Ep 1

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S/n Jones, uma garota de 16 anos que havia acabado de voltar para Rosewood, após três anos em um colégio interno na Carolina do Sul, onde seus avós paternos moravam, até falecerem em um acidente de carro, indo visitá-la no internato.

S/N JONES

Eu estava no aeroporto em pleno domingo a tarde, esperando minha família. Para ser bem sincera, não estou nada animada em reencontrar meus pais, e suponho que eles também não estão.

Há três anos atrás eles me colocaram em um colégio interno bem longe dessa cidade, provavelmente para não terem a obrigação de irem me visitar. Eles sempre falavam que eu era a filha problemática, meu irmão mais velho, Jughead Jones, sempre me defendia. Até um dia em que meus pais me viram fumando, era só uma brecha para eles me mandarem para longe daqui, e foi exatamente o que aconteceu.

E aqui estou eu, novamente nessa pequena cidade, que de longe, ela se parece com tantas outras cidades pequenas do mundo inteiro, segura, descente, inocente... Mas é só se aproximar, e você vai começar a ver as sombras por baixo...

- S/n! - Ouço um grito, me tirando dos pensamentos, e olho para trás, logo sendo esmagada em um abraço - Que saudades, pequena.

- Jugh... - Retribuo o abraço, falando animada, com um sorriso estampado no rosto - Também estava morrendo de saudades... Meu Deus, você ainda usa essa toca horrenda?

- Essa toca é minha marca registrada, e não fala assim dela. - Ele me dá um tapa na cabeça, se desfazendo do abraço, e logo avisto meus pais.

- Filha, como você está linda. - Minha mãe fala vindo me abraçar, e eu apenas retribuo.

- Obrigada, Mãe... - Falo meio desconfortável, ela se afasta, e meu pai me abraça.

- Você cresceu, S/a - Meu pai fala, logo me dando um beijo na testa, e se desfazendo do abraço. - Bom, eu e sua mãe fizemos uma reserva em um restaurante aqui perto, espero que esteja com fome - Meu pai fala sorrindo.

- Sempre estou com fome... - Jughead ri, e fala.

- Você é mesmo a minha irmã. - Eu sorrio vendo a animação do mais velho.

- Então vamos. - Minha mãe fala animada, e caminhamos para a saída do aeroporto, indo em direção ao carro. Meu pai entra no banco do motorista, minha mãe ao lado, já eu e meu irmão, no banco de trás.

Ok... Eu estava confusa, durante toda a minha vida os meus pais sempre me trataram como se eu fosse algo indesejado, e agora estão me tratando bem, sem indiferença nenhuma. O que eu queria saber, é se isso iria continuar, ou se é só um teatrinho.

( ... )

Tínhamos chegado do restaurante, Jughead estava me ajudando a levar minhas coisas para o meu quarto, e arrumar, Já os meus pais haviam saído para fazer minha matrícula na escola.

- Quero saber das novidades, o que aconteceu durante a minha ausência? - Falo enquanto pulo na minha cama, e olho para o Jughead.

- Ah, eu... Meio que estou quase namorando - Meu irmão fala meio envergonhado.

- Como assim "meio"? Conta isso direito... - Falo animada, com um sorriso enorme no rosto.

- Nós estamos ficando sabe, há bastante tempo, E... eu gosto muito dela, e ela disse que também gosta de mim... - Eu sorrio, vendo os olhos deles brilharem ao falar dessa tal garota.

- E quem é ela? Eu conheço? - Questiono, dando palminhas de animação.

- Sim e sim - Ele responde minhas duas perguntas rapidamente.

- E... O que você está esperando para me contar? - Falo a frase em um tom surtado, o que o fez me encarar assustado. - Desculpe, foi um pequeno surto... - Ele sorriu.

- É a Betty... - Ele fala, ainda sorrindo.

- Espera... a Betty Cooper? A Betty loirinha? Aí meu Deus, eu sempre soube que vocês se gostavam - Me levanto, e dou pequenos pulos, fazendo o mais velho rir.

- Ela mesma... - Ele afirma, e continua rindo.

- E o que você está esperando para pedir ela em namoro? - Falo, e puxo a toca dele.

- E se ela não aceitar? Vai ser com certeza horrível... - Ele fala em um tom de frustração, e passando a mão no cabelo, o ajeitando.

- Seja positivo, Jugh, se ela disse que gosta de você, e você também gosta dela, então não espere mais. - Falo em um tom de incentivo.

- Tem o baile de verão. - Ele fala, e se senta na minha cama.

- Então vai ser nesse baile que eu vou ganhar uma cunhada - Eu falo sorrindo, e ouço a campainha, eu jogo a toca para o moreno, que a pega no ar, e a coloca novamente.

Eu e Jughead saímos do meu quarto, e descemos as escadas, eu me sento no sofá, enquanto Jughead vai ver quem é na porta.

- S/n, é para você! - Meu irmão fala em um tom alto, para que eu possa ouvir.

Eu fico confusa, me levanto do sofá e caminho até a porta, vendo uma figura loira vindo correndo até mim, e me apertando.

- Hanna, aí meu Deus, que saudades. - Falo sorrindo, e retribuindo o abraço.

Hanna Marin, é minha amiga desde sempre, ela sempre esteve comigo em tudo, nos piores e melhores momentos da minha vida. Quando falei para ela que meus pais iam me colocar no internato lá da Carolina do Sul, ela surtou, até queria vim brigar com eles, e é claro que eu não deixei, isso pioraria tudo...

- Sua vaca, você chega, e nem sequer manda mensagem avisando a sua melhor amiga. - Ela fala indignada, Jughead solta uma risada, e sobe as escadas.

- Eu não sei se você se lembra, mas eu não tenho celular. - Falo soltando-a, mas a mesma continua me apertando, e eu caminho com dificuldade até o sofá.

- Eu senti muita, muita, muita, a sua falta - Fala em um tom manhoso, ainda me apertando, enquanto nos sentamos no sofá.

- Também senti, agora me solta, está me sufocando... - Falo, enquanto dou pequenos tapas nas costas da menor.

- Conta tudo... Em detalhes por favor - Fala animada.

- Hanna, eu não estava de férias, era um internato, o quer que eu fale? - Falo sorrindo confusa.

- Ah, sei lá... - Ela fala olhando para a parede, pensativa.

- Me fala você sobre as novidades. - Sorrio, e a mesma me olha.

- Nada de mais, a minha vida é mais parada que um poste. - Fala tediosa.

- Fala sério, não tem nenhum garoto? E o Sean? - Falo sorrindo.

- Ele é totalmente passado, para ser bem sincera, eu nunca gostei realmente dele. - Eu a olho, vendo sua expressão de tédio. - E cadê os seus pais babacas?


- Foram me matricular na escola. Eles estão diferentes, me tratando bem, o que eu estranhei demais. - Falo, enquanto coço minha nuca.

- Além de babacas são duas caras também, nossa. - Ela fala em um tom sarcástico, rindo.

- Estava pensando mesmo que isso poderia ser só um teatrinho da parte deles, mas só vou descobrir com o tempo... - solto uma risada nasal, e jogo meu pescoço para trás.

( ... )

São 20 PM, e eu estava tomando banho para ir dormir, Hanna já tinha ido embora, e meus pais já haviam chegado. As minhas aulas começam amanhã, e eu estou com um certo medo. Voltar para aquela escola depois de tanto tempo, fazia minha cabeça criar vários cenários ruins.

Eu saí do banho, e agora estava secando meu cabelo, saio do banheiro depois de um tempo, me deito em minha cama apagando a luz do abajur, e suspiro olhando para o teto, tentando dormir, e tentando parar de pensar de mais, porque eu sei exatamente o que acontece depois.

CONTINUA...

O par arranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora