- Nós te amamos, querida.- Elizabeth disse, apertando as bochechas rosadas de Avril.
- Aonde vocês vão?- Avril perguntou, observando os pais se apressarem para sair.
- Vamos visitar a vovó.- Robert respondeu, lançando um olhar para Elizabeth.
- Eu posso ir junto?- A pequena Avril perguntou com um olhar inocente.
- Infelizmente não, minha borboleta. Mas prometo que quando voltarmos, te levo para dar um passeio.- Robert respondeu, usando o apelido carinhoso que Avril adorava.
- Mas eu quero ir... mãe!- Avril insistiu, desviando o olhar para a mãe, que tentava disfarçar a tristeza em seus olhos.
O suor gelado grudava na pele de Avril enquanto ela abria os olhos, o coração disparado em seu peito. A lembrança do pesadelo a sufocava, a imagem de sua mãe e seu pai e a promessa vazia ecoavam em seus ouvidos.
- Mas vocês prometeram...- sussurrou, a voz rouca de pânico. O aperto no peito se intensificava, a cada respiração, a sensação de que o ar se tornava mais rarefeito.
A memória do beijo na testa, da promessa de volta, da garagem e do carro, tudo se misturava com a angústia daquela noite horrível. O medo a consumia, a lembrança daquela promessa quebrada a deixava sem ar.
Ela se sentou na cama, as mãos tremendo, o corpo banhado em suor frio. O pesadelo era tão real, tão vívido, que a linha tênue entre o sonho e a realidade se esvaía.
As lágrimas de Avril escorriam pelo rosto como um rio de sofrimento, enquanto ela agarrava o lençol com força, buscando um refúgio em sua maciez.
A cada soluço, o tecido se enrugava em suas mãos, como se absorvesse a dor que a consumia.
A loira respirou fundo, tentando controlar a tempestade que se agitava dentro dela.
O ar frio que entrava em seus pulmões a forçava a se acalmar, a buscar um porto seguro em meio à fúria que a dominava.
Assim que Avril se acalmou e as lágrimas diminuíram, ela se levantou da cama, sentindo o corpo pesado e dolorido.
Ela caminhou até a janela, observando a cidade adormecida lá embaixo.
A luz fraca da lua iluminava as ruas desertas, criando um cenário melancólico que refletia o estado de seu coração.
Avril fechou os olhos, respirando fundo mais uma vez.
Ela precisava ser forte, precisava superar essa dor. Ela sabia que a vida continuava, que o sol nasceria novamente, mas naquele momento, a escuridão parecia ser a única realidade.
Mas aquele peso, uma sensação constante, a oprimia.
Avril precisava espairecer a mente, urgentemente. Trocou de roupa rapidamente, calçando seu All Star, e com um suspiro de alívio, se aproximou da janela.
Olhou ao redor do quarto, tentando não fazer barulho, e com um pulo ágil, se lançou para o lado de fora. O vento fresco da madrugada a envolveu, e por um instante, ela se sentiu livre.
A garota caminhou até seu lugar predileto, um ponto alto de onde costumava contemplar o céu estrelado.
Avril sorriu, respirando fundo o ar fresco da noite. Sentou-se na grama macia, os olhos fixos no céu estrelado, a mente divagando.
Minutos se passaram em silêncio, apenas o sussurro do vento e o brilho distante das estrelas a acompanhavam.
- Sabia que você estaria aqui. - Uma voz familiar a tirou de seus pensamentos. Avril se virou, encontrando o olhar do seu melhor amigo, Jace, aquele sorriso que ela conhecia tão bem.
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Your Girl - Avril Lavigne and Tom kaulitz
FanfictionAvril Lavigne como Avril Lavigne Tom Kaulitz como tom kaulitz Bill Kaulitz como Bill kaulitz • Nem tudo é o que parece. • TODOS OS CAPÍTULOS ESTÃO SENDO REVISADOS.