido à desnutrição prolongada e ao trabalho excessivo, estava inconsciente.

Sinor pegou duas crianças em cada braço, carregando quatro ao todo. Su Yi colocou a pequena fêmea que estava em seu colo nas costas e levantou a criança inconsciente, indo em direção à saída da caverna.

Naquele momento, Tang Yu já havia resolvido a situação do seu lado.

Tang Yu estava cuidando das fêmeas adultas, o que facilitava a explicação. Ele as conduziu para se encontrarem com Su Yi. Tang Yu imaginou que haveria muitas crianças do lado de Su Yi, e as fêmeas poderiam ajudar, segurando uma criança cada uma, evitando que alguma se perdesse na fuga.

Quando as fêmeas ouviram falar das crianças, a maioria delas quis ajudar. Afinal, todas haviam sido capturadas juntas, e depois de algum tempo convivendo, já estavam familiarizadas umas com as outras. No entanto, havia algumas fêmeas que não queriam ajudar.

Tang Yu, ao perceber que algumas não queriam ajudar, disse que elas poderiam fugir sozinhas.

Essas fêmeas, ao ouvir isso, imediatamente começaram a reclamar em voz alta, mas um olhar de Jells as fez calar a boca de medo.