Prólogo

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(Me avisem qualquer erro)

Miller.

Respiro fundo e olho com fúria para meus adversários. Sabia que faltava apenas dois minutos e meio para terminar o terceiro tempo e o gol da vitória seria meu. Ouvi Noah gritar meu nome e sinalizar para eu me posicionar e ir para a zona de ataque. Patinei rapidamente e parei em frente ao gol, e em questão de segundos o disco foi lançado a mim. A torcida vibrava, e o suor escorria por minha testa. Sem pestanejar, lancei o disco em direção ao gol, que passou por debaixo das pernas do goaltender¹, e ouvi o grito da torcida ao mesmo tempo que a sirene soou.

Havíamos ganhado mais um jogo.

Todos meus parceiros entraram animados no vestiário. Fui cumprimentado por todos os meus colegas de time, que tocaram meu ombro felicitando pelo meu ponto da vitória.

— Hoje à noite, festa lá em casa, babies! — grita Noah, acompanhado pelos garotos. — É claro que não pode faltar o salvador da partida de hoje, vulgo meu marido Miller! — Noah me abraça pelo ombro e beija a minha bochecha.

— Para, Noah! Desse jeito não vamos pegar ninguém hoje, você estraga o meu charme. — Brinquei, e Noah se fez de ofendido.

O clima estava ótimo até Simon, o presidente do time, chegar. O silêncio reinou por um tempo até percebermos que ele não estava sozinho; nossa diretora de Marketing, Emilly Lins, estava atrás dele.

Emilly é uma mulher negra de longos cabelos cacheados. Ela trabalha conosco desde que entrei no time; é muito bonita, porém reservada. Contudo, nunca deixa de transparecer um largo sorriso simpático no rosto e, o mais importante, Emilly é uma grande amiga de todos aqui, principalmente minha amiga.

— Gostaria de parabenizar a todos aqui presentes. — Simon começou. — Vocês jogaram muito bem hoje. Sei que estamos passando por dificuldades, mas vocês, mesmo assim, estão se sobressaindo. Gostaria de parabenizar o nosso melhor jogador da partida de hoje, Miller, por ter feito em média 3 gols por tempo! Bom, como sabem, tenho esposa e filhos para cuidar, então já vou indo. Deixo vocês agora nas mãos de Emilly.

Simon sai fazendo com que todo mundo solte o ar dos pulmões e voltem a comemorar enquanto Emilly apenas sorri para todos nós.

— Emy! — Noah abraça Emilly, que rapidamente se solta dele.

— Não, Jones, você está extremamente suado. — Emilly o empurrou de leve e sorriu para os outros garotos. — Eu estou muito orgulhosa de vocês! Mesmo com um coach substituto, vocês se saíram muito bem e trouxeram mais uma vitória para os Canadiens. Eu não tenho nem palavras para medir o quão estou feliz.

— Desse jeito você está parecendo nossa mãe, Emy! — grita May, levando todos à gargalhada, e Emilly revira os olhos.

— Eu acho que Emilly só está tentando nos parabenizar pelo nosso ótimo desenvolvimento, crianças. — Dou ênfase.

— Muito obrigada, Ben! — Emilly sorri em agradecimento, e eu pisco retribuindo.

— Como estava dizendo, estou muito feliz por vocês. Porém, ainda estamos com problemas para achar um coach à altura do time, então vocês irão continuar com o coach temporário.

Ouve-se vaias e reclamações por todo o vestiário, e pude ouvir Richard reclamar.

— Qual é, Emy, aquele cara é péssimo. Precisamos de outro coach para chegar ao mundial.

— Eu sei que vocês não gostam dele, galera, mas lembrem-se que meu trabalho é apenas diretora de marketing, e eu já faço mais do que sou paga para fazer! Então, se não gostam, reclamem com o Senhor Thompson. — Houve um silêncio longo enquanto todos olhavam o chão. — Foi o que eu pensei! Tenham uma boa comemoração e vejo vocês na segunda para a reunião sobre a guest. Boa noite, meninos.

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