Prólogo

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Quando eu era mais jovem, meu avô costumava me contar histórias

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Quando eu era mais jovem, meu avô costumava me contar histórias. Histórias sobre criaturas que matavam por diversão e, no final, bebiam seus sangues.

Hoje, conhecemos essas criaturas como vampiros, mas na época em que ele cresceu, eles eram chamados de Filhos da Noite, um nome sussurrado com medo e respeito nas aldeias. Ninguém sabia ao certo se eles realmente existiam ou se eram apenas personagens de contos antigos, criados para assustar crianças antes de dormir. Mas para o meu avô, aquelas histórias nunca foram apenas ficção. Ele jurava que conhecia alguém que havia encontrado um Filho da Noite e sobrevivido — embora jamais tenha contado quem era essa pessoa ou o que realmente aconteceu naquela noite. Só dizia que, se um dia eu me deparasse com um deles, saberia, no fundo do meu ser, que não estava diante de algo humano.

Eu costumava rir dessas histórias. Na minha mente jovem, era apenas isso: histórias. Parte de um mundo distante, que não tinha lugar na vida cotidiana de uma adolescente normal. Na escola, ninguém acreditava em monstros. O mais próximo que chegávamos de criaturas sobrenaturais era o suspense dos filmes que assistíamos nas noites de sexta-feira. Era fácil ignorar o que não faz parte da nossa realidade... até que, de repente, o impossível se torna inevitável.

O tempo passou, e eu cresci. E, com o passar dos anos, aquelas histórias começaram a se apagar, perdendo-se na rotina comum da vida. As memórias se transformaram em ecos distantes de uma infância despreocupada, até que um dia, anos mais tarde, eu finalmente o conheci.

Não foi em um beco escuro, nem em uma noite tempestuosa, como nas lendas. Foi em plena luz do dia, em um lugar comum, banal. O tipo de lugar onde jamais se esperaria encontrar algo extraordinário. Ele não tinha a aparência grotesca ou ameaçadora que os contos de meu pai descreviam. Pelo contrário, ele era... fascinante. Misterioso. Atraente de uma maneira que era impossível ignorar. No momento em que nossos olhos se encontraram, soube que havia algo errado, algo fora do comum. E, ao mesmo tempo, senti uma força inexplicável me puxar para ele, como se algo além da lógica e da razão estivesse em ação.

Por dias, fiquei obcecada. Eu o via nos meus sonhos, na minha mente a todo instante. Quando finalmente nos encontramos de novo, eu sabia que não poderia mais ignorar o que estava acontecendo.

Foi aí que tudo o que eu pensava saber sobre o mundo começou a desmoronar.

As histórias de meu avô não eram apenas fábulas de terror para assustar crianças antes de dormir. Elas eram um aviso. E eu não havia escutado.



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