Kitagawa Daiichi

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Tooru's P

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Tooru's P.O.V

Se um dia eu te encontrar... — colei uma teia no poste, pulando para outro no instante seguinte. — Do jeito que sonhei... Quem sabe... Ser seu par... perfeito...

Eu cantarolava enquanto me grudava na parede do prédio à minha frente, escalando até conseguir chegar ao terraço. Lá em cima, dei dois passos, suspirando pesado e tirando a máscara. Passei a mão no rosto e no cabelo, não me importando muito se bagunçou ou não – sou lindo de todas as formas mesmo.

E te amar... Do jeito que eu imaginei.

Seis anos se passaram. Me pergunto como vou começar à listar todas as mudanças...

Vamos aos importantes: eu e Hajime já estamos na faculdade. Na verdade, estou me pós-graduando em Jornalismo Investigativo e o Hajime está se pós-graduando em genética. A gente sabe que a gente precisava se formar antes, mas – já que somos dois prodígios fodásticos – a S.H.I.E.L.D. deu um jeito.

Moramos em um apartamento perto da faculdade, em Tóquio. E, não. Por incrível que pareça. A gente não tentou se matar à facadas nas nossas discussões. Nem enforcamento, afogamento, incêndio, sequestro, mutilação... Resumindo, a gente convive bem juntos.

Quem nos conseguiu uma morada foi o pai de um amigo nosso. O apartamento é maravilhoso, na minha opinião. O único ponto fraco era que só tinha um quarto, onde pusemos beliches. Eu durmo em cima pois, de acordo com Hajime, ele "iria cair da cama caso levantasse rápido demais", e provavelmente iria morrer.

Aí, quem fica em cima? Eu! Que tenho pesadelos e pressão baixa!

Sim, caí muitas vezes de lá de cima, mas gatos caem em pé, não é mesmo?

... Finge que quase não quebrei um olho quando tive um pesadelo com o P. Diddy.

Lancei a teia na parede do edifício, me grudando na parede ao lado da janela do nosso quarto. Mas, quando fui abri-la, estava trancada. Rastejei até a janela na frente da mesa de estudos, aproveitando que Iwaizumi estava lá, vidrado naquele computador – de novo.

Bati na janela, chamando sua atenção. Ele levantou seu olhar para mim, tirando o headset e indo em direção à janela trancada, a abrindo.

— Já disse que essa janela não pode ficar trancada.

— Eu esqueci, tá legal? — pus meus pés no chão, indo direto ao meu banheiro. Pelo menos nós tínhamos banheiros separadados.

— Judith, a reportagem já saiu?

As luzes de escanteio ficaram azuis. Eu já tirava meu uniforme e entrava no chuveiro.

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⏰ Última atualização: Nov 03 ⏰

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