Olá, pessoal! Espero que vocês estejam bem. Mais um capítulo bem longo para me desculpar pela demora. Acho que já deu para perceber, mas eu mudei meu tipo de escrita, por isso estava demorando tanto para postar outro capítulo.
Não se esqueçam de favoritar e comentar, pois isso ajuda muito para eu saber se vocês estão gostando da fanfic. Me digam se vocês preferem capítulos mais curtos ou longos.
---
Tinha se passado algum tempo desde que voltei ao passado. Desde então, comecei a ler os jornais e me familiarizar com tudo, afinal, eu não poderia correr o risco de revelar que sou do futuro. Cada detalhe contava, e qualquer deslize poderia ser fatal. As coisas estavam fluindo bem até agora. Ragnarok continuava investindo como meu gerente de contas, o que me permitiu alguns contatos importantes. Algumas pessoas influentes já haviam cruzado meu caminho, mas nada de muito impacto… ainda. Hoje, porém, a expectativa era outra. Eu me preparava para ir à plataforma 9 ¾.
— O Mestre tem certeza de que não precisa de mais nada? — Mili perguntou, assim que terminei o café da manhã.
— Não precisa se preocupar, tenho o meu baú encolhido no bolso — respondi, conferindo pela última vez meus pertences. Não queria esquecer nada.
Minha carta havia chegado dias antes, e corri atrás dos materiais logo em seguida. Para a minha sorte, não encontrei ninguém que pudesse me fazer perguntas incômodas ou levantar suspeitas. Fiz as compras rapidamente e voltei para casa, terminando os planejamentos para quando chegasse a Hogwarts. Tudo estava saindo conforme o esperado, e agora era a hora de ir.
— Vamos, Mili — disse, me levantando.
Ela teria que me levar, afinal, seria imprudente tentar aparatar sem licença. Uma falha dessas não era algo que eu podia me dar ao luxo de cometer.
Mili acenou com a cabeça, pegou minha mão e, num instante, desaparecemos.
Chegamos na plataforma, e, imediatamente, comecei a resmungar, baixo o suficiente para não chamar atenção. Não importava a época, eu sempre odiaria os transportes bruxos. Eram desajeitados, desconfortáveis e, no geral, uma experiência que preferia evitar.
— Cuide da casa, Mili. Estarei de volta para o Yule.
— Mili vai cuidar muito bem da casa do Mestre! — Ela balançava os braços, entusiasmada, dando pequenos pulinhos.
Sorri. Por mais que o futuro fosse incerto, havia uma estranha paz na rotina familiar com Mili. Mas agora, Hogwarts me esperava. E eu precisava estar pronto para o que viesse.Apenas dei um leve sorriso ao deixá-la com suas animações e fui atrás de um vagão vazio. O movimento no trem era intenso, como sempre, mas no final consegui encontrar um lugar isolado. Perfeito. Assim que entrei, tirei meu baú do bolso, restaurando-o ao tamanho original com um toque de varinha, e saquei de dentro um velho livro de artes das trevas. Lancei um feitiço simples para disfarçá-lo como um manual de poções qualquer, afinal, não era hora de levantar suspeitas. Com tudo guardado e preparado, me sentei, mergulhando nas páginas que falavam sobre rituais obscuros.
Pouco tempo depois, o som do apito soou, indicando que o trem finalmente começaria a se mover. Um silêncio confortável se instalou no vagão até que uma leve batida na porta me tirou do foco. Levantei os olhos do livro e encarei a figura parada à porta.
— Li-licença, eu po-poderia me sentar aqui? O resto dos vagões estão cheios… — A voz trêmula pertencia a uma garota de cabelos pretos e olhos ônix. Ela parecia desconfortável, talvez pela minha reação. E com razão.
Eu a reconheci de imediato. Engoli em seco, mantendo uma expressão neutra enquanto a observava. Aqueles olhos… aqueles traços. Era inconfundível. Na minha frente estava Eileen Prince, a mãe de Severus Snape. Tudo nela gritava timidez e desconforto com o mundo ao redor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma nova oportunidade
Bí ẩn / Giật gânA escuridão era a única coisa que eu poderia querer, o seu jeito de parecer tão acolhedor, o seu frio inexplicavelmente confortável e principalmente o seu silêncio. Após viver, ou melhor, apenas sobreviver por toda a minha vida, esse era o meu desej...