Meu policial {PJM-JJK}

Capítulo 4

A tarde ensolarada em Busan era perfeita para um café. Jimin se aproximava do local que Jungkook havia indicado na mensagem, tentando não demonstrar o nervosismo que o dominava. Ele não sabia o que esperar daquele encontro, mas sua ansiedade era suavizada pela curiosidade. Havia algo em Jungkook que o fazia sentir-se confortável, mesmo sem saber muito sobre ele.

Ao dobrar a esquina, Jimin viu Jungkook já sentado do lado de fora da pequena cafeteria, com um café em mãos e Jeon Bam deitado calmamente ao lado de sua cadeira. O cachorro levantou a cabeça assim que Jimin se aproximou, abanando o rabo de leve. Jungkook, ao notar o movimento de Bam, levantou o olhar e sorriu assim que seus olhos encontraram os de Jimin.

- Você chegou -, Jungkook disse, se levantando e gesticulando para Jimin se sentar à sua frente. - Espero que tenha sido fácil de achar.

- Foi sim -, Jimin respondeu com um sorriso, sentando-se à mesa. - Esse lugar parece ótimo. Bem tranquilo.

- É, eu venho aqui de vez em quando. Eles têm um ótimo latte. Quer pedir algo? - Jungkook perguntou, e Jimin acenou positivamente.

Enquanto esperavam pelo café de Jimin, uma leve tensão pairava no ar. Não era uma tensão ruim, mas aquela ansiedade natural de um primeiro encontro — o medo de dizer algo errado, de não agradar. Ambos estavam lidando com isso à sua maneira.

- Então, como foi seu dia? - Jungkook perguntou, tentando quebrar o gelo.

Jimin riu suavemente. - Meio caótico, pra ser honesto. Ensaios a manhã toda e algumas aulas teóricas à tarde. Eu amo o que faço, mas às vezes fico exausto.

- Posso imaginar -, disse Jungkook, com um sorriso compreensivo. - Dança deve exigir muito fisicamente. E mentalmente também.

- Sim, bastante -, Jimin concordou. - E você? Como foi o trabalho?

- Ah, foi tranquilo. Hoje só tive que lidar com alguns relatórios, nada muito complicado -, Jungkook respondeu, pegando a xícara de café e tomando um gole antes de continuar. - É engraçado. Meu trabalho pode ser muito intenso às vezes, mas hoje foi calmo, o que é raro.

Jimin assentiu, curioso. - Eu imagino que ser policial deve ser bem desafiador. Deve ter momentos em que você se sente... pressionado.

- Sim, pode ser. Especialmente quando você sabe que as decisões que toma podem afetar a vida de outras pessoas. Mas também é gratificante. Eu gosto de ajudar as pessoas -, Jungkook disse, seu tom mais sério por um momento. Ele olhou para Jimin, percebendo que, apesar de ser um encontro casual, a conversa estava fluindo naturalmente, como se houvesse uma conexão real.

O garçom trouxe o café de Jimin, e a conversa continuou. Eles falaram sobre suas rotinas, seus amigos e suas paixões. Jungkook descobriu que Jimin tinha uma energia leve e contagiante, alguém que conseguia ver o lado bom das coisas, mesmo quando os dias eram difíceis. Já Jimin notou que, por trás da postura séria de Jungkook, havia um homem sensível e protetor, algo que o atraía ainda mais.

~Algumas horas depois...~

O sol começava a descer no horizonte quando Jimin e Jungkook perceberam que estavam ali há mais tempo do que o planejado. Ambos ficaram surpresos com o quanto a conversa fluiu, como se estivessem se conhecendo há muito mais tempo do que realmente era.

- Eu acho que nunca fiquei tanto tempo em um café assim, conversando com alguém -, Jimin admitiu, rindo. - Você deve ter achado minha vida de dançarino um tédio total.

- Na verdade, foi interessante. Eu não conheço muito desse mundo, então foi legal ouvir sobre isso. E sua paixão pelo que faz é inspiradora -, Jungkook disse, seus olhos fixos nos de Jimin.

Jimin sentiu as bochechas esquentarem levemente, mas sorriu. - Você também. Eu posso ver o quanto você leva a sério o que faz. Deve ser difícil, mas parece que você realmente se importa com as pessoas.

Jungkook ficou em silêncio por um momento, observando Jimin atentamente. Ele sentiu uma conexão que não havia sentido com mais ninguém em muito tempo. - Acho que estamos mais parecidos do que imaginamos, Jimin. No final das contas, ambos estamos tentando fazer o que amamos, apesar dos desafios.

O silêncio que se seguiu entre eles foi mais profundo do que qualquer palavra dita. Os dois se encararam, sentindo algo que ia além da simples atração física. Era um entendimento silencioso, como se tivessem encontrado em um no outro um lugar seguro.

~No caminho de volta para casa...~

Jimin e Jungkook caminhavam lado a lado pelas ruas de Busan, com Bam troteando feliz ao lado deles. O céu estava tingido de laranja e rosa, o que criava uma atmosfera ainda mais serena.

- Foi um dia bom -, Jungkook comentou, olhando de soslaio para Jimin.

- Foi mesmo. Eu... não esperava que fosse tão fácil conversar com você -, Jimin admitiu, passando a mão pelos cabelos, um gesto nervoso.

Jungkook sorriu, olhando para o cachorro ao seu lado antes de voltar o olhar para Jimin. - Bom, eu estava um pouco nervoso também. Mas acho que a gente se entendeu bem, né?

- Sim, com certeza -, Jimin concordou, sentindo o coração acelerar com o olhar de Jungkook.

Antes que pudessem dizer algo mais, Jungkook parou em frente ao prédio de Jimin, e Bam se deitou calmamente ao lado do dono, como se soubesse que o momento era importante.

- É aqui que eu moro -, Jimin disse, olhando para o prédio e depois para Jungkook, com uma expressão meio tímida.

- Bom, foi ótimo passar esse tempo com você hoje -, Jungkook respondeu, se inclinando levemente, como se estivesse pensando no que dizer a seguir.

Jimin sorriu, sentindo uma mistura de nervosismo e antecipação. - A gente pode fazer isso de novo... se você quiser.

Jungkook sorriu, aquele sorriso que fazia Jimin sentir um calor gostoso no peito. - Eu adoraria.

Ambos ficaram em silêncio por um breve momento, até que Jungkook se aproximou lentamente. O gesto foi sutil, quase imperceptível, mas o suficiente para que Jimin sentisse o calor do corpo de Jungkook mais próximo do seu. E, em um momento que parecia durar uma eternidade, Jungkook se inclinou, depositando um beijo suave na bochecha de Jimin.

- Até logo, Jimin.

Jimin mal teve tempo de responder antes que Jungkook e Bam se afastassem, deixando-o parado em frente à porta, com o coração acelerado e o rosto corado.