Epílogo

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O sol já começava a despontar no horizonte, tingindo o céu de um dourado suave. O ar de Londres estava calmo naquela manhã, mas dentro da residência dos Bridgerton, a atmosfera era repleta de expectativa e emoção. Anne estava em trabalho de parto, e a casa inteira parecia suspensa no tempo, aguardando a chegada do primogênito do casal.

Anthony caminhava ansioso pelo corredor, o coração acelerado, mas o rosto mantinha-se controlado. Ele nunca havia experimentado uma mistura tão intensa de emoções: ansiedade, medo e uma alegria quase palpável. Seus passos ecoavam pelos salões, e a cada som que vinha do quarto onde Anne estava, seu peito apertava. Ele sabia que aquele momento mudaria suas vidas para sempre.

Dentro do quarto, Anne estava cercada por parteiras, pela tia e por Violet, sua sogra, que seguravam sua mão com ternura. As contrações eram intensas, e, apesar da dor, Anne mantinha-se firme, com o pensamento focado no momento em que seguraria o filho nos braços.

— Está quase lá, minha querida. — sussurrou Violet , sua voz um fio de conforto no turbilhão que Anne vivia. — Você está indo muito bem.

— Isso mesmo, minha menina, seja forte! — Sua tia disse enquanto segurava sua mão.

Anne, com a respiração ofegante, fez que sim com a cabeça. Havia uma força dentro dela, uma coragem inabalável. Sabia que aquele era o começo de algo maior do que ela poderia ter imaginado. Sua mente vagava, por vezes, até os primeiros dias com Anthony — o baile, o casamento, as dificuldades que enfrentaram juntos. E agora, estavam prestes a se tornar uma família.

Horas se passaram, até que o choro de um bebê rompeu o silêncio tenso da manhã. Era um som que carregava consigo a promessa de uma nova vida. As parteiras sorriram, e uma delas ergueu o recém-nascido, ainda sujo, mas vibrante, para que Anne pudesse ver.

— É um menino, Lady Bridgerton. — disse a parteira, entregando o bebê nos braços de Anne.

As lágrimas brotaram nos olhos de Anne no instante em que olhou para o filho. Ele era perfeito, tão pequeno e tão cheio de vida. Seu coração parecia se expandir com um amor que ela nunca havia experimentado antes.

— Meu filho... — sussurrou Anne, acariciando suavemente o rosto do bebê enquanto chorava, o pequeno já começava a se acalmar nos braços da mãe.

Poucos momentos depois, Anthony foi chamado para dentro do quarto. O nervosismo que sentia se dissipou assim que entrou e viu Anne segurando o filho nos braços. Ele parou na porta por um momento, como se estivesse absorvendo a cena, gravando-a em sua memória para sempre. Depois, aproximou-se devagar, seus olhos fixos no pequeno ser que mudaria sua vida para sempre.

— Querida... — sussurrou Anthony, a voz embargada pela emoção. — Ele é... perfeito.

Anne sorriu, entregando o bebê para Anthony segurar. — Conheça nosso menino, Anthony.

Anthony pegou o recém-nascido com cuidado, como se estivesse segurando o maior dos tesouros. Olhou para o rosto sereno do bebê, as feições minúsculas, os olhos ainda fechados, e sentiu uma onda de amor e proteção tão grande que quase o fez chorar.

— Edmund. — disse Anthony, com a voz rouca. — Vamos chamá-lo de Edmund, em homenagem ao meu pai.

Anne sorriu, assentindo. — É o nome perfeito.

Com Edmund nos braços, Anthony olhou para Anne e percebeu, mais uma vez, o quão afortunado era por tê-la ao seu lado. Ela estava exausta, mas ainda assim parecia mais radiante do que nunca. Tudo o que haviam passado — as batalhas contra a sociedade, as resistências do pai de Anne, as dúvidas e os medos — agora parecia distante, quase irrelevante. Ali, naquele momento, nada mais importava além da família que eles haviam começado a construir.

Anthony se sentou ao lado de Anne, ainda segurando Edmund, e olhou para sua esposa com ternura. — Eu nunca imaginei que pudesse ser tão feliz, Anne. Vocês são tudo para mim.

Anne suspirou, repousando a cabeça no ombro de Anthony. — Eu sinto o mesmo. Nossa jornada foi cheia de altos e baixos, mas eu nunca trocaria nada disso. Todos os desafios nos trouxeram até aqui.

O pequeno Edmund se mexeu nos braços de Anthony, soltando um suave resmungo, e os dois riram baixinho.

— Ele é tão pequeno... — disse Anthony, com um sorriso no rosto. — Tão frágil. Mas, ao mesmo tempo, já é tão forte.

— Ele vai crescer cercado de amor, Anthony. E isso é o mais importante. — respondeu Anne, acariciando a mãozinha de Edmund.

Com o passar dos anos, mais filhos vieram e mais a alegria foi inundando a grande mansão Bridgerton, Anthony não podia estar mais feliz, afinal ele estava casado com a mulher de seus sonhos e mãe de seus filhos.

Minha doce Anne - (Anthony Bridgerton)Onde histórias criam vida. Descubra agora