Capítulo 3

21 3 0
                                    


Gente, a soso é muito segura de si na carreira musical, mas ela foi totalmente impulsiva ao lançar fantasma, porque era totalmente diferente de tudo que ela já tinha produzido e em uma língua que seus fãs nunca imaginam q ela sabia. E a música fantasma está na mídia.

Beijos, boa leitura.

POV. Sofia

Passaram-se algumas semanas e decidi  que a música estava pronta para o mundo. Depois de dias aperfeiçoando cada acorde, cada linha, e de reescrever parte da letra, senti que não havia mais nada a adicionar. O trabalho estava completo. A música era uma parte minha, um reflexo de tudo que havia passado com a jogadora - o encontro, a conexão intensa, o desaparecimento e a dor silenciosa que me seguia. Mas agora, a minha dor tinha sido transformada em algo mais: arte.

Com a ajuda de Lion, que é parte da minha equipe musical, ele me convenceu a gravar a canção em nosso pequeno estúdio pessoal. Nada de grandioso, apenas eu,o violão e o piano que ele tocava, junto com minha voz crua, cheia de emoção e sinceridade. O processo de gravação foi simples, quase íntimo. Mas assim que a última nota foi capturada, senti que algo diferente estava acontecendo.

Naquela noite, em casa, ele sugeriu o próximo passo. "Você deveria publicar isso nos streamings. As pessoas precisam ouvir isso, Sofia."

Mas, hesitei por um momento. A música era tão pessoal, tão profundamente ligada à minha própria dor, que a ideia de compartilhá-la com o mundo me deixava vulnerável. Mas ao mesmo tempo, sabia que poderia ajudar outras pessoas que também estavam tentando entender seus próprios fantasmas. E tinha que a música era totalmente diferente do seu estilo casual de música, era em um idioma diferente que meus fãs nunca haviam me visto  falar ou cantar. Era algo totalmente impulsivo, mas tão necessário, sentia que o público se conectariam comigo por meio da canção.

"Vamos fazer isso," disse, finalmente, com determinação.

Depois de subir a música para as plataformas de streaming, não esperava muito. Achei que, talvez, algumas pessoas encontrassem a canção por acaso, se conectassem com a letra. No entanto, os dias que seguiram foram uma surpresa completa.

Primeiro, vieram as mensagens de amigos e conhecidos, comentando o quanto a música os havia tocado. E, em seguida, os números começaram a subir. Ela estava sendo adicionada a playlists, recomendada por algoritmos, e, de repente, pessoas de todas as partes do mundo estavam ouvindo minha história.

O título da canção, "Fantasma", começava a aparecer em listas virais, compartilhada por influenciadores e músicos. Em poucas semanas, a música havia se tornado um sucesso, não apenas pela melodia suave e pela voz, mas pela autenticidade crua de sua letra. Era como se o mundo inteiro estivesse vivendo aquela mesma história, sentindo a mesma perda e buscando a mesma compreensão.

Logo, jornais e revistas começaram a me procurar, interessados em entender a inspiração por trás da canção. Entrevistas foram marcadas, e eu , com certa relutância, começou a compartilhar mais detalhes sobre o que a levou a escrever a música - embora sempre mantendo o mistério sobre quem tinha verdadeiramente inspirado a canção.

Em uma entrevista para a Vogue ,  foi questionada sobre o impacto da música. Com um sorriso tímido, respondi: "Eu nunca imaginei que algo tão pessoal pudesse tocar tantas pessoas. Acho que, no fundo, todos nós temos nossos próprios fantasmas... mas, às vezes, tudo o que eles precisam é de uma melodia para encontrarem paz."

A música continuava a ganhar força. Logo, ela estava nas rádios, em festas e desfiles.

Depois de algumas semanas intensas, entre o sucesso inesperado e as entrevistas, começei a sentir o peso da minha própria vida acelerada de cantora aumentando. As lembranças de Rosa ainda pairavam como uma sombra suave, mas agora havia uma nova clareza. Sabia que estava precisando de uma pausa, de algo que me fizesse respirar novamente, longe dos holofotes e das expectativas. Precisava de uma pausa para me inspirar e organizar a correria que está a minha vida.

Foi em uma noite calma, enquanto discutia com Lion, que a ideia surgiu.

"Tia Thai, nós convidou pra assistir seus jogos nas olimpíadas " ele disse casualmente, enquanto dedilhava o violão no sofá. "Por que não aproveita a calmaria agora e vai passar um tempo lá? Sei que a tia sempre quis que fossemos visitá-la. Seria uma chance de se desconectar de tudo isso."

Fiquei em silêncio por alguns segundos, absorvendo a ideia. Paris... A cidade sempre teve um lugar especial em minha imaginação. Além disso, a presença da tia Thaisa traria um conforto familiar em meio à beleza e à alegria da cidade.

"Talvez seja exatamente o que eu preciso,"  respondi, com meus olhos brilhando pela primeira vez em semanas com uma nova perspectiva. "Paris poderia ser uma forma de me reconectar comigo mesma... longe de tudo isso."

Lion sorriu, sabendo que estava me ajudando a encontrar um caminho mais leve. "Então está decidido. Vamos para Paris. Podemos compor, relaxar, e você finalmente vai reencontrar a tia. Vai ser bom pra você."

Concordei, sentindo o peso nos ombros se dissipar um pouco. A decisão de ir para Paris com Lion não era apenas uma fuga; era uma escolha para buscar renovação e, quem sabe, se perder nas ruas da cidade que sempre prometera algo mais.

NOTAS DA AUTORA:

1- O que será que Paris está reservando pra esses dois???
2-  Como será o reencontro da nossa soso e da nossa fantasminha?
3- calma, Paris tá chegando e teremos mais Povs da Rosa.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 15 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Ghosting: Quando o Destino Não DesapareceOnde histórias criam vida. Descubra agora