CAPÍTULO 03: Sombras na Noite

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ARABELLA LEEA noite fria apertava meus pulmões enquanto eu caminhava rapidamente em direção ao hospital

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ARABELLA LEE



A noite fria apertava meus pulmões enquanto eu caminhava rapidamente em direção ao hospital. Depois de quase doze horas de plantão, o cansaço pesava nos meus ombros, mas o chamado de emergência havia acionado algo em mim que me mantinha alerta, talvez a adrenalina, talvez apenas o hábito. Quando você passa tanto tempo salvando vidas, aprende a ignorar o cansaço.

As ruas estavam vazias àquela hora. O ar frio soprava contra o meu rosto, e, por um momento, eu me permiti respirar fundo, sentindo o cheiro da noite misturado ao asfalto molhado. Era raro sair para o hospital a essa hora, mas sempre que acontecia, a cidade à noite me trazia uma estranha sensação de calmaria. A cidade estava dormindo, mas eu... não. Eu sempre estava à espera, pronta para entrar em ação quando fosse necessário.

Ao entrar pela porta de emergência, fui imediatamente recebida por Claire, sua expressão séria já me dizia tudo que eu precisava saber. O paciente não tinha muito tempo.

— Está estável, mas muito instável ao mesmo tempo. O acidente causou uma hemorragia interna que pressionou o coração. Precisamos agir rápido — explicou ela, já se dirigindo comigo para a sala de cirurgia.

Enquanto caminhávamos pelo corredor, algo não me parecia certo. Não era apenas o fato de ser mais uma noite emergencial. Havia uma sensação estranha no ar, como se uma presença invisível estivesse observando de perto. Era irracional, mas não consegui me livrar disso. Talvez fosse o cansaço, talvez algo mais.

Quando finalmente entrei na sala de cirurgia, aquela familiar corrente elétrica de foco tomou conta de mim. O paciente estava na mesa, entubado, com sua vida nas mãos da equipe. O ambiente estéril, o cheiro de antisséptico, o som rítmico dos monitores — tudo isso era quase reconfortante. Por mais estranho que pareça, eu me sentia mais em controle aqui do que em qualquer outro lugar.

Iniciei a operação. As mãos moviam-se rapidamente, abrindo o peito com cuidado e precisão, enquanto Claire e os demais assistiam em silêncio focado. Cada corte, cada movimento, tinha um propósito. Era o tipo de controle que sempre busquei em minha vida — o controle que perdi quando meu pai morreu naquela mesa de cirurgia.

O coração do paciente estava visível agora, pulsando de forma irregular, mas determinado a continuar. É sempre assim — o coração quer viver, mesmo quando o corpo desiste. Um coração fraco, mas não sem esperança.

— Abra mais um pouco aqui — pedi, a voz calma, ainda que minha mente estivesse a mil por hora. Claire imediatamente ajustou a posição, permitindo que eu acessasse o ponto onde o sangue se acumulava.

Foi então que senti novamente. Aquela sensação estranha de ser observada, de algo ou alguém estar perto demais. Minhas mãos hesitaram por um momento, uma hesitação perigosa em meio a uma cirurgia, mas logo me recompus. O que estava acontecendo comigo?

 O que estava acontecendo comigo?

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⏰ Última atualização: Oct 02 ⏰

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