Capítulo 3 - Mary

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Agora são 4 horas da manhã e eu não consegui dormir a noite toda pensando no ocorrido de ontem. Eu fui tão dramática quando explodi no escritório do Steven. Mas ele teve o que mereceu! Onde já se viu preferir aquela nariz de nós todos, ridícula e cretina ao invés de mim... eu pedi para a Sophie me levar para a nossa mansão de férias que fica em Manhatan. Quando cheguei, eu não pensei em outra coisa a não ser beber até chegar no ponto em que não sentiria mais os meus membros funcionarem. Mas, graças a Deus, a Sophie estava lá para me controlar. Ela não é só a minha assistente, mas como também minha melhor amiga desde a infância e o pior de tudo: ela e seu ex-marido Jeremy, que é assistente de Steven, são meus padrinhos de casamento. Então o resto da noite foi como um borrão: tudo começou com 5 garrafas de Heineken para cada uma, seguidas de desabafos sinceros e muita choradeira. Então, quando eu já estava pra lá de bêbada, eu disse uma coisa que me arrependo amargamente:

- Então, você lembra daquela noite que a gente teve na minha despedida de solteira?

Ela fez que sim com a cabeça.

- Eu adoraria repetir.

- Eu também.

Então nós nos beijamos e eu sei que o que estávamos prestes a fazer não era certo, mas eu precisava, mais do que nunca, de algo para me distrair. Quando me dei conta já estávamos sem roupa e os lábios dela passearam pelos meus mamilos e em menos de um minuto já desciam para meu clitóris. Eu não fiz nada nela pois não estava sentindo prazer, e decidi encarar aquilo como se fosse uma brotheragem, igual a que os homens geralmente vivem fazendo, só que na versão feminina. Depois que acabamos tudo, eu já tinha confirmado mais uma vez de que eu não era, de jeito nenhum, lésbica ou bissexual.

Eu tomei uma decisão muito séria: a partir de agora eu iria procurar algum homem que me fizesse feliz de verdade e gostaria de fazer muito sexo com eles, pois agora eu estou sedenta por prazer e Sophie de forma alguma está conseguindo provocar isso em mim.

- Para.

- Ai meu Deus. O que acabou de acontecer? Eu devo ter ficado maluca.

- Não, você não ficou maluca. Só está muito bêbada.

- É, acho que sim.

- Olha só, eu decidi que vou procurar incansavelmente um homem que me faça feliz de verdade e quero transar bastante.

- Mas e o Steven? Você não vai mais falar com ele?

- Eu não sei. Eu ainda o amo com todas as minhas forças e todo o meu coração. Mas eu estava me sentindo muito presa no nosso relacionamento.

- Entendo. Então você acha que vocês ainda têm chances de reatar?

- Sim. Quer dizer, eu não sei... eu estou muito confusa no momento, preciso dormir e amanhã de manhã quero sair para espairecer um pouco.

- Então eu já posso ir?

- Pode sim. Obrigado Sophie.

- Você tem certeza que não vai se matar?

Eu ri e revirei os olhos, mostrando desdém.

- Tchau, Sophie!

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