shadow of revenge

o novo começo

As velas tremeluziam ao meu redor, lançando sombras dançantes nas paredes do antigo templo. Respirei fundo, sentindo o peso da decisão que havia tomado. A Sombra ainda ecoava em minha mente, suas palavras reverberando como um mantra.

**Clara:** "Aceitar minha sombra... Como posso fazer isso?"

Afastei-me do altar e comecei a caminhar pela sala, observando os símbolos gravados nas pedras. Cada um parecia contar uma história de dor e superação, um lembrete de que até mesmo as almas mais atormentadas encontraram um caminho para a luz.

**Clara:** "Se eu não me enfrentar, como poderei ajudar aqueles que vieram antes de mim?"

A determinação crescia dentro de mim. Sabia que precisava mergulhar em minhas memórias mais sombrias — as perdas, as traições, os medos que me mantiveram paralisada por tanto tempo. Era hora de transformar a dor em força.

**Clara:** "Eu não sou apenas uma vítima. Sou forte e posso lutar."

Dirigi-me novamente ao altar, onde os instrumentos do ritual estavam dispostos com cuidado. As velas eram mais do que simples fontes de luz; eram faróis de esperança. Acendi uma delas com um gesto decidido, sentindo a energia pulsar ao meu redor.

**Clara:** "Estou pronta para enfrentar o que vem pela frente."

Fechei os olhos e comecei a recitar as palavras antigas que havia aprendido em meus estudos. Cada sílaba vibrava no ar, despertando ecos do passado. Com cada respiração profunda, sentia-me mais conectada ao templo e àqueles que ali estiveram antes de mim.

**Sombra:** (aparecendo novamente) "Você está começando a entender. A aceitação é o primeiro passo para a verdadeira transformação."

**Clara:** "E depois? Como posso libertar as almas injustiçadas?"

**Sombra:** "Primeiro, você deve libertar a si mesma das correntes do medo. Enfrente seus traumas e permita-se sentir. Somente assim poderá invocar os espíritos sem ser consumida por eles."

A Sombra começou a girar ao meu redor, quase como uma dança etérea. Senti um frio na espinha, mas também uma centelha de coragem brotar dentro de mim.

**Clara:** "Então é isso que farei! Não vou deixar meu passado me definir!"

Com essa nova resolução ardendo em meu coração, preparei-me para iniciar o ritual de aceitação — um passo essencial para liberar não apenas minha própria alma, mas também as almas esquecidas da vila.