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*Narrador

Samantha abre os olhos assustada e sente o peito doer quando puxa todo o ar que consegue, seu coração estava acelerado e a impressão que ela tinha é como se tivesse ficado minutos sem respirar. A garota leva a mão até o peito e se senta na cama rapidamente, ela olha para o braço e vê uma agulha, quando olha para o lado de assusta ao ver os cinco ao lado do apoio do soro.

- Bom dia, princesa. - Bento fala em um tom irônico. - Bom dia não, é... O que a gente fala quando já é de madrugada?

- Cala a boca, Alberto. - Júlio resmunga e Bento fecha a cara.

- Não é possível. - ela olha para os cinco e nega.

- Olha, nós podemos te explicar tudo e... - Sérgio é interrompido.

- Explicar? Eu estou ficando louca, puta que pariu. - ela arranca o acesso e se levanta, a mesma sai do quarto e uma enfermeira se aproxima da mesma.

- Senhora, você precisa aguardar no quarto até o médico chegar.  - ela fala e Samantha nega.

- Eu preciso ir embora, isso sim. - ela fala e a enfermeira suspira.

- O que está acontecendo? - um homem moreno se aproxima, ele usava um jaleco branco, óculos e tinha o semblante sério. - Senhorita Samantha, você ainda não foi liberada. Eu imagino que deva estar confusa e assustada, mas vamos te explicar tudo, que tal voltarmos para o quarto?

Samantha suspira frustrada e quando se vira vê os cinco na porta do quarto.

- Não, conversa comigo aqui mesmo. - ela fala irritada e o médico troca olhares confusos com a enfermeira.

- Certo, eu... - ele é interrompido por alguém o chamando. - Eu preciso atender, pode ser alguma emergência, mas eu peço que me espere e nós conversamos, okay?

- Tudo bem. - ela suspira frustrada, o médico assente e se afasta.

- Vem, vamos fazer um curativo nesse acesso. - a enfermeira fala e só então Samantha se dá conta do braço sangrando. - Tirou com cuidado?

- Tirei. - Samantha fala ao entrar no quarto novamente.

- Que mentirosa, arrancou o fio e quase arranca o braço junto. - Bento fala e Samantha olha para ele irritada.

- Ouviu isso? - ela pergunta e a enfermeira a encara confusa.

- Isso o quê?

- Eles. - ela aponta para os cinco. - Você vê eles, né?

- Eles quem, querida? - a enfermeira pergunta e Samantha senta na cama e suspira.

- Nenhum outro humano além de você pode ver a gente, bobona. - Samuel fala e Sérgio o encara. - Foi mal.

- Era só o que me faltava. - Samantha resmunga.

- Vou precisar colocar o soro novamente, ainda está na metade. - a enfermeira fala pegando os itens. - Tem medo de agulha?

- Eu tenho.

- Na hora de arrancar ela não teve medo, não é? - Dinho provoca.

- Cala a boca, insuportável. - ela fala irritada e a enfermeira olha pra ela assustada. - Não, não você.

- Parem de perturbar a menina. - Júlio repreende os amigos, enquanto os mesmos davam risada.

Samantha fecha os olhos quando é furada novamente e suspira aliviada quando a enfermeira termina.

- Fica aqui, volto em cinco minutinhos. - ela fala e Samantha assente, a mesma sai do quarto e a garota deita na cama e suspira frustrada enquanto encara o teto.

Vida - Mamonas Assassinas Onde histórias criam vida. Descubra agora