𝗨𝗡𝗖𝗟𝗘 𝗠𝗢𝗢𝗡𝗬, 𝘩𝘢𝘳𝘳𝘺 𝘱𝘰𝘵𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤𝘵𝘪𝘰𝘯.

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"Pode-se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias se a pessoa se lembrar de acender a luz"

Albus Dumbledore.

Em 31 de outubro de 1981, rua dos Alfeneiros, n°4.

Millie e Remus estavam parados em frente a casa dos Dursleys, os dois rostos ainda tomados por lágrimas úmidas e os corações em pequenos pedacinhos pela dor que haviam passado recentemente. James e Lily terem morrido tão cedo, e daquela maneira, por conta daquele que não deve ser nomeado. Aquilo foi demais para os dois Lupin, que esperavam Hagrid com Harry, porque não era o suficiente os melhores amigos terem morrido, Dumbledore ainda tinha a audácia de dizer que ficariam com Dursleys! Isso não deveria acontecer. Minerva observava os dois irmãos, com uma expressão aflita, sabia que seria uma briga difícil, Remus não tinha forças para discordar de Abuso, mas Millie teria, porque ela com certeza não deixaria o seu afilhado na mão de trouxas abusivos como eram os tios de Harry.

“Isso não é certo, Minnie. Harry com essas…palermas? Não faz o menor sentido. Eu nunca deixaria meu afilhado nesse antro de loucos!” Millie parecia que a qualquer momento iria explodir, ela colocou as mãos sobre o rosto, puxando os cabelos levemente. As imagens horríveis de James e Lily mortos no chão, ainda passando pela sua cabeça.

“Não é algo que você deve decidir, Millie. É uma decisão de Dumbledore, se ele acha que é melhor e que Harry estará mais protegido.” É claro que McGonagall estava concordando com a ex-aluna, mas não poderia ir contra as ordens do seu diretor, elas ouviram um suspiro profundo do bruxo mais velho.

“Desculpe, senhorita Lupin. São as regras, o feitiço só funciona se for com pessoas trouxas, e por mais que vocês sejam mestiços, não é o suficiente. A casa de vocês é óbvia demais.” Dumbledore continuou, o que Minerva dizia. Millie bufou, e Remus observava com uma expressão cansada, sabia que a irmã não deixaria isso quieto, e não era o que ele queria também. “Eu sinto muito, mas não há nada que..”

“Chega, Dumbledore. Com todo o respeito, mas você não vai tirar o meu afilhado de mim. Eu me formei em Hogwarts, e eu sei bem os feitiços, sei como fazê-lo, e como deixar Harry bem.” Millie disse novamente, e se aproximou dele, parando em frente ao velho bruxo, e o olhou com seus olhos verdes cintilando de raiva, tristeza, e decisão.

“Eu sinto muito, diretor. Mas eu também concordo com a minha irmã, somos bruxos fortes, saberemos proteger Harry. O senhor não precisa se preocupar.” Remus começou, calmamente, ele tinha a voz mais tranquila. Dumbledore o encarou por alguns momentos, e Lupin continuou. “Se algo de errado ou ruim acontecer, eu prometo que levo ele até o senhor, e faz o que tiver que fazer.”

Albus suspirou profundamente, ele passou a mão sobre a testa, e olhou para os dois, e então, concordando. Sem opções. Minerva deu um sorriso mais aliviado depois disso, minutos depois, a moto de Hagrid — que antes era de Sirius — desceu até eles, o gigante desceu dela, com o pequeno bebê em seus braços. Millie sentiu uma lágrima cair ao ver a moto de Sirius, ela olhou para o irmão, que tinha a mão na boca, chorando silenciosamente, sabia que era por Black. Remus surtou quando soube da notícia que ele havia sido preso pela suposta cumplicidade com Voldemort, mas Millie não acreditava. Não conseguia nem se quer que Sirius Black, o garoto que conhecia desde os doze anos, que lhe chamava de “abelhinha”, que amava seu irmão com todo coração, que abraça James com tanta força e gruda nele, que fazia tranças nos cabelos de Lily, o garoto que protegia Peter das ofensas ao seu corpo, não poderia ser a pessoa que facilitou a morte de James e Lily.