End of the World - Minsung

꧁ Third꧂

Narradora pov:

Minho corria pelos corredores estreitos da escola, os gritos distantes dos infectados ecoando pelas paredes frias. Ele segurava o bastão com força, o suor escorrendo por sua testa enquanto seus olhos varriam o caminho à frente. Ao seu lado, Jisung mantinha o ritmo, ofegante, mas determinado.

–Não podemos continuar assim por muito tempo...– Jisung sussurrou, olhando rapidamente para trás. O som dos passos arrastados dos zumbis não estava longe. Minho sabia que eles precisavam de um plano, e rápido.

–Ali! —Minho apontou para uma porta semiaberta no final do corredor. –Podemos nos esconder ali por enquanto.–

Sem hesitar, os dois correram até a sala, fechando a porta atrás de si com cuidado. O silêncio que se seguiu era quase ensurdecedor, quebrado apenas pela respiração pesada dos dois. Minho encostou-se à parede, tentando recuperar o fôlego. Jisung desabou no chão, os braços envoltos nos joelhos, parecendo exausto.

Por alguns minutos, eles ficaram em silêncio, apenas ouvindo o perigo que os cercava do lado de fora. Minho lançou um olhar para Jisung, notando o jeito como ele tremia ligeiramente, tentando esconder o medo. Não era de se admirar; ninguém estava preparado para viver em um mundo assim, muito menos alguém como Jisung, que sempre parecia tão cheio de vida.

–Ei princesa, nós vamos sair dessa – Minho quebrou o silêncio, sua voz baixa, mas firme.

Jisung levantou o olhar, seus olhos escuros fixando-se nos de Minho. –Você quase sempre diz isso...Mas e se um dia não dermos sorte? E se... se for o fim pra gente?– Jisung diz com medo

Minho ficou em silêncio por um momento, considerando a pergunta. Ele não era do tipo que prometia coisas que não podia cumprir, mas também não estava disposto a deixar o medo vencer. –Então, enquanto isso não acontece, vamos lutar. Foi por isso que decidimos continuar juntos– Sua voz saiu mais suave do que ele pretendia, mas havia uma convicção ali que Jisung não podia ignorar.

–Juntos...– Jisung repetiu baixinho, mais para si mesmo do que para Minho, como se estivesse testando o peso da palavra. Ele deu um sorriso triste. –Parece que só temos um ao outro, né?–

Minho assentiu lentamente, sem tirar os olhos de Jisung. –Precisa de mais alguém? – Minho diz

Por um segundo, o silêncio se instalou novamente entre eles, mas dessa vez havia algo diferente. Uma tensão sutil, algo não dito, pairava no ar. Minho desviou o olhar, sentindo o coração acelerar um pouco mais do que o normal. Ele sempre soube que o garoto de bochechas de esquilo tinha chamado atenção, mas nos últimos dias, essa atenção parecia estar crescendo de uma forma que ele não sabia lidar.

Antes que pudesse pensar mais sobre isso, o som de algo arranhando a porta os fez voltar à realidade. Jisung rapidamente levantou-se, seus olhos alarmados encontrando os de Minho.

–Eles nos encontraram– Jisung sussurrou.

Minho agarrou o bastão com mais força, sentindo o peso da situação, mas também algo mais – uma determinação feroz para proteger Jisung a qualquer custo –Fique atrás de mim.– Olhou para Jisung

Jisung abriu a boca para protestar, mas ao ver a expressão séria de Minho, apenas assentiu. Ele sabia que Minho faria qualquer coisa para mantê-los seguros, ou talvez ele jogasse Jisung para os monstros,e metesse o pé. E, de repente, apesar do caos lá fora, Jisung sentiu uma estranha sensação de segurança ao lado dele, e ao mesmo tempo medo.

Minho se posicionou à frente de Jisung, o bastão reluzindo à luz fraca que entrava pela janela quebrada. O arranhar do metal na porta aumentava, e cada som fazia o coração de Jisung disparar. Ele se esforçava para manter a calma, mas a adrenalina estava em alta.