Nos espelhos quebrados,
reflete a mente em brumas,
sombras sussurram.
Ecos que vêm do nada,
passos que não se seguem,
vozes que não calam.Na cidade deserta,
os muros contam histórias
que ninguém viveu.
O tempo é disforme,
um segundo é um século,
o passado, um véu.As cores se fundem,
num caos que abraça o medo,
real e ilusão.
O eu se fragmenta,
perdido em seus labirintos,
sem fim, sem razão.