NARRADORA.
O barulho das gotas de sangue caindo no chão era claramente audível, o indivíduo estava amarrado, seriamente ferido, ofegante, em uma tentativa de erguer o olhar, falhando em encará-la.
Já não conseguia pronunciar uma palavra.
Esse era o resultado de duas longas horas de tortura. Era isso que acontecia quando se cruzava o caminho de Rhea Ripley.
Ela largou a lâmina ensanguentada sobre a mesa, seus passos lentos ecoando no silêncio enquanto se aproximava dele novamente. O sorriso que estampava seu rosto era um misto de enigma e sadismo.
— Viu só? É isso que acontece com quem ousa cruzar meu caminho - disse, a voz fria e cortante. — Ou com quem tenta me roubar e não paga suas dívidas.
Rhea se abaixou, ficando na altura dos olhos dele, enquanto o pânico refletia em cada músculo de seu rosto.
— Agora me diga. — Rhea iniciou friamente, enquanto seus olhos perfuravam os dele. - Onde está a mercadoria que você me roubou?.
O homem, ainda tremendo e sem fôlego, tentava falar, as palavras presas na garganta de tanto pavor. Seus olhos estavam arregalados.
— Eu... eu não sei! — ele balbuciou, o desespero evidente. — Eu não queria! Fui forçado! Eles me obrigaram!.
Rhea arqueou uma sobrancelha, impossível diante da súplica dele.
— Forçado?. — ela repetiu, soltou um riso amargo. — Acho difícil de acreditar. Se fosse assim, você teria me procurado... mas ao invés disso, decidiu fugir, não foi?.
Ele balançou a cabeça, lágrimas escorrendo por seu rosto ensanguentado.
— Por favor, eu posso explicar! — ele implorou. — Eu sei onde está! Só... não me mate!. — exclamou em evidente pavor.
Rhea inclinou-se um pouco mais perto, curvou os lábios em um sorriso sádico.
— Não. — Rhea cortou suas súplicas friamente, seus olhos endurecidos enquanto o encarava. — Você não vai viver, Alexandre. E você sabe disso.
O silêncio pesou pelo galpão, pesado como chumbo. A respiração dele parou por um segundo, a expressão de pânico se transformou em desespero puro, e ele começou a se debater inutilmente contra as amarras que o prendiam na cadeira.
— Rhea, me tira daqui! — Alexandre gritou, cuspindo sangue, o desespero estampado em seus olhos. — Por... favor... — sua voz falhou, entrecortada pela dor. — Eu... eu posso te dizer onde está a mercadoria roubada! Eu sei onde está! Só me tira daqui!. — tentava a todo custo se soltar das cordas.
Os olhos dela permaneceram tão frios quanto neve, tinha até um divertimento dentro dela ao assistir tal cena que ele fazia.
Iria matá-lo. Isso era uma decisão que obviamente não teria volta, e então ela se afastou dando alguns passos para trás.
— Onde?. — questionou, sua voz quase saindo em um sussurro ameaçador.
Alexandre tentou se mover novamente na cadeira, mas o movimento trouxe uma onda de dor. Ele ofegou, quase sem fôlego, enquanto o sangue gostejava, tingindo o chão de vermelho escuro.
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IN THE DARKNESS; RHEA RIPLEY
RomanceHazel Romani, uma jovem agente secreta da CIA de 21 anos, carrega a dor de um passado trágico, marcado pelo assassinato de sua mãe e irmã na infância. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela é designada para uma missão que a coloca no caminho...