𝔒 𝔧𝔬𝔤𝔬 𝔠𝔬𝔪𝔢𝔠̧𝔞

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Mais uma atualização 🫦

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POV: Alice

Eu não conseguia respirar direito. O banheiro parecia encolher, e a presença de Jennifer dominava o lugar. Ela me olhava pelo reflexo no espelho, seu sorriso calmo, como se devorar um garoto fosse a coisa mais natural do mundo. Meu coração batia descontrolado, e eu me perguntei por que diabos eu tinha seguido ela naquela clareira.

"Você realmente não deveria se meter onde não é chamada, Alice", Jennifer sussurrou, se aproximando lentamente, seus dedos correndo pela pia ao lado. "Sabe, algumas coisas são perigosas... e curiosidade pode te matar." Sua voz era suave, mas cheia de ameaça. Eu senti um arrepio na espinha, meus olhos fixos nela, incapaz de reagir.

"Eu... eu não vi nada...", tentei balbuciar, mas minha voz falhou miseravelmente. O sorriso dela se alargou, como se minha tentativa de escapar fosse uma piada para ela.

"Ah, Alice... não mente pra mim. Eu sei que você viu. E agora... a gente vai ter que dar um jeito nisso, né?", Jennifer deu um passo à frente, seu corpo perigosamente perto do meu. O cheiro dela era doce, mas carregava algo... diferente, algo que fazia meu estômago revirar. "Eu não gosto de deixar pontas soltas."

Minha cabeça girava. Ela ia me matar ali? E se ela decidisse me devorar como fez com o garoto? Eu não conseguia me mexer. Tudo dentro de mim gritava para correr, mas minhas pernas estavam paralisadas.

Foi então que a porta do banheiro se abriu bruscamente.

"ALICE! Você tá aí? Tô te procurando faz horas!" - Gina entrou, rindo, completamente alheia ao clima tenso que dominava o ambiente.

Jennifer se afastou de mim num instante, como se nada tivesse acontecido. "Ei, Gina", ela disse com um sorriso malicioso, mas mais contido, como se tivesse acabado de terminar uma conversa amigável. "Cuidem bem da Alice, tá?"

Gina olhou de uma para a outra, confusa. "Oi? Ahn... claro?" Ela ainda estava rindo, sem entender o que estava rolando. Jennifer deu uma última olhada pra mim, seu sorriso se tornando um aviso silencioso, antes de sair do banheiro com uma calma perturbadora.

Eu soltei o ar que nem sabia que tava segurando.

"Você tá bem?", Gina perguntou, se aproximando, finalmente percebendo que algo estava errado.

"Eu... não sei", respondi, ainda tremendo. "A gente precisa sair daqui."

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Mais tarde, naquela noite...

Eu praticamente corri pra casa. Depois de me despedir das meninas, não consegui mais pensar em nada. O que eu tinha visto na clareira... o que Jennifer tinha feito... era impossível de apagar da minha cabeça. Meu corpo ainda tremia, e minha mente fervia com mil pensamentos.

Quando cheguei em casa, a casa estava escura e vazia. Meus pais provavelmente saíram pra algum jantar ou evento social. Carol e Luca estavam na casa de amigos, e Gael devia estar dormindo na casa da minha avó. Eu tava sozinha.

Subi as escadas lentamente, sentindo cada batida do meu coração na garganta. A casa silenciosa só amplificava meu cansaço e o medo que eu sentia. Minha cabeça doía, e tudo que eu queria era deitar e esquecer aquela noite bizarra.

Abri a porta do quarto no escuro, larguei minha mochila no chão e me joguei na cama sem nem olhar ao redor. O colchão estava macio e acolhedor. Fechei os olhos, tentando afastar os flashes da cena de Jennifer atacando o garoto. Eu só queria dormir.

Foi quando senti algo se mexer ao meu lado.

Minha respiração travou. A cama tava afundando... como se alguém estivesse deitado ali.

Eu me levantei num pulo, tentando entender o que tava acontecendo. Olhei ao redor, com o quarto ainda escuro, e foi aí que ouvi a voz dela.

"Você sempre foi tão distraída assim, Alice?" A voz suave e familiar soou na escuridão. Meu coração congelou.

"Jennifer?", eu consegui sussurrar, com a boca seca. Acendi o abajur num movimento brusco, e lá estava ela. Deitada confortavelmente na minha cama, com um sorriso satisfeito, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

"Surpresa", ela disse, rindo baixinho. "Você não me ouviu entrar, não é? Eu sou boa nisso." O jeito casual dela era aterrorizante.

"Como você entrou aqui?" Minha voz saiu mais alta do que eu esperava. Eu me afastei um pouco da cama, meus olhos fixos nela.

Jennifer se levantou devagar, sem tirar os olhos de mim, como se estivesse se divertindo com o meu pânico. "Ah, Alice... portas e janelas são coisas tão... convencionais, não acha?" Ela inclinou a cabeça, me analisando com aquele olhar predatório. "Eu tenho meus truques."

Ela deu um passo à frente, e eu senti meu corpo recuar instintivamente. "Por que você tá aqui?", perguntei, tentando parecer mais corajosa do que me sentia.

"Você viu algo que não devia", ela disse, sua voz baixando, quase em um sussurro. "E eu ainda não decidi o que fazer com você, Alice." Seus olhos brilhavam de forma perturbadora. "Mas, vou admitir... tem algo em você que me intriga."

Eu engoli em seco, sem saber o que responder. O que ela queria dizer com aquilo? "Eu não vou contar pra ninguém... eu juro", tentei negociar, mesmo sabendo que ela não estava interessada nesse tipo de acordo.

"Eu sei que não vai", Jennifer sorriu, se aproximando de mim até ficar perigosamente perto. Seus dedos roçaram meu rosto de leve, e eu congelei. "Porque se você contar... bem, digamos que seus amigos vão descobrir de um jeito bem doloroso."

A ameaça pairou no ar, mas havia algo mais no olhar dela. Algo quase... provocador. "E talvez eu não queira que você se afaste, Alice", ela disse, sua voz se tornando mais suave, mas ainda carregada de perigo. "Talvez eu goste da sua companhia."

Ela riu, um som baixo e carregado de segredos, enquanto se afastava lentamente, como se estivesse se preparando pra sair.

"Você me assusta", admiti, minha voz saindo quase num sussurro.

Jennifer parou, ainda de costas pra mim. "Isso é bom", respondeu ela, sem se virar. "Mas, de vez em quando, Alice... o medo pode ser excitante, não acha?"

" Mas que po-" antes que eu pudesse terminar de falar, Jennifer saiu pela janela, deixando minha mente num turbilhão e meu coração batendo descontroladamente.

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O negócio está ficando tenso né?

𝐉𝐞𝐧𝐧𝐢𝐟𝐞𝐫 𝐂𝐡𝐞𝐜𝐤 𝐱 𝐘𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora