Capítulo ⅠⅠ - Hotel Rubi

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        - Finalmente. - O Haitani diz, entrando no carro. Eu entro também e ele dá a partida. - Eu tenho algo pra falar. - Diz, receoso.

        - Então fale. - Respondo, simplista.

        - Kakucho me ligou e disse que não tá no apartamento dele. Não vai dar pra te receber.

       Olho para ele, que me olha de volta. Normalmente Rindou é sério e profissional, mas parece que ele tem medo da minha reação. Então eu desvio o olhar e volto a olhar para a janela. São 8:00 e o céu ainda está nublado.

       - Vamos pra sua casa. Se o Kakucho não aparecer até 12:00, eu vou pra um hotel.

      Rindou fica em silêncio por alguns instantes e diz:

       - Conheço vários hotéis bons e luxuosos. O que tem em mente?

       - Hotel Rubi. - Percebo que ele me olha durantes alguns segundos pela minha visão periférica, mas logo volta seu foco a rua já movimentada. Fica em silêncio novamente, durante 10 segundos.

      - Fica na rua de um mercado, não?

      - Sim. Algum problema? - O olho.

      - Mikey. Quase toda semana ele e o Draken vão especificamente naquele comércio. Eles são próximos de uma garota que trabalha lá e de outras que trabalham na cafeteria em frente.

      - Quem são elas? - Fico curioso.

      - Isso eu já não sei. O Ran é que sabe. Ele tem mais "intimidade" com elas.

      - Seu irmão mais novo que usa tranças tem mais diversão que você. Ou vai me dizer que preferem as trancinhas do que o brinquedo do irmão dele?

         Rindou acha graça.

      - Eu sou muito bem recebido. Mas não é qualquer uma que se diverte comigo.

      - Sei. - Digo, irônico.


                  • Quebra de tempo


                  P o v - S/n Vallencia


         É minha segunda semana de volta em Tokyo, levei 1 semana pra me adaptar e arranjar um lugar pra morar. Consegui emprego graças a uma amiga querida, em um comércio em Shibuya. Estou atrasada pro 1° dia de trabalho, que maravilha. Correndo desesperada, sem querer esbarro em alguém e derrubo uma latinha.


        Hoje definitivamente não é meu dia.


         Desacelero o ritmo pra olhar pra trás enquanto corro. Vejo um rapaz moreno, calça preta moletom e camisa branca. Cabelo curto e platinado, brincos estilosos e olhos roxos opacos me observando, nossos olhares se cruzam.


        Se eu não estivesse atrasada, ficaria feliz em me perder nesses olhos.

        Dou-lhe um sorriso amarelo. Tento gritar "Me desculpa!", mas não sai nada. Mesmo que eu quisesse voltar, não tinha como. Sem escolha, volto a correr e finalmente chego no trabalho. A loira está na calçada, me esperando.

        - Oii!! - Paro para respirar um ar, ofegante.

        - S/n! Oiii! - Alice fica aliviada ao me ver e me abraça, enquanto outras pessoas iriam me repreender. - Vamos entrar, vamos!

𝙎 𝙏 𝘼 𝙇 𝙆 𝙀 𝙍  -  Izana Kurokawa X ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora