Ah! Como obra de Kahlo!
Tens tantas interpretações
Tu turvas a vista de meus olhos
Com tamanha beleza que esconde
Nas entrelinhas das tintas rachadas
Que te compõem.
Ah! Como obra de Kahlo!
Presa, me jogo na labuta
Triste, turvo a vista de teus olhos
Pois nenhuma beleza escondo
Nas entrelinhas das tintas rachadas
Que me compõem.
Me questiono se tens poderes
De hipnotizar quem te observa
Embora duvido,
Sou amor em suas pinceladas
De uma moldura envelhecida.
Me questiono se tenho poderes
Por tornar minha vida chata
Embora duvido,
Sou amor em minhas pinceladas
De uma moldura envelhecida.
Uma tela, um carinho
Uma paixão, um afeto
Quero lavar-te com tinta esbelta,
Minha cara pintura.
Uma tela, uma solidão
Uma tristeza, uma exatidão
Quero lavar-me dessa tinta antiga
Pois sou tua cara pintura.
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Vozes - Isso era pra ser uma continuação.
Poesía"Vozes" é a continuação direta de "Sussurros". Aqui, os textos são mais poéticos e trabalham a cultura do poema, permitindo a entrada de diversas pautas.
