MEU PECADO

CAPÍTULO 2 🍓 highness, confession, kiss

Boa leitura :)

Ele se aproximou devagar, tentando a todo custo manter uma expressão neutra, mas o sorriso que insistia em surgir em seus lábios o entregava. Sentia o coração batendo descontrolado no peito, pulsando tão forte que tinha a impressão de que todos podiam ouvi-lo. Cada passo o aproximava mais de Taehyung, e o mundo parecia encolher até restar apenas o espaço entre eles.

Parou ao lado de Hoseok, que não perdeu tempo em avaliar o irmão da cabeça aos pés, sua sobrancelha erguida em uma expressão de desdém, o sorriso de canto nos lábios transmitindo desprezo e provocação. A presença de Jungkook o incomodou claramente, uma vez que ele queria a atenção de Taehyung só para si.

— Finalmente decidiu nos honrar com sua presença, Jungkook — murmurou, o tom carregado de uma ironia leve. Estendeu a mão, mas apenas para tocar o ombro do irmão, um toque rápido e quase indiferente. — Este é meu irmão mais novo — continuou, com uma nota de falsa gentileza, antes de se virar para Taehyung. — Jungkook, este é Taehyung, o ômega mais lindo que eu já vi. E este ao lado, é Min Yoongi.

Ao ouvir o nome do ômega, Jungkook sentiu o calor subir até seu rosto, as bochechas corando com a intensidade do momento. Tentou encontrar palavras, mas sua mente parecia girar em círculos, perdida em um redemoinho de nervosismo e fascínio.

— P-prazer em te reencontrar de novo — ele conseguiu dizer, embora a voz tenha saído entrecortada. Inclinou-se ligeiramente, tomando a mão do ômega com cuidado, como se ela pudesse se desfazer em seu toque, e a levou aos lábios, depositando um beijo suave. Após isso, olhou para Yoongi, lhe oferecendo um sorriso educado que foi retribuído.

— Ah, então você que é o Jungkook. O filho mais novo de Yeji — murmurou, a voz doce e serena, como uma melodia sussurrada pelo vento.

Por um breve momento que pareceu eterno, Jungkook ficou ali, encantado, como se o mundo ao redor tivesse se dissipado ao som suave da voz de Taehyung. O ritmo do seu coração se misturava ao fluxo lento do tempo, e ele quase esqueceu de respirar. Mas antes que pudesse formular uma resposta, antes que as palavras pudessem sair de seus lábios, seu irmão deslizou na sua frente, bloqueando sua visão com uma elegância casual, o corpo quase se colando ao de Taehyung.

O sorriso de Hoseok era mais amplo agora, uma curva travessa que iluminava seus olhos.

— Vocês já se conhecem? — Ele lançou a pergunta no ar, mas não esperou por uma resposta. — Não importa — acrescentou com um riso despreocupado. — Taehyung — ele murmurou, a voz um tom abaixo, carregada de uma intimidade forçada. — Que tal uma dança? Uma festa como esta merece uma boa dança, não acha?

Os olhos castanhos de Taehyung se fixaram nos verdes de Hoseok, e ele sentiu um incômodo crescente se instalar em seu peito. O sorriso que antes iluminava seu rosto começou a se desfazer, e seus dedos apertaram o braço de Yoongi com mais força, como se buscasse um alicerce.

Hoseok parecia determinado a invadir seu espaço, como se cada centímetro entre eles fosse uma distância que ele precisava desesperadamente eliminar. Desde que chegara a Serenitown, o alfa platinado não parecia entender o conceito de limites, sempre encontrando uma maneira de se aproximar demais, de se colocar perto demais.

— Vamos, Tae — repetiu, a voz ganhando um tom que beirava a súplica, mas com um sorriso que disfarçava o desespero por trás de suas palavras. — A noite é nossa — Sem pedir permissão, deslizou a mão pelo braço do ômega, os dedos subindo e descendo por cima do tecido do vestido com uma leveza proposital, quase possessiva. Antes que Taehyung pudesse recuar, Hoseok segurou sua mão, apertando-a com firmeza, como se já tivesse decidido que aquela noite pertencia a ele, e apenas a ele.