1»ԍᴀsoʟιɴᴇ

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♪As pessoas sussurram sobre você no trem como eu?Dizendo que você não deveria desperdiçar seu lindo rosto como eu?E todas as pessoas dizemVocê não pode acordar, isso não é um sonhoVocê faz parte de uma máquina, você não é um ser humano

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As pessoas sussurram sobre você no trem como eu?
Dizendo que você não deveria desperdiçar seu lindo rosto como eu?
E todas as pessoas dizem
Você não pode acordar, isso não é um sonho
Você faz parte de uma máquina, você não é um ser humano.

Halsey(gasoline)

ROMA - ITÁLIA

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Entre o que vivo e o que sonho, já não consigo mais distinguir o que é real e o que foi um dia verdade. Toda noite é a mesma luta.

Fecho os olhos, esperando descanso, mas o alívio nunca vem.

Preciso tomar remédios para dormir, por conta própria, meu corpo se recusa a descansar. E, quando caio no sono, sou arrastada de volta ao mesmo pesadelo.

Vejo a mim mesma, ainda criança, sendo arrancada dos braços da minha mãe. Suas mãos ensanguentadas, fracas, tentam me puxar de volta para o seu abraço.

Ela grita, luta, mas o homem me leva. O rosto da minha mãe e do homem estão desfocados, como sombras no escuro.

O desespero me invade enquanto tento gritar, mas minha voz não sai. O medo sufoca cada centímetro de mim, o pânico me consome, e a imagem dela, deitada no chão, sem forças, me assombra.

Acordo ofegante, o suor frio escorrendo pela pele. E, ainda assim, não consigo dizer o que é pior: o pesadelo ou a cruel realidade que vivi.

Sempre me pergunto... o que é verdade e o que minha mente torturada criou?

Esse sonho... ou memória... me persegue.

Pego a garrafa de água ao lado da cama, minhas mãos ainda tremendo, e bebo alguns goles.

O líquido frio desce pela garganta, mas não consegue me acalmar. Sou da máfia italiana, cresci cercada de violência e sangue.

Isso nunca foi um problema. Mas com o pesadelo... é diferente. Aquilo me toca de um jeito que as cicatrizes físicas jamais poderiam.

O som agudo do celular me arranca do transe. Olho para a tela e vejo o nome: Emílio Grecco, meu pai adotivo.

Provavelmente mais uma ordem para matar alguém que o ousou desobedecer ou trair. Esse tipo de ligação não é novidade; para ele, vidas são apenas peças descartáveis. Não me surpreende que tantos o desprezem.

Emílio não é um homem confiável,ele nunca foi. Mesmo sendo sua filha adotiva, sei que, para ele, sou apenas mais uma arma.

Fecho os olhos por um momento, a garrafa ainda na mão, sentindo o peso das escolhas que ele me força a fazer.

O celular vibra na minha mão. Respiro fundo antes de atender, me preparando para mais uma missão. Emílio Grecco nunca liga por nada.

—Pronto? Papà? - minha voz sai hesitante, ainda abalada pelos ecos do pesadelo. (Alô?Pai?)

❥᳄Vєɲɖєʈʈɑ?᳄❥ Vincenzo   CassanoOnde histórias criam vida. Descubra agora