Cap 38

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J A P I N H A

Eu amo a minha vida, pelo amor de Deus.

Aqui, no ar condicionado, estado na cama com a minha mulher sentada no meu colo, que delícia.

A gente tá abraçado, eu assistindo e ela jogando os jogos estranhos dela no meu celular.

Lala— Escolhe a cor.— Me mostra o celular.

Japinha— Cor de que?— Ainda não entendi.

Lala— Só escolhe.— Murmura e eu rio.

Japinha— Roxo.— É a cor favorita dela.

A mesma se ajeita de novo, voltado a deitar no meu ombro.

Essa semana ela tá bem calada, se bem que ela não é de falar muito, deve ser muita coisa pra ela processar, não sei.

As crianças foram dormir fazem dez minutos, e agora a Flora já dorme a noite inteira.

Japinha— Amor, imagina a Florinha com um tutu de bailarina, vai ficar muito pitchuquinha do papai, e o Biel com uma faixa de jiu-jítsu, todo pichuquinho, aí porra, chega fico feliz.— Ela ri levantando o rosto pra me olhar.— Os gêmeos gostas de fut?

Olho naqueles olhos verdes mais lindos que eu já vi, cara, eu amo ela demais, eu amo tudo nela, só não posso falar que amo as imperfeições, porque ela não tem.

Lala— Acho que você nasceu pra ser pai.— Murmura e eu sorrio grande.— E sim, eles ficariam muito fofos. Na verdade acho que ela iria fazer jiu-jítsu. E eu não sei se os gêmeos gostas de jogar, vou perguntar depois.

Japinha— Verdade... Ela tem que aprender a bater no primeiro muleke sem pai que aparecer na frente dela, minha filha não é bagunça não pô.— Tá achando que ela não tem pai, tem viu, e BEM presente.

Lala— Eu vou acobertar quando ela quiser sair com algum namoradinho, na verdade, ele vai vir buscar ela em casa, e você vai ficar quietinho, só olhando, sabe porquê?— Eu nego.— Porque eu mando, e você obedece.

Rio e deixo um beijo no canto da boca dela.

Japinha— Te amo.— Dou outro beijo nela.

Lala— Ah, falando nisso.— Ela se levanta da cama e pega o celular, depois senta no meu colo de novo, e eu apoio a cabeça no ombro dela.— Você tá ficando com outra?— Me afasto rápido.

Tá zoando.

Japinha— Mas é claro que não! E eu tô vadio? Porque tu acha isso?— Meu Deus, devem ter falado alguma coisa pra ela, ah eu vou meter bala, vou sim.

Ele me estende o celular dela, franzo o cenho com oque eu vejo.

Na foto sou eu de costas, com uma mulher me abraçando, se você olhar eu não tô abraçando ela, mas se eu não soubesse, também acharia que eu tava botando gaia nela. Que horror.

Japinha— Essa foto tem explicação.— Ela arqueia a sobrancelha.— Isso foi na hora da invasão, tinha um cara puxando a mulher pelos cabelos, aí eu tirei ela de lá, se eu tiver mentido podem comer o meu cu, mas eu não te trai, e não vou te trair beleza?— Olho pra ela que ainda tá me encarando.

Laís— Tudo bem, eu acredito em você, mas você sabe, se isso for verdade, eu te esgano, corto seu pau em picadinhos e te deixo morrer de hemorragia, ainda tiro os seus olhos por olhar pra outra, e arranco as suas mãos por tocar em outra.— Sorrio pra ela.— Você sabe que eu não tô brincando.

Peace - Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora