Mokusatsu - Kuroken

I. Súplica

黙殺(Mokusatsu)

A Fanfic a seguir apresenta temas sensíveis para muitas pessoas, se você for alguém que tiver muitos gatilhos, por favor não leia.

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| Kozume Kenma.

Você já precisou ouvir a voz de uma pessoa específica no fim do dia para finalizar sua rotina? Necessitou do som agudo ou melancólico que só aquela voz emite?

Bem, eu já necessitei e necessito até hoje. Na verdade, eu preciso ouvir a voz do Kuroo depois de um dia cansativo.

Nós nos conhecemos virtualmente, através de um jogo qualquer, onde, depois de jogar diversas partidas como uma dupla, decidi que deveríamos conversar mais em algum aplicativo de mensagens.

Mas logo isso tornou a ficar mais vívido. Kuroo não deixava um detalhe da sua vida passar em branco, por mais que o mundo não seja tão colorido assim, ele fazia questão de contar até sobre às cores que não existem no arco íris.

- Sabe... - disse Kuroo na call. - É uma pena que você more tão longe gatinho. - ele diz em um tom de brincadeira.

- Para de me chamar assim, é mó gay. - comentei enquanto olhava para a tela do celular e via Kuroo através da câmera.

E a partir de então, firmamos um laço inseparável de uma amizade virtual, pois Kuroo morava em Hiroshima, já eu, morava no centro de Tóquio, aproximadamente 800 km de distância um do outro, mas a 0 km conectados pela amizade.

Minha rotina era cansativa, afinal, eu estava no meu auge de fazer 14 anos de idade, nenhum processo social era amplamente fácil para um adolescente de 13 anos que vivia enfurnado dentro de casa buscando alegria nas telas.

Minha mãe é insuportável, sempre controlando a minha vida desde o dia em que eu decidi por às caras no mundo, mas eu não tenho culpa se ela quis dar o rabo e não usar proteção. A questão é que ela sabia que não devia ser mãe novamente, mas preferiu não ouvir.

Irmão do meio. Meu irmão mais velho saiu de casa quando eu era mais novo, e alguns anos depois minha mãe deu à luz a uma menina, mas são detalhes insuportáveis da vida de um adolescente sem talentos.

- Kenma, vou comer alguma coisa, volto logo. - disse Kuroo do outro lado da call, me acordando do tumultuado de pensamentos.

- Tá bom. - digo calmamente e então desligo a call o mais rápido possível, retirando os meus fones de ouvido e descansando a cabeça na cadeira de gamer.

A questão, é que minha vida social se resumia a poucas coisas, e uma delas é ir forçadamente para a escola, a outra e mais importante é ouvir a voz de Kuroo Tetsuro no fim de tudo. Seus olhos, cabelo, por mais que vistos virtualmente ainda são tão árduos. Ah, ele era tudo.

Foi então que eu descobri que estava apaixonado por ele, me etiquetando infinitamente em um rumo sem saída. O amor nunca foi bom para mim, e no fim dessa história, algo imperdoável é cometido. Mas a questão é, você já sofreu de dependência emocional por alguém?

Sua vida depende de outra pessoa a partir do momento em que você sofre com isso. A necessidade do outro se torna algo muito mais do que uma simples obsessão. Você vira um ser oblíquo, e sem aquela pessoa, se torna vazio.

Mas a época em que eu conheci Kuroo foi apenas o começo de tudo. O fim dessa história, é que vai ditar aquilo que é certo e o que é errado, calcado nos meus belos pecados.

| Início da carta.

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Talvez isso seja uma história baseada em fatos reais, ou talvez seja uma paranóia minha.

Enfim, deu uma louca na madrugada e eu escrevi essa bomba aqui. Vou pegar bem pesado nela, por favor se retirem e não me xinguem, mentira eu amo vocês demais!

Ass: Drake.