Vivendo, mas não intensamente

Cansada.

Mais um dia aqui. Levanto, vou ao banheiro, tomo café, faço minhas obrigações, tomo banho para ir à escola, volto da escola, cansada, arrumo algumas coisas, tomo banho, arrumo, cansada, como, estudo, sono, leio, cansada, celular, leio, celular, sono, leio mais um pouco, muito sono, me deito e durmo.

Geralmente, as rotinas sempre são assim. Uma vez ou outra acontece algo de diferente, mas assim não está ruim, só é repetitivo.
Eu realmente queria momentos com aventuras como andar de bicicleta, brincar na chuva, ver a noite em cima do telhado, ir nas casas abandonadas que vejo quando ando de carro. Eu amo imaginar como seria se eu entrasse dentro dessas casas junto com meus amigos. Também queria andar pelas ruas da minha cidade de madrugada com meus amigos, brincar de esconde-esconde com os amigos...
Há várias coisas que quero fazer antes de virar adulta, mas eu tenho que correr porque...

O tempo está passando.

Eu amo quando chega a noite, porque posso deitar na minha cama e relaxar, escutar músicas, ler algum livro, às vezes é difícil ler livro no meu quarto porque eu divido ele com meu irmão mais novo. Assistir alguns vídeos também é bom, e também deitar a cabeça no travesseiro e imaginar histórias até dormir.

Eu tenho uma certa mania de começar a ler algum livro, depois eu começo a ler outro, depois eu começo a ler outro e no final… Não termino nenhum.
Agora eu estou lendo um livro de Carlos Drummond de Andrade, e é muito bom. Sou verdadeiramente apaixonada por literatura, os poemas de Drummond são um pouco difíceis de entender, mas essa é a graça.

Ler algo que você não entende é maravilhoso, você cria mil e um significados que possam ser ou não verdadeiros. E quando você vai ver não são, chega ser engraçado.
Mas, os poemas realmente são difíceis. São profundos demais para serem simples de entender.

Poemas, poemas, poemas...
Minha vida é um poema.
Ela é profunda como os poemas de Carlos Drummond de Andrade e tão intrigante como brincar de esconde-esconde.

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