Nem Sempre

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Eu tô tão atordoada nessa história, vem coisas tão lindas pela frente que eu só posso avisar: COMPREM LENÇOS!

Desejo uma boa leitura, vamos ver que o que o Amaury tem de tapado, ele tem de homem bom!

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"Como é esse baile?" - Di

Era quarta e Diego tinha clínica particular para atender alguns pacientes, nada grave e nem exaustivo, por isso, tinha tempo o bastante para responder algumas mensagens de Amaury

"O jornal que trabalho faz parte de uma rede de emissoras e vai haver um baile no CTG no sábado, gostaria que fosse minha acompanhante " - Amaury

Ah, ele entendeu bem.

Como sempre, Amaury podia até fazer parecer ser algo natural e de vontade própria estar na sua presença, mas no fundo, Diego sabia que era apenas...

"Ah, é trabalho? Bom, eu posso ir, mas se é em CTG deve ser algo com trajes gaúchos e eu não tenho. Além do mais, não quero sofrer preconceito" - Di

Amaury leu e releu várias vezes, refletindo o que a mensagem queria dizer e o quanto aquilo parecia vir de uma Di magoada

Era trabalho porque não queria que ela gastasse o tempo dela consigo, já que ele não valia nada, era um babaca, como ela mesma havia dito. Mas ao mesmo tempo, não era trabalho

E não era, porque ao receber os convites do baile, a primeira pessoa em quem pensou foi ela. Queria ir com ela!

Ela fazia ele se sentir tão relaxado e em paz, ter um pouco de respiro no meio da vida agitada como âncora, que Amaury sabia muito bem que só se divertiria no baile com ela do lado

Ela era seu acalento e tranquilizante, por mais que sua presença causasse uma revolta ansiosa em seu peito a cada beijinho roubado

"Não se preocupe, eu já me encarreguei de comprar um vestido pra você, basta passar no Vida e Tradição, espero ter acertado seu gosto" - Amaury

A loja de cultura tradicionalista do sul, ficava ao lado do hospital geral, onde o preto já estava estacionado, esperando a hora de fazer a matéria sobre a garotinha precisando de tratamento

Aguardava a mensagem que havia enviado para o doutor Martins naquela manhã, avisando que estava a caminho, mas ainda, nada!

O som de alguém batendo no vidro do seu carro fez o jornalista largar o celular

- É minha irmã! - O câmera estava ao seu lado, no carro da emissora - Oi, eu mandei mensagem pro Martins mas ele não respondeu!

Roberta usava um pijama de hospital rosa com bichinhos presos no crachá

- Quarta ele tem clínica fora do hospital, pediu pra mim te acompanhar! - Amaury amava a irmã, sabia que ela era enfermeira há anos ali no hospital, atuando como funcionária pública

Mas não podia negar que algo em seu peito se incomodou por não ter sido recebido pelo oncologista

- Achei que ele ia me receber! - Estava frustrado - Você conhece essa menina?

A morena liberou a entrada dele e do câmera na recepção, pegando o elevador para a ala infantil do câncer

- Eu trabalho na emergência, mas eu conheço alguns casos daqui do hospital e sei bem da história dela! - Diego movia mundos e fundos para aquelas crianças doentes - A Sofia está aqui há três anos, foi abandonada pela mãe e veio direto do orfanato, não tem família e tem um câncer raro com um tratamento em teste que pode salvar a vidinha dela.

Pretty WoMAN - AU Dimaury/KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora