⚜️ Capítulo I ⚜️

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Dezenove anos depois…

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Dezenove anos depois…

Meu pai sempre me disse que um monarca tem que fazer o que é melhor para seu povo, que um Rei não tem muitas escolhas por ser aquele que denomina as de seu reino como um todo. Um líder faz o que é melhor, sempre, não para ele, mas para os seus, e isso muitas vezes significa abrir mão de suas verdadeiras vontades, e ignorar suas próprias demandas.

Por um bem maior.

Mas até mesmo os maiores governantes se perdem em seus ideais, em seu poder, eles ficam cegos ao que realmente importa, e acabam ferindo seu povo tanto quanto a si mesmos e aos seus, sem querer admitir seus erros, foi o que aconteceu com meu pai. Eu não o julgo por tomar o poder aos vinte e dois anos, no tempo em que meu avô governava Callisto, não, ele fez o que tinha que fazer, afinal, Henry II era um tirano da pior espécie, que nem mesmo se importava com o reino em ruínas, ou os seus filhos se matando por seu trono. O que mais lhe importava era seu harém de concubinas com mais de vinte mulheres, boa parte ainda menores de idade, das quais ele não tinha pudor em exibir para qualquer um.

Meu pai foi fruto de uma relação com uma das suas mulheres favoritas, minha avó, Lithera Termine, uma dançarina de rua, uma das mulheres mais belas de seu povoado, era uma linda cigana que muitos diziam que tinha habilidades de ler as linhas das mãos, e ter sonhos proféticos. Bom, não sei se era realmente verdade, mas ela não era a favorita do Rei por acaso, meu pai me contava quando criança que minha avó era a principal conselheira da corte, pois meu avô confiava cegamente em seus sonhos e conselhos, mas algum tempo depois ela morreu no parto, dando a luz ao seu único filho, meu pai, a quem deu um nome auspicioso, com significado de fé, liderança e sabedoria. Ela esperava grandes conquistas no caminho daquela criança, que amou o bastante para dar a sua vida por ele. Mas Henry II não pensava deste modo, ele ignorou a existência daquele menino até ele se destacar entre seus soldados na guerra contra Kallins, entre muitas batalhas o príncipe renegado trouxe a maioria das vitórias, com isso ele conquistou a atenção de seu pai, mas também a de seus muitos irmãos, junto com a inveja e fúria deles, que não admitiam um bastardo de sangue impuro no palácio.

Foram anos superando cada obstáculo que a nobreza o impôs, anos sobrevivendo aos ataques de seus irmãos e tentativa de assassinatos, até que ele chegou a maior idade, e com o pouco de influência dos nobres que lhe restava e apoio do povo ele liderou uma revolução, decapitou o próprio pai, matou a maioria de seus irmãos e se cortou rei para a salvação de seu povo.

Alguns acreditam que foi um ato muito nobre de sua parte, tomar o poder para ajudar o seu povo que clamava por uma nova esperança, pela liberdade de um governo tirano. Mas eu sei a verdade, a razão por tudo aquilo infelizmente teve um princípio egoísta, sua paixão inegável por uma donzela, serviçal palácio: Minha mãe, a Rainha de Callisto!

Não é segredo para ninguém que a origem de minha mãe é humilde, inclusive é uma das razões para sua popularidade ser tão alta entre a plebe, e a nobreza se manter tão rígida quanto sua postura como governante. Para todo o reino a história de meus pais é como um conto de fadas, uma moça simples do interior que acabou casando com o Rei de uma grande nação. Esse conto foi famoso por um longo tempo, principalmente entre eu e meus irmãos, pois era a história de ninar que nossos pais nos contavam antes de dormir, era um verdadeiro sonho para as jovens do reino que fantasiavam subir de classe, e se tornarem até mesmo nobres, mas em algum momento esse sonho virou pesadelo, pelo menos para minha mãe.

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⏰ Última atualização: Sep 24 ⏰

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