No capítulo anterior:
- Quais serão motivo dela não doar – escutei algum deles pergunta
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- Vão me dizer que vocês não ouviram o boato – falou Yang
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- Vai dizer que não repararam que ela tem um certo volume entre as pernas – explicou
- Não – responderam os internos
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- As enfermeiras acham que ela pode ter um brinquedinho entre as pernas
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POV ALEXANDRA
- Com todo respeito Drª Bailey – começo a falar após fechar a porta da sala, porem sou interrompida
- Senta – ordenou ela
Faço o que ela mandou, não por medo é claro, mas sim por respeito.
- Quero entender os seus motivos – falou – você como medica sabe que a falta de sangue e de outros suprimentos essências afetam os hospitais de todo o mundo
- Sei sim
- Quero entender o motivo pelo qual você negou o meu pedido. Não irei julgá-la, mas se por causa se tratar de algum vicio que coloque a sua vida ou de algum paciente em risco... – começou, mas logo a interrompi
- Não sou vicia em drogas ou medicamentos – explicou – e também não tenho medo de agulhas, é outra coisa – falo estralando meus dedos
- Pode confiar em mim. O que você me contar nessa sala, não vai sair daqui – falou segurando minhas mãos
- Sou diferente da outras mulheres que a senhora conhece...
- Você se relaciona com outras mulheres? Isso já sei
- Não é sobre isso... minha mãe teve algumas complicações durante a gestação, e eu acabei nascendo intersexual – expliquei rapidamente, deixando parte da história oculta.
Antes que Miranda falasse algo, a porta da sua sala foi rapidamente aberta e uma italiana desesperada entrou por ela.
- Está tudo bem? – perguntou ela sentando ao meu lado
- Sim, só explicando algumas coisas para a Drª Bailey
- O que é isso? Meu consultório virou a casa da mãe Joana? – perguntou franzindo as sobrancelhas
- Não – respondemos juntas
Ficou um silencio na sala. Miranda ficava intercalado seu olhar entre nós duas.
- Isso explica algumas coisas – falou a baixinha
Após essa fala ela fez as perguntas padrões da reconsulta. Evitou mais perguntas relacionadas a minha intersexualidade, a agradeci mentalmente por isso. Mesmo com os anos de consultas psicológicas e me aceitando, as vezes fico com medo da reação das pessoas ao saberem.
- Se você seguir à risca as minhas recomendações, logo estará fazendo cirurgias. Continua com a imobilização no pulso por mais duas semanas e evite fazer esforço desnecessário por causa das costelas – falou levantando da cadeira
- Ok
- Ela vai seguir tudo à risca Drª Bailey, não se preocupa – falou Carina
- Nós médicos podemos ser os piores pacientes do mundo em alguns quesitos – deixou a frase no ar – Bom era isso está liberada – falou levantando
- Obrigada – respondi
- Seu segredo estará seguro comigo – falou
Apenas lhe dou um sorriso como respostas, ela não precisava ter dito isso. Com o pouco que convivi com ela sei que é uma pessoa integra e se depender dela ninguém saberá do meu segredo.
Espero as duas saírem primeiro e saio em seguida fechando a porta. Viro para perguntar se Carina já vai para casa, mas ao virar me deparo com os internos e as Staf's que estavam ali me olhando curiosamente.
- Por que estão todos olhando para o meio das minhas pernas? – pergunto com a testa franzida
Antes que algum deles pudesse abrir a boca para falar algo, Drª Bailey os mandou fazerem seus afazeres.
- O que estão fazendo aqui? Sumam da minha frente!
Em segundos só ficaram as Staf's no balcão da enfermagem. Elas perguntaram como eu estava e respondi que precisando de uma morfina, o que rendeu um tapa da Drª Bailey e tirou risadas das outras medicas.
- Estou de olho em você – falou apontando para mim antes de ir atrás dos internos.
O plantão de Carina já tinha terminado então fui com ela para o apartamento, o qual estou temporariamente dividindo com ela. Ao chegarmos ela foi tomar banho alegando que precisava mais que eu. Dei de ombros com a sua fala e fui fazer algo para comermos
- Quando tempo você acha que precisa ficar totalmente sem fazer esforço? – perguntou se jogando ao meu lado no sofá
- Depende do que considerar esforço – respondi a olhando
Ela se aproximou ainda mais me olhou de cima a baixo mordendo o lábio inferior
- Carina – falei baixo fechando os olhos ao senti- lá sentar no meu colo
- Sei que conversamos sobre evitar fazer isso – falou abraçando meu pescoço – Olha para mim – pediu
A olhei atendendo seu pedido o que gerou um sorriso malicioso da mesma.
- Gosto quando você me obedece – falou apertando levemente meu pescoço
- Nosso acordo de antes continua o mesmo? – pergunto apertando sua coxa
- Sim, mesmos tópicos e consentimentos – respondeu beijando meu pescoço
Sinto meu corpo corresponder a sua ação, o que não passou despercebido pela mesma que rebolou levemente em meu colo.
- Olha só quem está querendo dar o ar da graça – sussurrou no meu ouvido mordendo o lóbulo em seguida
- Vai ter que ficar por cima dessa vez – falo e lhe dou um selinho
- Com prazer – fala antes de puxar para um beijo desesperado...
(...)
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Nova chance para o amor - Addison Montgomery
RomanceE se Addison não fosse para Seattle com o objetivo de recuperar seu casamento com Derek, mas sim continuar sua vida. Ela só não esperava que em meio ao caos fosse encontrar uma italiana que viraria sua vida de cabeça para baixo.