To Protect and Honour

Capítulo 3

Kingsley andou pelos corredores do Ministério dando um aceno para todos que o cumprimentaram, embora ele não estivesse no clima para uma visita social. Hoje seria um longo dia, e ele queria entrar no estado de espírito certo.

Entrando no elevador, ele se recostou na parede dos fundos enquanto outros entravam, cada um falando em tom baixo, e ele escolheu ignorá-los. Quando chegou ao andar inferior, esperou até que o elevador estivesse livre antes de se aventurar a sair.

Seus sapatos faziam um som suave de clique ecoando nas paredes enquanto ele se dirigia para a sala de reuniões que era a última sala à esquerda. Parando por um momento, ele respirou fundo antes de abrir a porta, fechando-a atrás de si com um clique silencioso.

Seus olhos procuraram pela sala e não viram a única pessoa que lhe daria sua expertise. Ele contornou a mesa e colocou suas pastas sobre ela, embaralhando-as por um momento antes de levantar a cabeça e dizer: "Começaremos em um momento, estamos esperando mais um membro desta reunião."

Todos tinham chegado, exceto uma Hermione Granger. Ele a contatou sabendo que sua experiência seria necessária. Já fazia dez anos desde o fim da guerra e o mundo bruxo ainda estava pagando o preço.

Eles perderam tanto a luz quanto a escuridão na batalha. Agora, dez anos depois, o nascimento de abortos era frequente, assim como abortos espontâneos. Eles precisavam fazer alguma coisa, e logo. A magia deles estava morrendo.

Foi aí que Hermione entrou em cena. Ela frequentou Cambridge estudando medicina, genética mais importante. Depois que se formou, ela viajou pelo mundo visitando muitas comunidades mágicas, absorvendo todos os seus dados. Ela chegou até a visitar comunidades mágicas elusivas nas profundezas das selvas da América do Sul, aprendendo seu modo de medicina.

Ele esperava que a percepção dela sobre esse problema fosse útil. Embora ninguém na Grã-Bretanha a tivesse visto naqueles dez anos, ela manteve contato com ele e outros que estavam trabalhando no problema. Ele precisava dela de volta aqui na Inglaterra, considerando o que eles iriam votar mais tarde naquele dia. Eles tomariam medidas drásticas, e logo.

Ele odiava não poder ser completamente honesto com ela ainda. Tudo o que podia dizer era que precisava que ela explicasse por que os números estavam caindo e o que eles poderiam fazer a respeito.

Vários membros notáveis ​​dos Wizengamots falavam em voz baixa uns com os outros, mas a tensão na sala era palpável. Todos sabiam que algo grande estava por vir. Cada chefe de departamento também estava presente, a tensão em seus rostos era notável.

"Ela estará aqui em alguns instantes." Seu rico tom de barítono ecoou pela sala.

Harry se mexeu desconfortavelmente na cadeira. Quando Hermione saiu depois da batalha, ele mal tinha ouvido falar dela. Ele sentiu o vazio em seu peito sem ela em sua vida. Ele odiava isso. Ele tinha sido cruel com ela depois das audiências dos Malfoys quando soube que ela sabia que eles trabalhavam para a luz, mas ele não sabia. Doeu.

Depois que ela foi embora, ele teve mais tempo para pensar sobre isso, assim como sobre a ausência dela em sua vida. Era tudo culpa de Dumbledore, não dela. Ela tinha feito um voto inquebrável de proteger não apenas os Malfoys, mas Snape. Se ela tivesse contado a ele, isso a teria matado.

Arthur notou sua expressão contraída, colocando uma mão em seu braço. "Tenho certeza de que as coisas vão se resolver entre vocês dois," ele disse em um tom suave.

Ele deu a ela um breve aceno de cabeça, seus olhos se voltando para Snape, que simplesmente levantou uma sobrancelha para ele. Claro, Snape não sabia que ele tinha uma briga com Hermione, apenas algumas pessoas sabiam. De acordo com o The Daily Profit, Hermione partiu para viver trouxa e deixou o mundo bruxo para trás. Isso estava longe de ser o caso.

Ele não tinha visto nem ouvido falar dela, nem Ron. Sua garganta apertou em resposta ao pensar em todos aqueles anos que ele perdeu com ela.

A porta se abriu com estrondo e Hermione grunhiu lutando com suas vestes. "Desculpe." Ela disse sem fôlego, suas bochechas rosadas. "Fiquei presa no trânsito quando pousei."

Kingsley riu enquanto gesticulava para o assento à sua esquerda. "Está tudo bem, Hermione. Vamos lhe dar um momento para se recompor."

Ela soltou um pequeno bufo contornando a mesa dando-lhe um abraço de um braço enquanto deixava sua bolsa cair em seu assento. Ela deu de ombros ajustando suas vestes resmungando baixinho. "Eu juro por Merlin."

Dando um tapa nas mãos dela, Kingsley sacudiu sua varinha endireitando-as. "Pronto. Tudo melhor."

Harry observou sua antiga melhor amiga e engoliu o nó que se formou em sua garganta. Ela havia mudado desde a última vez que a vira. Ela havia recuperado o peso que havia perdido enquanto fugia, seus cachos vibrantes balançavam enquanto ela falava com Kingsley em tons baixos enquanto pegava pastas e as colocava cuidadosamente sobre a mesa.

Ele escutou pela metade quando a reunião começou, ele não conseguia se concentrar em nada do que estava sendo dito. Ela parecia crescida, uma adulta, e ele achava que ela estava linda. Ele sempre achou que ela era bonita, mesmo quando seus dentes eram muito grandes, mas havia algo que despertava quando ela falava.

Ele piscou várias vezes e tudo voltou ao foco, o tom de Hermione era gentil, mas cortante. "Como eu disse, tenho trabalhado com o Inominável Snape e o departamento de pesquisa para combater a redução dos números. Os problemas estão com... consanguinidade. Primos se casando com primos. Se permitirmos que isso continue por muito tempo, os Inomináveis ​​estão certos, a comunidade mágica como a conhecemos será exterminada aqui na Grã-Bretanha, e será tarde demais para impedir isso se não tomarmos medidas para impedir."

Um dos membros dos Wizengamots zombou e balançou a cabeça, "Você quer que tradições que foram usadas por séculos sejam deixadas de lado e o quê? Os puros-sangues que se casaram dentro de suas famílias formaram alianças para parar e se casar com meio-sangues e lama..." ele fez uma pausa e respirou fundo pelo nariz. Inclinando a cabeça, ele fungou para ela, "Nascidos trouxas como você?"

Hermione levantou uma sobrancelha elegante para o homem. Harry meio que esperava que ela fosse gritar com o trapaceiro, mas em vez disso abriu um arquivo e flutuou até o homem, "Este é o teste de legitimidade que fiz. Você pode se sentir à vontade para me testar mais uma vez. Meus pais eram abortos. Como você sabe, abortos são rejeitados por suas famílias, muitas vezes mortos porque não têm valor no mundo mágico. Você pode rastrear minha herança. Eu já fiz parte da Casa de Rosier, Black e Dagworth-Granger, entre muitos outros. Se eu quisesse, poderia levar isso para Gringotes, e tenho certeza de que poderia ter acesso aos cofres da família, os extintos. Outras comunidades mágicas com as quais estive em contato não têm esse problema porque não têm preconceito contra uma bruxa ou bruxo devido à sua criação."

Vozes irromperam ao redor de Harry, e ele teve que esconder o sorriso que ameaçava se espalhar por seu rosto. Ele tentou chamar a atenção dela enquanto ela continuava a lutar contra os membros de cada departamento e Wizenmagots, mas ela o ignorou resolutamente.

Havia algo sobre essa reunião que ele não entendia. Por que ele fazia parte dessa reunião genética ? Ele conseguia entender Snape estar lá, já que ele liderava o laboratório de pesquisa criando poções melhores como um Inominável, mas ele era o Chefe do DMLE. Não fazia sentido.

Quando eles pararam para almoçar, Hermione saiu com Snape, fazendo com que os pelos de Harry se arrepiassem. Deveria ser ele acompanhando-a para o almoço. Ela foi sua melhor amiga por sete anos. Ele soltou um suspiro e beliscou a ponta do nariz e se curvou na cadeira.

Não, já fazia dez anos desde que ele a viu. Ele não tinha mais o direito de reivindicar esse título. Ele não sabia nada sobre ela, quem eram seus novos amigos. Ela era casada? Ela tinha filhos? O vazio em seu peito onde seu outro melhor amigo residia há anos levantou sua cabeça feia, e ele sabia que tinha muito trabalho a fazer em termos de amizade deles.

"Eu estava pensando em convidar Hermione para jantar na Toca hoje à noite", disse Arthur.

Harry piscou para seu sogro, seu rosto formando um sorriso, "Eu acho que é uma ideia brilhante, Arthur. Eu sei que todos adorariam vê-la."

"Hmm, sim, eu também acho."

Ele olhou para Arthur e notou o brilho em seus olhos.

O homem estava tramando algo.