fifty ways to love, segundo capítulo.
( do lado de fora.)Cá estamos nós, os três machucados.
A Liara se fudeu tanto com os pais só por ter cortado a mão com o vidro da garrafa, vocês não imaginam as merdas que viriam depois dessa festa.
Eu tava com o nariz arrebentado por causa do Yuri, com certeza amanheceria com um olho roxo. O Bê tava puto comigo, e a sorte foi que ele não apanhou lá na festa, más o azar é que o que ele não foi surrado dos moleques, ele seria do senhor Hamilton.
Enquanto a mim, minha mãe só ficou preocupada quanto aos machucados, e ficou brava porque ela sempre dizia que se eu continuasse fazendo essas coisas traria mal ensinamentos pra minha irmã mais nova.
Antes eu não queria reconhecer meu erro, me recusava a pedir desculpas, e a me importar com a consequência dos outros,
E eu era tão horrível.
Acho que esse é o bom de conhecer novas pessoas, elas podem mudar você pra melhor, também pode mudar pra pior.
Não foi o caso da Lia, as vezes a vida te dá pessoas incríveis, e outras vezes pessoas incríveis te dão a vida.
Eu sou grato a ela.
E tão culpado por tudo.— Tá, mas quando o “fofucho” caiu em cima de mim eu achei que ele tinha morrido, papo reto, que bandeijada foi aquela?
— Eu não deveria ter feito isso.
Estávamos nós três andando pra longe da casa do Yuri.
Liara no meio e eu e o Bernardo nos lados.
Ele tava de cara fechada e a Lia tava com um semblante preocupado.
Eu ficava puto porque pra mim confusão era resenha, eu não ligava pras consequências dos meus atos e nem tinha responsabilidade alguma, então pra mim tudo pouco importava contanto que eu estivesse bem.— Porque não? — Indagou Mason.
— Eu sei que ele agiu errado, sei que ele foi mal educado, inconveniente...más se agressão fosse a solução de algum problema era bom, pelo contrário só traz mais problemas.
— Papo. Eu até tento explicar pra ele, más ele só se escuta, e se algum dia deixar de olhar pro próprio umbigo, começar a ter empatia no próximo e ver que a vida não é bombom, quem sabe ele entenda, né Mason?
— Qual foi, Bernardo?! Caralho, a gente não caiu junto? Porque que a gente não levanta junto também?
— Caiu junto é o caralho, quem me arrastou pra cá foi você, irmão. Vou nem falar porque que tu chegou junto viu, mas cê tá ligado, aí depois que cê conseguiu pentelhar o cabeça, cheguei em você e falei o que? “irmão, bora vazar”.
— Gente, tá no meio da rua.
— E eu não vazei porque? Fala pra mim, merda!
— Porque cê é burro!
—Mané te chamou de vagabundo favelado, você que é peidado e pulou pra trás!
— Não pedi pra você me defender não, parceiro. Cê fez porque você quis, ainda envolveu a porra da menina aí, não tinha nada haver, irmão. Menina cortou a porra da mão com o vidro, ainda teve que bater no próprio amigo pra livrar você dos seus b.o que tu ainda joga pra cima dos outros.
— Cê cortou a mão?
Olhei em direção a Liara, que não respondeu e só ergueu a palma da mão, o corte estava ao lado de seu polegar, segurei sua mão e a virei com cautela pra ver o machucado.
Logo soltei a mão da garota, que cruzou os braços enquanto eu voltava a encarar o Bernardo que havia se aproximado.

VOCÊ ESTÁ LENDO
'𝐅𝐈𝐅𝐓𝐘 𝐖𝐀𝐘𝐒 𝑻𝑶 𝑳𝑶𝑽𝑬 🍀.
Romance𝑳iara Kinsley é uma adolescente que terá seu futuro completamente planejado pelos pais conservadores se não agir rápido, querendo apenas sua liberdade e o hábito de viver memórias como os outros jovens. Durante o percurso de por em prática seus obj...