Harry tem 18 anos e se prepara para começar a faculdade em setembro. É verão e ele está com seu pai, que recentemente começou a namorar novamente e conheceu alguém especial que deseja apresentar a Harry.
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Harry tinha provavelmente sete ou oito anos quando começou a perceber que havia problemas entre seus pais.
Por volta dos nove anos, ele compartilhou conversas sussurradas com sua irmã, Gemma, em sua barraca de jardim, especulando sobre se sua mãe e seu pai se divorciariam ou não.
Harry tinha quase doze anos quando a separação finalmente aconteceu. Ele tinha quatorze anos quando descobriu que seu pai era gay. Aos quinze anos, ele encontrou coragem para se assumir.
Sua mãe ficou arrasada. Mas sua sexualidade o ajudou a se relacionar com seu pai de uma forma que eles não tinham conseguido antes.
Enquanto Harry evitava falar sobre qualquer coisa "gay"perto de sua mãe, ele se sentia confortável em compartilhar esse tipo de conversa com seu pai. Ser confundido com namorados no primeiro evento do Orgulho de Harry foi um pouco estranho, mas muitos dos rapazes mais jovens que Harry conheceu lá acharam maravilhoso que Harry tivesse um pai que também era gay.
Era fácil falar com seu pai sobre paixões por celebridades e contar a ele sobre seu primeiro encontro com um garoto e seu primeiro beijo. Ele nunca se sentiu confortável o suficiente para compartilhar essas coisas com sua mãe.
Então, quando Harry tinha dezoito anos e se preparava para ir para a faculdade em setembro, ele ficou mais do que feliz em passar o verão com seu pai enquanto sua mãe fazia um cruzeiro com seu padrasto e Gemma viajava de mochila pelas costas pela Austrália com amigos.
— A propósito, – o pai de Harry disse a ele pelo telefone antes que Harry se preparasse para ir até lá. — Eu conheci alguém. Ele vai ficar conosco, tudo bem?
— Sim, claro. – respondeu Harry.
— Ótimo. – Des soou aliviado. — Ele é realmente especial. Mal posso esperar para você conhecê-lo.
— Legal – Harry respondeu. — Hum, você está falando de um cara ou você comprou um cachorro de estimação ou algo assim? – ele verificou.
— Estou falando de um cara. – ele confirmou. — Seu velho pai ainda é capaz de puxar, muito obrigado. Aposto que já chupei mais pau do que você.
— Eca, pai, você não precisa ser TÃO gay. – Harry reclamou com uma risada. — Mal posso esperar para conhecer seu novo namorado. Estarei aí em breve.
— Ok, garoto, te amo. – disse Des.
— Também te amo. – respondeu Harry antes de desligar o telefone e arrumar suas últimas coisas.
[...]
Ao chegar na casa do pai, Harry sorriu largamente, ajeitando os óculos escuros sobre os cachos enquanto o cumprimentava com um abraço apertado.
