A muito tempo, em uma dinastia antiga e cruel, existia um garoto, chamado Aires Lima, filho de um curandeiro famoso por suas artes das trevas ocultas.
Não se pode esquecer que era proibido fazer tal ato de banalidade como a realização desta arte, porém o pai de Aires não deu ouvido.
- você não deveria fazer isso - contestou enquanto o arrastava pra sala, sua fala foi entre cortada com o sangue que saia de sua boca.
- está tudo bem meu filho, está tudo bem. - passei minha mão em seu rosto, antes mais branco que a Neve, agora, manchado por terra e sangue.
Me sentia culpado ao ter mandado meu único filho colher ervas medicinais, ao seus tão maduro 19 anos, não poderia morrer tão jovem, sem nem experimentar a vida, lutava conta pensamentos obscuros, é meu único filho, não posso perder-lo.
- Pai, não.. não me transforme em um monstro. - implorava com o último fio de suspiro que tinha.
Coloquei o mesmo em cima da mesa, derrubando alguns frascos raros sob o chão, não posso perder-lo.
Rasguei sua blusa com um único puxão, então vi, a bala prateada em seu corpo, peguei uma de minhas ferramentas sem olhar e puxei na adrenalina, o sangue que jorrava agora mais intenso, cobrir a abertura com as mãos, enquanto procurava o medicamento certo a se fazer, peguei minha maleta que estava encostada com uma única mão, abri-a e logo procurei o frasco, sabia que não teria volta, mas mesmo assim, não poderia perder a única pessoa que tinha no mundo.
Ao colocar as ervas em seu corpo, e abrir o pote aonde continha o sangue do último druida vivo, logo me afastei em pânico, não sabia o que poderia ocorrer, nem se daria certo, ou se perderia meu mundo inteiro ali.
Seu corpo se debatia na mesa, me encarava incrédulo, seu corpo assumiu um tom azulado pérolado, seus cabelos antes pretos, agora assumia a cor branca como papel, seus olhos antes caramelos, se transformava em um azul cristalino, aos poucos seu corpo foi voltando a coloração normal, totalmente branca, porém, era notório as veias vermelhas em seu corpo, um vermelho tão vivo que corria em um constrate incrivelmente brilhante em seu corpo.
Se debatia tão violentamente que caiu no chão, tentei lhe ajudar, mas fui empurrado a parede por algo inumano, estava no chão, segurando o choro enquanto via meu filho morrer e voltar a vida.
Ele então parar de se debater, estava com a cara no chão, não pude ver sua expressão, quando finalmente vi, algo saia de suas costas, não acreditei até poder me aproximar e tocar em algo mais macio que tudo que tinha tocado, foi então que escutei sua voz.
- em que monstro me transformou pai ? - me olhava de lado, com uma expressão terrível de dor.
- não um monstro, meu filho, algo melhor.
- melhor ?
- um anjo, em um anjo.
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Correndo Até Você.
FantasyPoucos se falam sobre uma pessoa que ver tudo cinza, não estou falando de daltônicos, não, estou falando de pequenos anjos que foram destinados a sofrer uma dor que não eram deles. em um mundo cético, onde o sobrenatural é algo visto como lenda urba...