Mary uma recém chegada na equipe de humanização dos androides 0.L , fica encarregada de mostrar a um androide de belos olhos verdes e lindos cabelos vermelhos como ser um humano. Mas esse é um androide tipo único feito de um material raro e exi...
Não fui poupada do castigo por faltar na limpeza da horta D. Não havia como contar a verdade, já que tudo o que acontecia no prédio AI-Technology era confidencial. Não havia como eu dizer que faltei porque quase causei uma explosão que faria a cidade inteira sumir do mapa. Enfim, engoli meu orgulho e falei que dormi. Como todos já sabem que sou distraída, acreditaram com facilidade.
Não vou limpar a horta D. Me colocaram para limpar a plantação de Thusfir, a planta da qual é gerada a energia dos veículos dos Greuwders. Como os humanos já conseguiram uma aprovação para usar essa energia limpa e sustentável, em alguns anos poderia ser usada em todos os nossos veículos.
O sol está intenso hoje e a plantação fica fora da cidade. Vim com alguns outros alunos rebeldes de outras escolas e alguns professores, os quais não reconheci. A única coisa que eu sabia é que eu era a única aluna da minha escola. Vou entrar na lista negra deles para sempre como lerda e rebelde.
A planta Thusfir apresenta uma altura que varia de 2 a 6 metros, tem um caule longo e acinzentado, além de flores que exibem cores laranja e azul. Suas folhas são largas e possuem uma textura áspera. Durante o processo de fotossíntese, os micro-organismos liberam prótons e elétrons, que são capturados por cátodos e ânodos para a geração de carga elétrica. Nisso as flores da planta emitem uma substância única conhecida como GNds1. Após a conclusão desse processo, a energia gerada se condensa e é armazenada nas folhas, flores e raízes da planta. Cada parte da Thusfir é utilizada, o que seria descartado passa por um separador de moléculas, dando início ao processo de conversão em energia limpa, que então é transferida para grandes tubulações para uma futura distribuição.
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A parte ruim é que nosso planeta abriga insetos e pequenos roedores que vão comer essas plantas. No geral, eles morriam assim que davam a primeira mordida, mas como era uma punição, nós, rebeldes, deveríamos limpar a área ao redor das plantas. Um saco!
A planta também emitia um som baixo e estático, como se por dentro estivesse sempre em movimento. Por precaução, todos deveriam usar uniformes apropriados para chegar perto da plantação, tanto por nossa segurança como para não danificar o solo, que não é tão compatível com esse plantio alienígena.
Eu, como sempre, fiquei sem parceria. Minha fama era grande, e nem os rebeldes queriam ficar perto da tapada. Uma professora colocou meu código e ficaria me rastreando e em comunicação comigo para que eu não me perdesse.
O dia foi longo e cansativo. A sensação era de que havia um sol para cada um de nós, como se meu país não fosse quente o bastante. Todas as plantações tinham um pequeno sol artificial sobrevoando a área de forma regular e constante para manter o bom crescimento da planta.
Mesmo com o uniforme de proteção que deixava a temperatura corporal em níveis agradáveis, o sol escaldante ainda embaçava a visão .
Muito tempo depois, houve a pausa para alimentação. Todo o meu corpo desejava descanso, mas ainda teria que ficar uns dois dias aqui como punição. Corri para os vestiários, louca para retirar esse uniforme horroroso e pegajoso. Abri o armário onde estavam minhas coisas e entrei em um dos banheiros, trancando a porta atrás de mim.