Desde pequena, minha avó contava histórias de pessoas curiosas que no final, nunca acabava bem.Sempre evitei ser esse tipo de pessoa, mas eu não podia evitar quando se gostava de suspense e filmes de terror. De acordo com minha mãe, puxei isso de meu pai, que infelizmente não está mais aqui.
Lembro-me exatamente de ser levada a diversos psicólogos quando o mesmo faleceu, de acordo com minha mãe e avó, como eu estava presente quando o mesmo morreu, eu deveria ter algum tipo de trauma. Mas não tenho, não quando eu não me lembro.
Nunca contei isso a elas, pode ser que eu fosse tratada diferente, mas não posso negar que gosto da atenção que elas me dão, então apenas aproveito.
Nesse exato momento, minhas mãos tremem levemente, enquanto ando pelo enorme corredor do Circo.
Quando eu tinha dez anos, fui assistir ao meu primeiro show em um circo, minha vózinha quem me levou, minha mãe sempre fora bastante ocupada para me levar para um passeio, mas não a julgo, se não fosse pela mesma eu não teria tudo que tenho hoje.
Lembro que fiquei impressionada com as diversas apresentações, a que mais havia gostado era de um menino não muito mais velho que a mim, tinha seus quatorze anos. Ainda era uma criança, mas fiquei um pouco boba pela sua beleza.
O mesmo era bastante experiente em fazer mágicas com cartas. Desde então, assim que voltamos, comecei a pesquisar mais sobre o assunto e foi nesse instante que minha curiosidade cresceu.
Sempre que havia um circo em minha cidade, pedia para minha avó me levar, afim de tentar rever o menino bonitinho. Mas isso nunca aconteceu.
Agora com dezessete anos, a oportunidade perfeita veio, quando o Circus Maximus veio para cá, comprei o ingresso, e vim.
Vi o mágico por qual era obcecada e ele estava mais bonito que me recordo, com seu cabelo mediano e algumas madeixas onduladas, podia-se dizer que ele era o sinônimo de perfeição.
O mesmo parecia mais habilidoso com seu dom com as cartas, o que me fascinou, pela chamada de seu nome, August, fiquei levemente curiosa, porque esse não era seu nome, então decidi procurar pelo mesmo.
Parada em frente a porta com seu nome verdadeiro e escrito não entre, bati levemente na porta, mas não houve respostas.
Com cuidado, abri a mesma e coloquei metade de minha cabeça para dentro, e não havia ninguém, então logo eu já estava fechando a porta comigo dentro do cômodo.
Olho ao redor e vejo que é um cômodo simples, eu realmente esperava por mais. Tinha um enorme quadro de um baralho pendurado e isso me intrigou.
Comecei a andar pelo cômodo indo diretamente para a pequena cômoda perto da parede e tentei puxar a gaveta, mas estava trancada e solto um suspiro irritado.
Me agacho e começo a procurar, talvez estivesse debaixo do tapete que havia em frente e eu realmente estava. Dei sorte.
Abro a gaveta que e me decepciono levemente, quando vejo que só havia um livro mesmo, que estava mais para um "diário", pego-o pensando em abrir, mas não tenho tempo, quando escuto sua voz.
— O que pensa que está fazendo? Sabia que a curiosidade matou o gato, Elisa?
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Circus
Fanfiction[Em andamento] Elisa sempre fora uma menina curiosa. Após o anúncio de que o Circo Maximus estaria em sua cidade, a mesma não exitou em comprar um ingresso. Esse Circo sempre lhe interessou, apenas pelo simples fato de que Yoongi - um mágico conheci...