O OUTRO LADO DA MOEDA

2013

minha namorada Luiza e eu estávamos nos momentos finais da elaboração do nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Eu me formaria em fotografia, enquanto ela se formaria em advocacia. Nossa trajetória ao longo de quase cinco anos foi longa e desafiadora. Sempre considerei Luiza e a fotografia como meus maiores sonhos, embora a realidade nem sempre refletisse essa idealização. No início do nosso relacionamento, enfrentamos algumas dificuldades devido a diferenças de personalidade. Vale ressaltar que ela era cunhada do meu irmão, e, durante o primeiro semestre da faculdade, sua irmã ficou em um relacionamento por dois anos com meu irmão, até que decidiram se separar amigavelmente.

A relação do meu irmão estabeleceu a conexão entre nós. Eu era estudante com meia bolsa e ela era bolsista, enquanto eu vinha de uma classe social mais abastada, enquanto ela pertencia à classe média. Uma das nossas divergências surgia do fato de que ela acreditava que eu estava usurpando a oportunidade de alguém que realmente necessitava da vaga. No entanto, o que ela não sabia era que, no futuro,  eu utilizaria o meu diploma, e não o engavetaria como ela pensava.

O meu estilo despojado não facilitava a percepção que os outros tinham de mim. Eu apreciava sair e vivenciar novas experiências, o que não significava que eu fosse imatura, como muitos pensavam. Enquanto isso, ela era mais caseira e raramente saía. Quando decidia sair, costumava ser em encontros mais íntimos com a irmã e o namorado dela. Aproveitava essas ocasiões para acompanhar, brincando que eu só ia para que ela não ficasse de vela.

Entretanto, a vida não é feita apenas de momentos agradáveis. Certa vez, ao esperar o ônibus da faculdade, luiza foi abordada por quatro garotos aparentemente menores de idade, que tentaram roubar seus pertences. Ela se encontrava sozinha, quase às 23h, e um deles a ameaçava com uma faca. Eu observei a situação à distância, sentindo meu coração disparar de apreensão. Impulsivamente, dirigi em direção a eles, o que os surpreendeu e fez com que fugissem. Ela ficou em estado de choque.

Desci do carro rapidamente para acolhê-la, mas ela me afastou suavemente e expressou sua insatisfação, afirmando que eu não deveria ter agido daquela forma, pois isso poderia tê-la colocado em risco.

___ Você está bem?

___ Valentina, você está brincando com a minha cara, né ? Esses moleques poderiam ter me matado - fala brava comigo.

___ Cara eu não acredito, eu salvo a sua vida e você briga comigo ? Eu devia era... Quer saber? Esqueci não dá pra dialogar quem se acha a dona da razão o tempo inteiro.

___ Eu não ti pedi nada, tá bom!

___ claro! Trouxa sou eu mesma de me ariscar em salvar uma egoísta que nem você.

___ Olha aqui Valentina você e....

No calor de um momento impulsivo, aproximo-me para beijá-la, segurando sua cintura. Inicialmente, ela hesita, mas logo o beijo se torna intenso. Enquanto a abraço com firmeza, deslizo as mãos pelo seu cabelo. Ela envolve os braços ao meu redor, e, com um gesto suave, mordo seu lábio, deixando-nos quase sem fôlego.

___ O que foi isso Valentina? Perguntava ainda sem fôlego.

___ Uma maneira de fazer você calar a boca! Ela me deu um leve empurrão.

___ Me erra Valentina!

Vou até o meu carro para entra e ir embora quando ela chama;

___ Valentina pelo o que eu falei eu não queria ti ofender.

___ Tudo bem! Luiza você quer uma carona até em casa ? Tá tarde e parece que seu ônibus molhou. Ela fica pensativa e aceita.

___ tá bom, só porque eu tô com medo daquela trombadinhas voltarem.

___ entra aí.

Dias depois do que aconteceu, nos aproximamos mais pessoalmente. Embora nossos amigos fossem os mesmos, eu a via às vezes no ponto de ônibus e oferecia carona. Após o término do segundo semestre, convidei-a para um chopp e ela aceitou; acabamos nos beijando novamente.

A partir desse momento, nossa aproximação se intensificou. Inicialmente, não definimos nosso relacionamento, mas acabamos evoluindo para um namoro. O pedido aconteceu após um passeio na praia; sempre tive clareza sobre meus sentimentos por ela, e ela, a cada dia, demonstra o mesmo.

Olá ? Gente essa pequena fic valu