Capítulo 2 - Steven

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Ok, eu não sei nem por onde começar. O meu relacionamento com a Mary estava tão estranho ultimamente... eu não sei como chegamos a esse ponto. Sempre conversávamos sobre as coisas que estavam nos incomodando, mas depois que Mary me viu com Laila, a qual Mary se refere quando diz "baranga", "vadia" ou qualquer outro nome vulgar flexionado no gênero feminino, ela não para de encher meu saco, argumentando que eu estava dando em cima dela. Quando Mary entrou na minha sala, eu senti um turbilhão de emoções me esmagando; mas a primeira foi surpresa, pois Mary nunca havia me visitado no trabalho desde que nos casamos, há dois anos atrás. Quando ela pediu o término, eu senti que meu coração havia se partido em mil pedaços, sem deixar nenhum vestígio de que, um dia aquele órgão esteve completo. Eu amo a Mary com todas as minhas forças, com toda a minha alma, todo o meu corpo e com todo o meu coração partido; e realmente não consigo entender o motivo do nosso rompimento. Quando me viu com a Laila, ela veio desabafar comigo e eu expliquei que eu não tinha interesse nenhum em paquerar a Laila pois estávamos tratando de negócios, e além do mais, Laila é feia até doer.

Achei que já havíamos terminado essa discussão há três semanas, quando ocorreu o mal entendido. Mas pelo visto, a Mary ainda estava guardando coisas demais dentro dela e não quis colocar para fora no momento oportuno. Então acumulou um emaranhado de emoções dentro dela e decidiu tomar uma atitude precipitada: terminar comigo. Depois da saída triunfal de Mary, eu pedi para que todos os membros da reunião se retirassem também pois eu já não estava em condições para tratar de negócios. Então, assim que todos saíram, comecei a chorar e não lembro muito bem quando parei, pois estava realmente arrasado. Até que, após meia hora de choro sem pausas, meu assistente Jeremy bate à porta.

- Entra.

- Senhor, há uma multidão de jornalistas lá fora querendo uma entrevista com o senhor. Eu já lhes disse que o senhor está indisponível no momento, mas eles são muito insistentes. Sugiro que o senhor saia pelo subsolo da empresa, sua Porsche super discreta já está pronta para a viagem.

- Merda. E a Mary, onde ela está?

- Não sabemos ainda, senhor. Mas já entrei em contato com a assistente dela para saber maiores informações. O máximo que consegui foi um "ela não está muito bem e precisa de um pouco de tempo para respirar".

- Merda, merda e merda de novo.

No caminho de volta para casa, quem dirigiu foi Jeremy que, além de meu assistente, sempre foi o meu melhor amigo desde a infância. Se eu fosse dirigir naquele momento, eu seria capaz de provocar o acidente mais trágico de Nova York em séculos. Eu achava que após meia hora chorando no escritório eu já teria esgotado o meu estoque de lágrimas disponíveis. Mas, por incrível que pareça, chorei as lágrimas que eu já não tinha durante todo o caminho de volta para casa e, chegando lá, ainda chorei mais ainda quando não encontrei Mary para conversarmos novamente.

Até que aconteceu uma série de coisas inesperadas: Jeremy simplesmente me abraçou. E no mesmo instante eu parei de chorar. Quando vi já estávamos com os lábios encostados um no outro e o beijo só ficava mais intenso. Até que fomos meio que automaticamente para o andar de cima, ainda nos beijando, e deitamos na minha cama. Tiramos as roupas e comecei a fazer um boquete em Jeremy. Eu estava chorando tanto que o pau dele devia estar uma mistura de esperma, saliva e lágrimas. E então o resto da noite foi como um borrão para mim, não me lembro mais de nada pois estava chorando muito e com muita vontade de buscar um consolo por meio do sexo. Isso parece tão errado mas tão certo ao mesmo tempo... 

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