Maria Oliveira e Gabriela Guimarães nunca se deram bem. A rivalidade que começou em quadra logo se tornou uma marca registrada de suas vidas, cheia de provocações e disputas acirradas.
Quando Maria é convocada para a seleção brasileira, a última coi...
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Os dias após a vitória sobre o time de São Paulo foram como um turbilhão para Maria. O clima de festa e celebração tomou conta do time, e ela não podia deixar de se sentir animada. Contudo, algo dentro dela se agitou quando começou a perceber que suas interações com Gabi estavam mudando. Havia um calor nas palavras de Gabi e um brilho em seus olhos que Mari não conseguia ignorar.
Nos treinos seguintes, a atmosfera entre as duas era diferente. As provocações se tornaram menos frequentes, dando lugar a momentos de cumplicidade e colaboração. Era como se uma nova dinâmica estivesse se formando, e Maria não sabia como lidar com isso.
Durante um treino, enquanto estavam em um intervalo, Gabi se aproximou de Maria, sua expressão mais séria do que o habitual. — Ei, você se importaria se eu te desse algumas dicas sobre posicionamento? Eu percebi que você pode melhorar um pouco naquela área. — Gabi disse, com um tom genuinamente preocupado.
Maria olhou para ela, surpresa. — Você está realmente disposta a me ajudar? —
— Claro. Não é porque somos rivais que não podemos nos ajudar. Afinal, estamos no mesmo time agora. — Gabi respondeu, um leve sorriso no rosto.
— Está bem, então. Estou ouvindo. — Maria disse, seu coração acelerando ao notar a sinceridade na voz de Gabi.
As duas passaram a tarde praticando e discutindo estratégias. Gabi demonstrou movimentos específicos, e Maria absorveu tudo com atenção. A cada dica, cada elogio, Maria se sentia mais conectada a Gabi. Era como se estivessem quebrando barreiras que antes pareciam intransponíveis.
— Você tem muito potencial, Mari. Só precisa se acreditar mais. — Gabi comentou enquanto se preparavam para mais uma jogada.
— Obrigada, — Maria respondeu, um pouco envergonhada. — Acho que estou começando a entender isso. Você é uma ótima professora. —
Gabi riu. — E você é uma aluna dedicada. Quem diria que a gente iria acabar assim? —
O riso delas ecoou no ginásio, criando um espaço de conforto que era novo para ambas. Mas, à medida que o treinamento avançava, Mari não podia deixar de notar as pequenas trocas de olhares, os toques casuais ao se passarem a bola. Era um mundo que ela nunca tinha imaginado que existiria entre elas.
Naquela noite, Maria não conseguiu dormir. Em vez disso, ficou refletindo sobre o dia e a nova relação que estava se formando. Perguntas a mantiveram acordada, sua mente cheia de possibilidades.
No dia seguinte, durante o café da manhã com as colegas de time, Maria sentiu um clima de empolgação no ar. O próximo torneio estava se aproximando, e a equipe estava determinada a trazer o título para casa. As conversas giravam em torno de táticas e animação, mas, para Maria, havia algo mais.
