Capitulo 8

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No capítulo anterior:

- Quais serão motivo dela não doar – escutei algum deles pergunta

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- Vão me dizer que vocês não ouviram o boato – falou Yang

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- Vai dizer que não repararam que ela tem um certo volume entre as pernas – explicou

- Não – responderam os internos

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- As enfermeiras acham que ela pode ter um brinquedinho entre as pernas

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POV ALEXANDRA

- Com todo respeito Drª Bailey – começo a falar após fechar a porta da sala, porem sou interrompida

- Senta – ordenou ela

    Faço o que ela mandou, não por medo é claro, mas sim por respeito.

- Quero entender os seus motivos – falou – você como medica sabe que a falta de sangue e de outros suprimentos essências afetam os hospitais de todo o mundo

- Sei sim

- Quero entender o motivo pelo qual você negou o meu pedido. Não irei julgá-la, mas se por causa se tratar de algum vicio que coloque a sua vida ou de algum paciente em risco... – começou, mas logo a interrompi

- Não sou vicia em drogas ou medicamentos – explicou – e também não tenho medo de agulhas, é outra coisa – falo estralando meus dedos

- Pode confiar em mim. O que você me contar nessa sala, não vai sair daqui – falou segurando minhas mãos

- Sou diferente da outras mulheres que a senhora conhece...

- Você se relaciona com outras mulheres? Isso já sei

- Não é sobre isso... minha mãe teve algumas complicações durante a gestação, e eu acabei nascendo intersexual – expliquei rapidamente, deixando parte da história oculta.

    Antes que Miranda falasse algo, a porta da sua sala foi rapidamente aberta e uma italiana desesperada entrou por ela.

- Está tudo bem? – perguntou ela sentando ao meu lado

- Sim, só explicando algumas coisas para a Drª Bailey

- O que é isso? Meu consultório virou a casa da mãe Joana? – perguntou franzindo as sobrancelhas

- Não – respondemos juntas

    Ficou um silencio na sala. Miranda ficava intercalado seu olhar entre nós duas.

- Isso explica algumas coisas – falou a baixinha

     Após essa fala ela fez as perguntas padrões da reconsulta. Evitou mais perguntas relacionadas a minha intersexualidade, a agradeci mentalmente por isso. Mesmo com os anos de consultas psicológicas e me aceitando, as vezes fico com medo da reação das pessoas ao saberem.

- Se você seguir à risca as minhas recomendações, logo estará fazendo cirurgias. Continua com a imobilização no pulso por mais duas semanas e evite fazer esforço desnecessário por causa das costelas – falou levantando da cadeira

- Ok

- Ela vai seguir tudo à risca Drª Bailey, não se preocupa – falou Carina

- Nós médicos podemos ser os piores pacientes do mundo em alguns quesitos – deixou a frase no ar – Bom era isso está liberada – falou levantando

- Obrigada – respondi

- Seu segredo estará seguro comigo – falou

     Apenas lhe dou um sorriso como respostas, ela não precisava ter dito isso. Com o pouco que convivi com ela sei que é uma pessoa integra e se depender dela ninguém saberá do meu segredo.

     Espero as duas saírem primeiro e saio em seguida fechando a porta. Viro para perguntar se Carina já vai para casa, mas ao virar me deparo com os internos e as Staf's que estavam ali me olhando curiosamente.

- Por que estão todos olhando para o meio das minhas pernas? – pergunto com a testa franzida

     Antes que algum deles pudesse abrir a boca para falar algo, Drª Bailey os mandou fazerem seus afazeres.

- O que estão fazendo aqui? Sumam da minha frente!

    Em segundos só ficaram as Staf's no balcão da enfermagem. Elas perguntaram como eu estava e respondi que precisando de uma morfina, o que rendeu um tapa da Drª Bailey e tirou risadas das outras medicas.

- Estou de olho em você – falou apontando para mim antes de ir atrás dos internos.

     O plantão de Carina já tinha terminado então fui com ela para o apartamento, o qual estou temporariamente dividindo com ela. Ao chegarmos ela foi tomar banho alegando que precisava mais que eu. Dei de ombros com a sua fala e fui fazer algo para comermos

- Quando tempo você acha que precisa ficar totalmente sem fazer esforço? – perguntou se jogando ao meu lado no sofá

- Depende do que considerar esforço – respondi a olhando

     Ela se aproximou ainda mais me olhou de cima a baixo mordendo  o lábio inferior

- Carina – falei baixo fechando os olhos ao senti- lá sentar no meu colo

- Sei que conversamos sobre evitar fazer isso – falou abraçando meu pescoço – Olha para mim – pediu

    A olhei atendendo seu pedido o que gerou um sorriso malicioso da mesma.

- Gosto quando você me obedece – falou apertando levemente meu pescoço

- Nosso acordo de antes continua o mesmo? – pergunto apertando sua coxa

- Sim, mesmos tópicos e consentimentos – respondeu beijando meu pescoço

     Sinto meu corpo corresponder a sua ação, o que não passou despercebido pela mesma que rebolou levemente em meu colo.

- Olha só quem está querendo dar o ar da graça – sussurrou no meu ouvido mordendo o lóbulo em seguida

- Vai ter que ficar por cima dessa vez – falo e lhe dou um selinho

- Com prazer – fala antes de puxar para um beijo desesperado...

(...)

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⏰ Última atualização: Sep 23 ⏰

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Nova chance para o amor - Addison MontgomeryOnde histórias criam vida. Descubra agora