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13 de outubro 2010

22:56

Vision Richard

Eu praticamente estava doido. Quem era o maluco que saía de Londres para vir para uma cidade que tinha a fama de ser a mais perigosa do mundo?! Não sei realmente, mas talvez eu seja um desses malucos. Já que, infelizmente, eu estava aqui alugando um "apartamento" que provavelmente estava sem ver uma limpeza a anos por conta de toda aquela poeira que me fazia escorrer o nariz.

Eu peguei minhas coisas(que eram apenas duas malas, um colchão de molas mais ferrado e barato que tinha na loja, um travesseiro e um lençol junto do edredom) Mas pelo menos era algo novo. Era isso que eu queria, algo novo, algo só meus. Que estivesse no meu nome mesmo que eu ficasse endividado por conta disso.

Coloquei meu colchão em um canto enquanto pegava meu celular que mal estava carregado por conta da viajem e com certeza iria descarregar em breve, disquei um número que caiu na faixa postal e logo desliguei pegando as bolsas e colocando em cima da cama já arrumada e então peguei a vassoura falha que tinha lá e comecei a varrer o tanto de poeira que eu conseguia tirar de lá.

Depois de varrer, tomei um banho bem tomado e agradeçi aos céus por pelo menos ter um espelho-armario em cima da pia, peguei minha escova e pasta de dente enquanto seguia de volta para o banheiro, quando percebi meu rosto cansado, olheiras leves debaixo dos meus olhos e meus lábios ressecados que sempre ficavam machucados por conta do frio.

Eu rapidamente escovei os dentes e me enrrolei na toalha enquanto me jogava no colchão e me cobria com o edredom e me enrolava tentando me esquentar fechando meus olhos e me encolhendo... Sempre faltando algo mas nunca soube oque era.

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Acordei com uma fresta de luz aparecendo em meus olhos e logo depois me sentindo desanimado, mas orgulhoso por ter "meu" próprio apartamento.

Me levantei me espreguiçando e já pegando minha toalha que estava em baixo de mim já que não tive nem coragem de colocar uma roupa na noite anterior e, me levantando e indo direto pro banheiro tomar um banho, descansar meu rosto com a água fria que saía do chuveiro e me limpar... Ou pelo menos tentar.

Enquanto saia do banheiro, eu vi os currículos deixados em cima da bancada que tinha na divisória da cozinha para a sala. Eu dei um suspiro e coloquei uma roupa casual (uma camiseta cinza, jeans e um all Star que minha mãe tinha me dado em um dos natais que ainda estava na minha cidade natal.) Sai de casa, e fui tentar entregar em alguns locais.

Não estava esperando que muitos aceitassem já que era difícil ter algum tipo de emprego naquela cidade... Talvez seja por isso que ela é perigosa, ninguem conseguia trabalho então tinha que roubar pra viver. Talvez, talvez mesmo.
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Voltei pra casa e vi que já estava de noite, suado e sujo, eu tirei minha camiseta e fui tomar um banho rápido pra tirar toda aquela sujeira que tinha acumulado em meu corpo.

Quando voltei, peguei minha carteira e depois me deitei na cama com uma cueca samba-canção e abri ela, vendo que tinha as minhas economias que acumulei em minha cidade natal.

Peguei uma calça e uma camisa vestindo-a rapidamente fui passear pelas ruas.

Depois de um tempo andando pelas ruas em busca de um bar perto, vi um grande e enorme, era muito bonito também. Sabia que tinha alguns lugares muito chiques naquela cidade mesmo eu morando em um kitnet.

Entrei lá dentro, encontrando uma música alta e um bar com muitas bebidas que não experimentei.

Sentei em um dos bancos que ficava de frente pro bartender.

—Oi, boa noite! Por favor uma cerveja.–falei educadamente, mas sem direito daquela conversa continuar de algum jeito.

—Ok.–falou o bartender que usava uma camisa social branca que ficava apertadinha no peitoral dele e uma calça de alfaiataria. (Não vi os sapatos dele, mas de cima estava muito bonito)

Logo recebi minha cerveja e começei a saborear ela, simples.Mas, boa pra passar o tempo.
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Duas semanas depois.

Já estava me acostumando com a cidade, eu gostava do frio mas de noite tinha muitas sirenes(tanto de policiais quanto de ambulância) Fora isso eu estava gostando, era boa. Seguia o meu plano de sobrevivência, até porque não da pra ser rico sem nascer herdeiro nessa cidade e em nenhuma outra.

Consegui um emprego em um café que era legalzinho, me pagava bem mas era cansativo ficar igual escravo e ter que ficando lavar aquele maldito banheiro, odiava aquele banheiro. Mas não tinha oque fazer.

Era um dia normal como todos os outros, atendo clientes, limpando, querendo morrer e muito mais.

Eu atendia os clientes quando um carro estacionou na frente da loja e saiu da parte da frente, dois caras GIGANTES que foram pra perto da porta traseira e abrindo como se fosse um brinquedo de tão fácil.

De lá saiu um cara... Não conhecia ele mesmo, nem ligava pra quem era. Mas então eu nem olhei pra cara do tal enquanto todos ficavam olhando e sussurrando entre eles, eu revirei um pouco o olho e então vi ele passando na frente de todos da fila e empurrar o que ainda ia ser atendido.

—Um café preto. –Eu fiz uma cara indignada com tamanha vozerão, mas também muito rude. Não gostei nem um pouco.

Eu revirei meu olho um pouco, fazendo ele levantar a sombrancelha pra cima e me fazer uma cara peculiar. Não sabia nem um pouco oque ele estava pensando(e nem ligava)

—uhum.–Eu disse, curto e Grosso.

Eu me virei e comecei a preparar aquele maldito café, eu estava muito estressado por conta que tive que limpar aquele maldito banheiro filha da puta.

Eu acabei rapidamente e então me virei e encontrei os olhos dele meio vagos para algum lugar que duvidava ser isso mesmo.

—Aqui está.–entreguei pra ele o café, e então olhei para o cliente atrás dele.

—Próximo por favor!– Falei digitando para o próximo pedido.

Quando do nada aquele cara que foi super idiota comigo olhou para o cliente atrás dele e depois olhou para o mim com um olhar meio desafiador e com o ego meio quebrado.

—Espere. Ainda não acabei meu pedido, me de um desse... Hmm... Esse cookie.–Falou ele, arrogante.

Eu já estava perdendo a paciência com esse cara, sinceramente!

Peguei o cookie e entreguei pra ele dentro da pequena embalagem.

—Aqui está. Novamente.– Disse, firme de mim mesmo.

Eu entreguei pra ele e então vi ele olhar pra mim meio vago e depois olhar diretamente para as minhas pupilas, como se fosse me comer, sugar minha alma e meu coração ficou meio acelerado. Eu não estava mostrando nenhuma reação mas a verdade é que eu estava me sentindo peculiar...

Estava estranho aquilo.

Quando ele virou as costas e vi como o dorso e sua costa eram grandes e musculosas.

Quem era aquele cara?

🖤💛🖤💛🖤💛🖤💛🖤💛🖤💛🖤

Foi isso gente! Esse o primeiro capítulo é  espero mesmo que tenha outros kkkk e que eu não desista ☝🤓
Eu to muito ansioso pra essa fic mas enfim 😜
Byeee, até o próximo capítulo!!

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⏰ Última atualização: Sep 25 ⏰

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