Fogo e Ferro: Laços Forjados

Prólogo

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Prólogo

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          As luzes cintilavam no baile daquela noite, e a música suave da orquestra real enchia o salão, tornando o ambiente mais leve. Casais dançavam elegantemente ao ritmo da melodia, enquanto comidas e bebidas da mais alta gastronomia eram servidas no baile de despedida do Duque Leofrick Erwin, que passaria seu posto ao filho mais velho, recém-chegado da guerra rubro-negra. O baile não era apenas de despedida, mas também a cerimônia de nomeação de Angrod como chefe da Casa Erwin e Duque de Flameheart. Toda a alta nobreza de Flavo havia se reunido nos salões do castelo do norte, nas terras governadas pelos Erwin.

— É uma pena que vai nos deixar, Duque Erwin — disse uma jovem mulher de longos cabelos loiros e olhos azuis.

— A partir de hoje, não sou mais o Duque Erwin, minha jovem duquesa — respondeu o homem mais velho com um sorriso. — Pode me chamar de Leofrick agora.

— Queria agradecer pelos seus serviços ao nosso reino. O senhor fez um ótimo trabalho — disse Áina, sua voz suave e doce misturando-se com a música ambiente. Mas um pigarro chamou a atenção dos dois que conversavam.

— Creio que sou eu quem deveria dizer isso, Duquesa Vaare — disse o Grande Mestre da Magia. — Afinal, ainda sou o rei de Flavo.

— Desculpe-me, Grande Mestre. Não notei que estava aqui.

— Você parece sempre esquecer que estou por perto — disse o Grande Mestre, soltando uma risada enquanto alisava a barba curta. — Leofrick, tenho grandes expectativas para o trabalho com seu filho.

— Angrod é um bom homem — disse Leofrick, voltando-se para Áina. — Espero que você se dê bem com meu filho, jovem Duquesa Vaare; afinal, vocês têm a mesma idade.

— Não se preocupe com isso, Senhor Leofrick — corrigiu-se Áina após o olhar arqueado de Leofrick. — Espero que nos demos muito bem e que trabalhar com ele seja tão bom quanto foi trabalhar com o senhor.

— Vamos deixar isso de lado e aproveitar a festa — disse Leofrick, guiando seus convidados a uma mesa, onde pegaram taças de vinho e brindaram à prosperidade do reino.

          Enquanto isso, numa sacada fora do salão de baile, Seraphine, a segunda filha de Leofrick, olhava para a lua que brilhava alto no céu. A leve brisa fazia seus longos cabelos negros balançarem suavemente, e um olhar de tristeza podia ser visto em seu rosto. Ela se sentia triste porque seu irmão deixaria Flameheart para viver na capital, mas, ao mesmo tempo, estava feliz pelo retorno de seu pai ao lar. Foi quando um homem alto e forte usando uma roupa elegante entrou na sacada.

— O que ouve Sera? — questionou Angrod. — Você parece triste.

— E eu poderia fica feliz sabendo que meu irmão está indo para a capital. Poderia pelo menos me levar com você. — Seraphine olhava para Angrod com olhos úmidos.

— Sabe que sempre deve haver um Erwin em Flameheart. — Angrod deu um sorriso enquanto colocava a mão e limpava as lagrimas que começavam a escorrer do rosto de Seraphine. — Não conheço ninguém melhor que minha irmão para governa nossas terras enquanto estou na capital cumprindo meu deve como Duque.

— Se precisa de mim não excite em me chama imediatamente. Promete? — Seraphine ergue-o dedo mindinho.

— Eu prometo! — Angrod entrelaçou seu dedo mindinho no de sua irmã e logo voltaram para o baile.