12° HISTÓRIA DO UNIVERSO - DC TERRA 23
ANO que se passa a HISTÓRIA PRINCIPAL: 2018
Victor "Vic" Sage (O Questão) viaja até Gotham City para resolver algumas pendências de seu passado recente. Mas, em meio a essas pendências, ele encontra camadas que...
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O ambiente na delegacia era pesado. A sala de interrogatório havia sido transformada em um espaço improvisado para abrigar os cinco criminosos transferidos do hospital. Eles estavam feridos, mas vivos. A presença de Gordon, Crispus Allen, Renee Montoya e Harvey Bullock reforçava o clima tenso. Sentado ao fundo, o novato Eriksen Horon observava tudo com uma inquietação mal disfarçada. Ele era jovem, ambicioso e carregava um ar de impaciência que não passava despercebido pelos colegas mais experientes.
Gordon estava à frente, claramente exausto. O massacre nas Docas Dixon e o ataque no Hospital Geral o consumiam. Cada segundo sem respostas apenas aumentava a pressão sobre seus ombros. Ele respirou fundo antes de começar.
— E então, imagino que vocês tenham muito o que falar. — Sua voz ecoou pela sala, seca e direta. — Vocês têm noção do problema em que estão inseridos?
Os cinco criminosos permaneceram em silêncio, suas expressões impenetráveis. Gordon os fitou por alguns segundos, o suficiente para a policial Renee intervir, lendo um papel.
— Diego, Flávio, César, Vitor e Humberto. Vocês escaparam da morte certa naquele hospital. — Ela fez uma pausa, o olhar pesado sobre eles. — Digamos que vocês estavam no lugar certo, porém na hora errada. Deram muita sorte por aquele mascarado aparecer antes de Mandragora e seus carrascos. E então, qual a relação de vocês com ele?
Gordon retomou a palavra, com o tom mais afiado.
— Quem é ele? O mascarado. E o que vocês estavam fazendo no hospital, realmente? — Ele se inclinou sobre a mesa, cruzando os braços enquanto esperava uma resposta.
Diego, o mais velho entre eles, olhou ao redor, hesitando. Então, balançou a cabeça lentamente.
— A gente não sabe de nada. Esse cara... ele apareceu do nada.
— Apareceu do nada? — Bullock interveio com ceticismo. — Mandragora e os capangas dele não são qualquer um. Sabemos que o mascarado interferiu. Vocês devem saber de algo. Ele os ajudou. Óbvio que tem relação.
Vitor, mais nervoso, tentou cortar a conversa.
— Olha, cara, a gente só... só sobreviveu. Não sabemos nada sobre o cara que apareceu.
Eriksen, que até então observava, deu um passo à frente, impaciente.
— Vocês estão mentindo! — exclamou, os punhos cerrados. — Acham que vão sair dessa enrolando a gente? Se continuarem nesse joguinho, as coisas vão piorar pra vocês. Irão mofar na penitenciária.
Gordon ergueu a mão, interrompendo o ímpeto do jovem policial.
— Eriksen, calma. — O olhar de Gordon mostrava claramente o cansaço, mas ele sabia que não conseguiria respostas naquele momento. Antes que pudesse prosseguir, uma batida forte na porta fez a sala silenciar.
