MIRELA's
point of view- Porra, cê' é muito burro mesmo, né!? Ele obviamente tá' errado, só é muito orgulhoso pra admitir isso, principalmente pro pai, que é o cara que mais machucou ele na vida! - Ouço Triz discutindo com João, eles estão viciados em alguma série aleatória e agora não param de falar sobre.
- Não quero discutir sobre isso agora, você é muito imatura pra querer opinar na relação dos outros! - João diz já impaciente, como de costume.
Logo que os dois pararam de discutir, vejo rostos conhecidos se aproximarem, o que me fez ficar aliviada, já que não aguentava mais os ouvir.
- Nossa, mas vocês não sabem o que aconteceu! - Diz Thifanny rindo e muito animada, é raro ver ela assim.
- Maximus e Kelton se beijaram sem querer. - Quase que interrompendo Thifanny, o garoto disse, cortando todo o clima de suspense e curiosidade que ela havia criado.
- Não é legal interromper os amiguinhos, não é, Wind!? Mas de qualquer forma, Thiff, isso já aconteceu várias vezes quando cê' tava' viajando, todo mundo já tá' desconfiado que nem é mais sem querer... - Digo com um certo desdém em minha fala, porém em tentativa de reconfortar a garota.
- As vezes eles só são gays e não sabem como se assumir mesmo,
nojo. - Sydney. Isso nunca deixa de ser engraçado, porém as vezes ele fala com tanta vontade e convicção, que parece ser verdade.Antes que pudéssemos continuar a conversa, aquele som infernal da sirene tocou. Aquilo parece mais um alarme de tsunami nos EUA do que uma sirene de escola em si.
Logo todos foram para suas devidas salas, já que, infelizmente, esse ano caímos a maioria em turmas diferentes, o que graças às ruas, não nos afeta muito.
Já dentro de sala, eu e alguns integrantes do grupo estávamos conversando sobre qualquer merda que vinha a mente.
- Mas agora, falando sério, o que vocês acham que realmente aconteceu com aquela mina'? - João dizia curioso, como sempre. Ele sempre se interessou por coisas não solucionadas e coisas do tipo, e o sumiço repentino de uma garota do bairro, era com certeza muito interessante pra ele.
- Hm...um sequestro, talvez? - Com desdém e tédio em sua fala, Triz quase que sussurrou aquilo. Ela era o completo oposto de João.
- Um sequestro muito bem planejado, eu diria. Não é como se não ouvessem milhões de câmeras por aqui pra' capturar a tal pessoa. Além de que, ela não era tão importante assim ao ponto de ser sequestrada por algo específico, né? - Antes mesmo que alguém pudesse me responder, João é acertado na cabeça por uma bolinha de papel.
- Mas que porra.. - O garoto se interrompe ao ver Wind do outro lado da sala, fazendo sinais para que o garoto abrisse o papel.
"O pessoal da rua de baixo disse que chegou cara novo, hoje ou hoje?" João leu em voz alta para que pudéssemos ouvir também.
Logo em seguida, deu uma piscadela pro' garoto, sinalizando que sim, iríamos.
Assim que as aulas acabaram, saímos das salas e ficamos esperando os outros, logo saindo daquela merda que chamam de escola.
- Ah qual é? ninguém disse que seria barato... - Enquanto andávamos, Wind indagou com indignação. Ele realmente acha que pagar 45,50 em 90 gramas é de boa?
- Cara, você sabe melhor que ninguém que você consegue os mesmos efeitos dessa erva apenas olhando pra' menininha da outra sala - João riu de sua própria fala após proferir a mesma, fazendo com que todos o grupo risse junto, afinal, não é todo dia que falamos sobre as paixões secretas do estressadinho.
Após minutos ainda rindo da piada do garoto, paramos na frente de uma casa um pouco mais afastada de tudo, ao ouvirmos uma barulho estrondoso da mesma.
- Porra...
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Os Noiados
أدب المراهقينEstávamos no auge dos 16 anos, quando tudo acontece. Definitivamente aquela não era nossa idade mental, e pra ser honesta, não há só vantagens nisso.