É hoje... é hoje que as meninas do vôlei vão tentar disputar o ouro. Eu tô nervosa pra caralho, minha ansiedade tá a mil e não consigo ficar parada. Nesse exato momento, estamos eu, Defante, Láctea e a produção da Cazé.
— Lua, para de bater esse pé, porra — manda Láctea, olhando pra mim, me fazendo parar e olhar pra ele, desesperada. Não é pela cobertura, e sim pelo que pode acontecer nesse vôlei.
— Tô com um pressentimento ruim, sabe? Minha garganta tá seca. Joga essa água aí... — peço, apontando para a garrafinha de água que estava com ele.
— Relaxa, Lulu, vai dar tudo certo no jogo — diz Láctea, vindo até mim com a garrafa de água.Respiro fundo, pego a garrafa da mão dele e bebo toda a água, fazendo-o rir.
— Vai com calma, nega, você nem sabe o que tá por vir ainda — diz Defante, me fazendo olhar pra ele com cara de tédio e curiosidade.
— Late, Diogo — mando, olhando diretamente pra ele.
— O Medina e o Bruno vão estar lá. Também vão estar a fadinha e a grandiosa Rebeca Andrade — diz Láctea normalmente, enquanto me olha com um olhar de malícia.
— Poxa, as meninas tudo bem, mas Bruno e Medina? Por favor, fiquem grudados comigo, eu imploro — digo, fazendo cara de desgosto, mas logo faço uma cara de cachorro pidão. Os meninos riem e concordam, sabendo como o Bruno fica dando em cima de mim o tempo todo, mesmo eu já tendo dito na cara dele que não. Já o Medina é um caso à parte; nunca conversei com ele, nem o conheci. Porém, eu já disse que não ficaria com ele num papo calcinha com os meninos, mas não me garanto muito... o cara é gostoso e amigo do Neymar...
Afasto todos esses pensamentos da mente e posto um tweet para tentar me distrair.
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Posto o tweet e logo chegamos na arena. Guardo meu celular no bolso da minha calça jeans larga preta e espero todo mundo descer como uma boa cavaleira que sou. Quando desço da van, respiro fundo, sentindo aquele cheirinho da França ou, pra ser mais específica, de rato e gente fedida. Nada contra, mas ao mesmo tempo, tudo contra.
— Luana, vem, temos que entrar pra garantir o lugar lá na frente — diz o moço da produção, pegando na minha mão e me puxando pra dentro da arena.
— Tá — digo, dando de ombros, enquanto puxo os meninos que mexiam no celular, pedindo pra que uma pickpocket pegue o celular deles e saia correndo. Andamos para dentro da arena, conversando enquanto me preparo para a cobertura.
— Eles estão ali, vamos — fala Cleitin, apontando para o quarteto mencionado que estaria presente no jogo. Cleiton ou Cleitin é o moço que está nos ajudando e guiando pela cidade.
