— Boa dia, mãe, pai… — Asha cumprimentou-os calmamente durante o café da manhã, ainda confusa com as revelações da noite anterior. Claro, seus pais já haviam acordado e estavam ocupados conversando sobre a cerimônia que estava por vir. Ela ficou preocupada, mal despertando o apetite enquanto esperava por uma pausa. — Posso fazer uma pergunta? — a princesa saltou na primeira oportunidade de falar. — Pertence à cerimônia de hoje.
Amaya e Magnífico a avaliaram antes que este acenasse sem entusiasmo com o braço para que a garota prosseguisse.
— Como os desejos são selecionados para a cerimônia? — Asha questionou atentamente, com as mãos cruzadas no colo.
A rainha gemeu, tocando a testa em exasperação.
— Asha. Achei que já tínhamos superado isso. — ela murmurou. É verdade que a jovem costumava importuná-los o tempo todo com perguntas sobre sua magia, os desejos, e seu lar anterior, mas ela aprendeu rapidamente a parar.
— Asha, querida, por que você não espera alguns meses para perguntar? Pode ser um presente no seu aniversário de dezoito anos. — seu pai se comprometeu com uma piscadela conspiratória.
— Obrigada. Mas, se um dia eu quiser governar, então devo tomar a iniciativa mais cedo ou mais tarde, especialmente porque estarei com vocês nas cerimônias agora. — ela argumentou, mantendo a voz firme. O rei e a rainha trocaram um olhar, comunicando-se silenciosamente. — Quero fazer a minha parte. - Asha persistiu, adoçando o acordo.
— Palavras fortes… — observou Magnífico com uma expressão inexpressiva. Lentamente, ele e Amaya assentiram. — Hum, muito bem. Asha, junte-se a nós em nosso escritório. — o rei levantou-se e fez-lhe sinal para que o seguisse.
— Oh, isso foi muito mais fácil do que eu esperava… — Asha soltou um suspiro antes de correr.
A princesa não tinha lembranças do escritório de seus pais, onde os desejos eram guardados. Embora ela pensasse que já havia estado lá uma vez, quando era muito, muito pequena. Assim, Asha ficou maravilhada com a sala ao entrar, girando em círculo enquanto uma suave luz branca os circundava. Muitos artefatos preciosos da história de Rosas estavam em exibição, no canto havia uma única rosa de rubi dentro de uma cúpula de vidro.
— Essa é a rosa que seu pai me deu quando pediu minha mão. — Amaya contou, ao notar o olhar de sua filha sobre a rosa, e Asha sorriu com entusiasmo.
— Asha, olhe para cima. — seu pai encorajou, divertido com sua admiração.
— Huh? — ela foi antes de seguir suas instruções. — Uau…
A princesa ficou muda com o magnífico espetáculo acima deles. Centenas e centenas de desejos, girando na magia verde e azul de seus pais, dançavam no ar. O teto estava quase escuro como o breu, e então eles imitavam o próprio céu noturno, as luzes da aurora de antigamente.
— Amor, acredito que é a sua vez de selecionar o sortudo desta noite… — Amaya provocou o marido, que a dispensou de brincadeira. Asha observou, extasiada, enquanto seu pai brandia uma nuvem crepuscular brilhante para reduzir os desejos ao seu nível.
Magnífico sorriu, colocando as mãos em concha para selecionar um único desejo: — Isso vai servir muito bem.
Enquanto isso, Asha tentava estudar os desejos mais de perto procurando discretamente o de Simon. A jovem princesa acreditava que se examinasse de perto o desejo de Simon, poderia encontrar alguma irregularidade que explicasse por que ele estava agindo de forma tão estranha. Se conseguisse identificar um problema, poderia mostrar a seus pais discretamente, como se fosse uma observação casual. Assim, eles poderiam investigar a situação mais a fundo e encontrar uma solução, sem levantar suspeitas sobre suas intenções. Mas após alguns minutos procurando pelo desejo de Simon, ela falhou em sua busca, mas conseguiu encontrar entre centenas o desejo de Sabino. Segurando-o exatamente como seu pai, ela permitiu que o desejo se manifestasse diante dela.