O Mundo Perdido: Jurassic Park (Novelização)

CAPÍTULO 11

A multidão correndo serpenteava pela ravina da selva. O Tiranossauro atacou atrás.

"Kelly!" Ian gritou das pedras acima. "Saia daí! Você vai ficar presa!"

Mas a ravina era muito íngreme. E Kelly estava no meio do bando em fuga, correndo com Nick e Sarah. Não havia nada que ela pudesse fazer. Ela tinha que continuar correndo... correndo... correndo...

O dinossauro se aproximou. Carter, o motorista, olhou para trás. Em pânico, ele caiu no chão. Ele lutou para se levantar. Mas, desesperada para escapar, a multidão o atropelou.

"Ahhh! " gritou Carter, enquanto olhava para cima e via o pé do dinossauro vindo em sua direção.

Mais à frente, Nick ouviu o grito. Eles nunca conseguiriam correr mais rápido que um rex. De jeito nenhum. Então ele avistou uma cachoeira ao lado. Agarrando Sarah e Kelly, ele as empurrou direto para a água corrente.

Eles pousaram em uma pequena plataforma rochosa, logo atrás da cachoeira. Os três se aglomeraram. Sem fôlego. Aterrorizados. Eles ouviram os gritos e berros de fora.

"Shh ," Nick disse suavemente. Se eles estivessem quietos, o rex poderia passar direto.

Então — splash! — Dr. Burke irrompeu ruidosamente pela água. "Saiam do caminho", ele gritou, dando uma cotovelada em Kelly na borda da plataforma. Ele empurrou a parede, empurrando os outros para mais perto da água... para mais perto do dinossauro.

Foom! A cabeça do rex surgiu através da cortina aquosa. Sua longa língua azul deslizou até os humanos, tentando envolvê-los.

Burke reagiu ainda mais.

"Pare!" Sarah gritou. "Você está empurrando Kelly para fora!"

Mas Burke não parou. Ele se enterrou mais fundo contra a parede. Até que, de repente, centenas de centopeias saíram da rocha quebrada e caíram sobre sua cabeça. Instintivamente, Burke gritou de surpresa e pulou para longe — direto para a língua do rex que estava esperando.

A língua fria e azul se enrolou em Burke. Ela o arrastou para fora gritando e chutando.

"Não!" ele gritou de novo e de novo. E então houve silêncio, enquanto o som dos passos pesados ​​do rex desaparecia.

Minutos depois, outra figura caiu da cachoeira. Ian.

Ele lançou os braços em volta de Kelly e Sarah.

"Obrigado", ele disse a Nick.

***

Livres do T-rex perseguidor finalmente, os caçadores finalmente saíram da ravina. Eles chegaram a uma grande planície aberta. Grama alta e larga balançava na brisa.

Ajay parou na beirada. "Não!", ele gritou. "Não vá para a grama alta."

Mas os homens continuaram correndo. Ajay olhou para eles, incerto. Ele deveria segui-los? Tentar fazê-los se virar? Ou deveria encontrar algum lugar seguro?

Respirando fundo, ele mergulhou na grama.

Mais para dentro da grama, os homens olharam ao redor. Nenhum dinossauro à vista. Eles estavam seguros. Eles começaram a rir.

Então eles viram a grama ondular. Balançar. Algo estava se movendo em direção a eles. Rapidamente. Silenciosamente.

De repente, um caçador foi puxado para o chão. Então outro foi arrastado para baixo da grama.

Um terceiro caçador ouviu um farfalhar suave. Ele observou uma cauda longa e ereta deslizar em sua direção. Antes que ele pudesse fazer outro movimento, o dinossauro saltou no ar e atacou com longas garras curvas.

Raptors, pensou Ajay.

Então ele viu as quatro caudas de torpedos indo direto para ele. E ele fechou os olhos e esperou.

***

Poucos momentos depois, Ian, Kelly, Sarah e Nick saíram correndo da mesma ravina e entraram na planície gramada.

"Rrrr ." De repente, Ian ouviu um rosnado familiar.

"Raptors!" ele gritou. "Vão!" ele gritou para os outros. "Vão! O mais rápido que puderem!"

Ele agarrou a mão de Kelly, e todos eles saíram correndo. Um raptor saltou atrás deles, mordendo seus calcanhares.

Mais e mais rápido, eles mergulharam de cabeça na grama. Então, a próxima coisa que souberam, o chão desapareceu sob eles.

Eles caíram de uma encosta íngreme. Espinhos e raízes rasgaram suas roupas. Galhos arranharam seus rostos. Finalmente, eles pousaram no fundo.

Kelly agarrou o braço de Ian enquanto eles cambaleavam para ficar de pé. Uma extensão de areia se estendia diante deles como nada que eles já tinham visto antes. Crânios, caudas, pedaços de ossos espalhados pelo chão.

Sarah engasgou. "É um cemitério de dinossauros!"

Então Ian apontou para um conjunto de edifícios à distância. A vila dos trabalhadores!

Nick ajoelhou-se em posição de corredor. "Cada segundo conta", ele disse. "Vou correr na frente para o centro de comunicação e enviar a chamada de rádio."

Ele correu para a vila. Minutos depois, ele estava correndo por lojas e casas abandonadas, e entrando em um pequeno prédio quadrado.

Nick examinou a sala. Poeira, sujeira e trepadeiras cobriam móveis e equipamentos. Então ele espiou o rádio, embutido em uma parede. Ele correu até lá, acionando interruptores rapidamente.

Não aconteceu nada.

Nick prendeu a respiração, desesperado para que o rádio funcionasse.

Finalmente, começou a brilhar em verde, vermelho e amarelo.

***

Foi naquele mesmo momento que Peter Ludlow rastejou para fora da poça de lama em que estava escondido. Ele jogou para o lado uma lona de barraca esfarrapada e enxugou o rosto.

Ele olhou ao redor para o acampamento demolido. As tendas rasgadas. Os suprimentos pisoteados.

Então Ludlow viu outra coisa. Um dos T-rex adultos. Caído no chão, desmaiado.

Ludlow se aproximou furtivamente. Um dardo tranquilizante saiu de seu pescoço.

E Ludlow sorriu.