Após a queda da SHIELD e a descoberta dos Inumanos, a HYDRA intensifica seus experimentos para criar super-humanos. Entre os voluntários estão os gêmeos Maximoff, Pietro e Wanda, enganados e aprisionados em celas separadas.
Pietro, isolado de sua i...
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𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐭𝐫𝐞̂𝐬: ℬ𝒾𝓈𝓉𝓊𝓇𝒾
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O FRIO HAVIA CONSUMIDO MILLA POR INTEIRO, arrastando-a para um lugar onde o tempo parecia não existir. Era como se as garras gélidas da morte a tivessem puxado para baixo, mergulhando-a em uma escuridão sem fim. No entanto, dentro dessa vastidão vazia, ecos de um passado há muito enterrado começaram a se formar, suaves como o som de folhas caindo no outono.
Ela via sua mãe, com os cabelos ruivos desgrenhados pelo vento, sorrindo enquanto apontava para o horizonte verde da Irlanda. "Olhe, Milla, as fadas estão dançando entre as colinas", ela dizia, os olhos brilhando com uma mistura de seriedade e brincadeira. Milla, pequena e fascinada, acreditava. Como não acreditar? As colinas eram vastas demais, o vento misterioso demais para não conter alguma mágica.
Mas o vento mudou, transformando-se em uma rajada cortante, varrendo aquele cenário tranquilo. A imagem desfez-se, e agora Milla estava em outro lugar — mais frio, mais escuro. Era a casa nos Estados Unidos, um lar que nunca pareceu realmente seu. A figura de Nina apareceu à sua frente, alta, severa. Nina nunca sorria como a mãe; seus olhos eram cheios de julgamento, sempre calculando, sempre distante. Milla lembrava da voz de Nina, fria como o gelo que agora a envolvia, dizendo que ela precisava ser forte, que precisava aprender a sobreviver.
"Se não sobreviver, não é ninguém" Nina sussurrava em seu ouvido. Aquela lembrança do controle que sua irmã exercia sobre a vida delas retornava em rajadas, como facas cortando o ar.
O rosto de Sofia apareceu então, como um sussurro de bondade no meio do caos. A irmã mais velha, a protetora. O calor da sua presença era quase palpável, mas mesmo o sorriso suave de Sofia trazia dor. Milla lembrou-se da última vez que a viu, vestida para uma missão da SHIELD, com aquela expressão determinada que Sofia sempre usava para mascarar o medo. A morte de Sofia havia sido uma ferida aberta que nunca cicatrizou — uma culpa que Milla carregava como um fardo invisível. E ainda assim, ali estava ela, nos braços frios da escuridão, revivendo a presença de alguém que havia sido sua âncora.